segunda-feira, 22 de março de 2010

PORQUE REENCARNAMOS(MISSÃO ,PROVA OU EXPIAÇÃO)


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PORQUE REENCARNAMOS
(Missão, prova ou expiação)
A Nossa Responsabilidade"A Humanidade sempre se dividiu ante novas descobertas. Não seria diferente agora. "É incoercível o avanço científico, sinalizando mudanças radicais sobre a vida humana. "Decisivamente, estamos num "mundo novo", onde se agigantam os conceitos de responsabilidade. "Porém, palmilhando a estrada divina da Vida, em face dos fantásticos e promissores avanços da biogenética, cumpre a todos os homens balizarem seus atos pela infalível bússola, que todos temos, também por graça de Deus, que é a consciência. "Para eventuais dúvidas, é simples a resposta para o reto proceder: basta perguntarem, a si mesmos, se gostariam de receber o que estão ofertando... "Com humildade, devem os cientistas prosseguir no seu maravilhoso afã, jamais se esquecendo que estão apenas manuseando processos - no caso, do sublime objeto que é a Vida. Pois, tanto um óvulo quanto um espermatozóide, com todo o "microuniverso" de características, são criações de Deus, não dos homens. Apenas o seu encontro, em diversas situações, gerando vida, sim, é manuseio humano - e sem sofismas: desde o primeiro casal na face da Terra". (GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl)). "(...) As reencarnações obedecem a mecanismos preciosos de justiça, estando a cargo de Entidades de elevada sabedoria. Valendo-se do registro individual de cada Espírito, tais "Construtores da Vida" organizam, com o máximo de cuidado e competência, o plano reencarnacionista de cada ser humano. Tal plano, privilegiando saúde, memória ou disponibilidade material, para cada etapa terrena, baseia-se, fundamentalmente, em duas vertentes: - merecimento individual e - passivo a resgatar perante as Leis Morais. "Definido e aprovado o plano, nas esferas espirituais elevadas, retorna o ser à carne, no mais adequado ambiente social. "Nesse contexto, encontraremos no mundo seres em missão, provação ou expiação. "Como conjectura, imaginamos que destacadas personalidades mundiais, em todos os campos da atividade humana, são criaturas que assumiram determinado compromisso consigo mesmas e perante o Plano Maior. Podem estar enquadradas numa das três situações acima. "Para levarem a bom termo suas tarefas, muitas delas são apetrechadas pelos Engenheiros Siderais com dispositivos genéticos que irão facilitar tal exercício. Tais dispositivos, em alguns casos, são como que um empréstimo, já que não fazem parte do seu patrimônio existencial, devendo ser empregado tão-somente para o fim a que destina, na situação previamente bem definida - antes da reencarnação. "Encontramos, assim, nos palcos do mundo, sobre os quais se concentram os holofotes da fama, criaturas consideradas "de outro planeta", tal o deslumbre que causam suas realizações. "(...) Tais pessoas têm amparo de Seres Iluminados, mas, sem dúvida alguma, isto tanto pode decorrer de merecimento como se constituir em oportunidade provacional, ambas com vistas à sua evolução". (GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl).
O que é missão?- Missão é a incumbência, o encargo, a função ou o poder conferido a alguém para realizar algo. "Na codificação espírita, existem referências às missões de diferentes categorias, a iniciar pela de Allan Kardec, e outras missões, como a dos Espíritos, a dos homens de bem, a dos espíritas, a dos pais, a dos encarnados, etc". (O EVANGELHO SEG. O ESPIRITISMO, de Allan Kardec). Segundo Léon Denis, Emmanuel, André Luiz e outros Mentores Espirituais da Doutrina Espírita, este trabalho é planejado e executado a partir da erradicidade (Plano Espiritual) de modo permanente e contínuo, e sempre de acordo com o estágio evolutivo da Humanidade. Mas, sendo a Terra um planeta de provas e expiações, a maioria dos seres humanos que aqui reencarnam não vêm em missão, mas em prova ou expiação, isto é, para pagamento de débitos adquiridos aqui mesmo em vidas anteriores ou nesta mesma vida.
O que é Provação?- "Provação é o ato ou efeito de provar. A provação geralmente é sofrida por alguém, a fim de determinar se já possui condições de vencer as vicissitudes e percalços da vida. Por exemplo: a provação da pobreza, da riqueza, da saúde, da inteligência, etc. Não é necessariamente uma expiação, mas apenas uma situação a ser vivida pelo indivíduo, para saber se já é capaz de resolvê-la a contento". (2)
O que é Expiação?- "Ato ou efeito de expiar; castigo; penitência; cumprimento de pena. A expiação é o resultado do mau procedimento do indivíduo perante a Lei de Deus que está escrita na consciência de cada um. Funciona mais como uma corrigenda divina do que como castigo propriamente dito. O Espiritismo ensina que o culpado diante da consciência e de Deus pode expiar seus crimes na mesma existência em que cometeu o desatino ou em existência futura, quando terá chance de aproveitar melhor a lição que a vida lhe reserva. "(...) O certo é que Deus é Pai e Criador e não quer a destruição do pecador, mas a sua recuperação e a sua educação para a plenitude do existir com Ele. Na Natureza não há castigos nem recompensas, mas conseqüências". (DICIONÁRIO DE FILOSOFIA ESPÍRITA, de L.Palhano Jr).
O "Dogma" da Reencarnação- "Dogma de quase todas a religiões antigas, cada qual com a sua versão, a reencarnação vem a ser elevada à condição de Lei Universal pelo Espiritismo, como condição sine qua non para a evolução de todos os seres viventes. Trata-se da doutrina da pluralidade das existências corpóreas, do renascimento, das muitas vidas corpóreas sucessivas que um Espírito necessita para aprender e aperfeiçoar-se, tanto na Terra como em outros planetas habitados do Universo. "Reencarnar é o fenômeno natural no qual um Espírito volta à vida corporal por um novo nascimento pela via uterina. Nascer de novo num novo corpo, desde à concepção. Um Espírito pode reencarnar quantas vezes necessitar para o seu aprendizado e evolução, sem perder sua individualidade, mudando apenas de personalidade, porque, a cada encarnação, ele sofre a influência do novo corpo, do novo ambiente físico e sócio-cultural, da nova família dos amigos, etc." (DICIONÁRIO DE FILOSOFIA ESPÍRITA, de L. Palhano Jr). No túmulo de Allan Kardec consta a inscrição: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, esta é a lei.
TEXTOS DOUTRINÁRIOS:Allan Kardec, em O CEU E O INFERNO, 1a parte, cap. VII, Código Penal da Vida Futura, artigo 16o, nos alerta: "O arrependimento, conquanto seja o primeiro passo para a regeneração, não basta por si só; são precisas a expiação e a reparação". Arrependimento, expiação e reparação constituem, portanto, as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências. O arrependimento suaviza os travos da expiação, abrindo pela esperança o caminho da reabilitação; só a reparação, contudo, pode anular o efeito destruindo-lhe a causa. Do contrário, o perdão seria uma graça, não uma anulação." E acrescenta, no artigo 17o "O arrependimento pode dar-se por toda parte e em qualquer tempo; se for tarde, porém, o culpado sofre por mais tempo." Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal. A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal. Quem não repara os seus erros numa existência, por fraqueza ou má vontade, achar-se-á numa existência ulterior em contacto com as mesmas pessoas que de si tiveram queixas, e em condições voluntariamente escolhidas, de modo a demonstrar-lhes reconhecimento e fazer-lhes tanto bem quanto mal lhes tenha feito. Nem todas as faltas acarretam prejuízo direto e efetivo; em tais casos a reparação se opera, fazendo-se o que se deveria fazer e foi descurado; cumprindo os deveres desprezados, as missões são preenchidas; praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se se tem sido orgulhoso, amável se se foi austero, caridoso se se tem sido egoísta, benigno se se tem sido perverso, laborioso se se tem sido ocioso, útil se se tem sido inútil, frugal se se tem sido intemperante, trocando em suma por bons os maus exemplos perpetuados. E desse modo progride o Espírito, aproveitando-se do próprio passado". NO LIVRO DOS ESPÍRITOS, Parte Quarta, Cap. II-Das Penas e Gosos Futuros, encontramos as questões seguintes: L.E. 978 - A lembrança das faltas que a alma, quando imperfeita, tenha cometido, não lhe turba a felicidade, mesmo depois de se haver purificado? - "Não, porque resgatou suas faltas e saiu vitoriosa das provas a que se submetera para esse fim". L.E. 983 - Não experimenta sofrimentos materiais o Espírito que expia suas faltas em nova existência? Será então exato dizer-se que, depois da morte, só há para a alma sofrimentos morais? "É bem verdade que, quando a alma está reencarnada, as tribulações da vida são-lhe um sofrimento; mas, só o corpo sofre materialmente". "Falando de alguém que morreu, costumais dizer que deixou de sofrer. Nem sempre isto exprime a realidade. Como Espírito, está isento de dores físicas; porém, tais sejam as faltas que tenha cometido, pode estar sujeito a dores morais mais agudas e pode vir a ser ainda mais desgraçado em nova existência. O mau rico terá que pedir esmola e se verá a braços com todas as privações oriundas da miséria; o orgulhoso, com todas as humilhações; o que abusa de sua autoridade e trata com desprezo e dureza os seus subordinados se verá forçado a obedecer a um superior mais ríspido do que ele o foi. Todas as penas e tribulações da vida são expiação das faltas de outra existência, quando não a conseqüência das da vida atual. Logo que daqui houverdes saído, compreendê-lo-eis. (273, 393 e 399)". "O homem que se considera feliz na Terra,porque pode satisfazer às suas paixões, é o que menos esforços emprega para se melhorar. Muitas vezes começa a sua expiação já nessa mesma vida de efêmera felicidade, mas certamente expiará noutra existência tão material quanto aquela". L.E. 984 - As vicissitudes da vida são sempre a punição das faltas atuais? "Não; já dissemos: são provas impostas por Deus, ou que vós mesmos escolhestes como Espíritos, antes de encarnardes, para a expiação das faltas cometidas em outra existência, porque jamais fica impune a infração das leis de Deus e, sobretudo, da lei de justiça. Se não for punida nesta existência, sê-lo-á necessariamente noutra. Eis por que um, que vos parece justo, muitas vezes sofre. É a punição do seu passado". (393). Também no EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo V, itens 8 e 9, encontramos esclarecimentos para este assunto: E.S.E. V, 8 - "As tribulações podem ser impostas a Espíritos endurecidos, ou extremamente ignorantes, para levá-los a fazer uma escolha com conhecimento de causa. Os Espíritos penitentes, porém, desejosos de reparar o mal que hajam feito e de proceder melhor, esses as escolhem livremente. Tal o caso de um que, havendo desempenhado mal sua tarefa, pede lha deixem recomeçar, para não perder o fruto de seu trabalho. As tribulações, portanto, são, ao mesmo tempo, expiações do passado, que recebe nelas o merecido castigo, e provas com relação ao futuro, que elas preparam. Rendamos graças a Deus, que, em sua bondade, faculta ao homem reparar seus erros e não o condena irrevogavelmente por uma primeira falta". E.S.E. V, 9 - "Não há crer, no entanto, que todo sofrimento suportado neste mundo denote a existência de uma determinada falta. Muitas vezes são simples provas buscadas pelo Espírito para concluir a sua depuração e ativar o seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, mas nem sempre a prova é uma expiação." "Provas e expiações, todavia, são sempre sinais de relativa inferioridade, porquanto o que é perfeito não Isa ser provado. Pode, pois, um Espírito haver chegado a certo grau de elevação e, nada obstante, desejoso de adiantar-se mais, solicitar uma missão, uma tarefa a executar, pela qual tanto mais recompensado será, se sair vitorioso, quanto mais rude haja sido a luta." "Tais são, especialmente, essas pessoas de instintos naturalmente bons, de alma elevada, de nobres sentimentos inatos, que parece nada de mau haverem trazido de suas precedentes existências e que sofrem, com resignação toda cristã, as maiores dores, somente pedindo a Deus que as possam suportar sem murmurar. Pode-se, ao contrário, considerar como expiações as aflições que provocam queixas e impelem o homem à revolta contra Deus". "Sem dúvida, o sofrimento que não provoca queixumes pode ser uma expiação; mas, é indício de que foi buscada voluntariamente, antes que imposta, e constitui prova de forte resolução, o que é sinal de progresso". Bibliografia:1. O LIVRO DOS ESPÍRITOS, de Allan Kardec, Edição FEB, Questões citadas;2. O EVANGELHO SEG. O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, itens citados;3. O CÉU E O INFERNO, de Allan Kardec, Edição FEB, itens citados;4. GENÉTICA E ESPIRITISMO, de Eurípedes Kühl, Edição FEB;5. DICIONÁRIO DE FILOSOFIA ESPÍRITA, de L. Palhano Jr., Edições CELD, 1997.

REENCARNAÇÃO E OS LAÇOS DE FAMÌLIA


IX. REENCARNAÇÃO E OS LAÇOS DE FAMÍLIA
Porque nascemos em determinadas famílias?Conforme o "Evangelho Segundo o Espiritismo", de Allan Kardec, "Os Espíritos, cuja similitude de gostos, identidade do progresso moral e a afeição fazem com que se reúnam, formam famílias. Esses mesmos Espíritos, nas suas migrações terrestres, se procuram para se agruparem, como o fazem no espaço, nascendo daí as famílias unidas e homogêneas. Se, nas suas peregrinações, momentaneamente eles são separados, mais tarde se reencontram, felizes com os seus novos progressos. Porém, como não devem trabalhar somente para si mesmos, Deus permite que Espíritos menos adiantados venham encarnar entre eles, para receberem conselhos e bons exemplos, com vistas ao seu adiantamento. Muitas vezes, tais Espíritos tornam-se a causa de perturbações naquele meio, mas é isso que constitui a prova e a tarefa que os outros têm que desempenhar". (E.S.E. cap. XIV, final do item 9).No capítulo IV, do mesmo livro, lemos que: "Os laços de família não sofrem destruição alguma com a reencarnação, como o pensam certas pessoas. Ao contrário, tornam-se mais fortalecidos e apertados. O princípio oposto, sim, os destrói. No espaço, os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações. Ditosos por se encontrarem juntos, esses espíritos se buscam uns aos outros. A encarnação apenas momentaneamente os separa, porquanto, ao regressarem à erraticidade, novamente se reúnem como amigos que voltam de uma viagem. Muitas vezes, até, uns seguem a outros na encarnação, vindo aqui se reunir numa mesma família, ou num mesmo círculo, a fim de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento. Se uns encarnam e outros não, nem por isso deixam de estar unidos pelo pensamento. Os que se conservam livres velam pelos que se acham em cativeiro. Os mais adiantados se esforçam por fazer que os retardatários progridam. Após cada existência, todos têm avançado um passo na senda do aperfeiçoamento. Cada vez menos presos à matéria, mais viva se lhes torna a afeição recíproca, pela razão mesma de que, mais depurada, não tem a perturbá-la o egoísmo, nem as sombras das paixões. Podem, portanto, percorrer, assim, ilimitado número de existências corpóreas, sem que nenhum golpe receba a mútua estima que os liga."Está bem visto que aqui se trata de afeição real, de alma a alma, única que sobrevive à destruição do corpo, porquanto os seres que neste mundo se unem apenas pelos sentidos nenhum motivo têm para se procurarem no mundo dos Espíritos. Duráveis somente o são as afeições espirituais; as de natureza carnal se extinguem com a causa que lhes deu origem. Ora, semelhante causa não subsiste no mundo dos Espíritos, enquanto a alma existe sempre. No que concerne às pessoas que se unem exclusivamente por motivo de interesse, essas nada realmente são umas para as outras: a morte as separa na Terra e no céu". (Item 18).A seguir, Kardec nos fala da simpatia que aproxima as pessoas na família: "A união e a afeição que existem entre as pessoas parentes são um índice da simpatia anterior que as aproximou. Daí vem que, falando-se de alguém cujo caráter, gostos e pendores nenhuma semelhança apresentam com os dos seus parentes mais próximos, se costuma dizer que ela não é da família. Dizendo-se isso, enuncia-se uma verdade mais profunda do que se supõe. Deus permite que, nas famílias, ocorram essas encarnações de Espíritos antipáticos ou estranhos, com o duplo objetivo de servir de prova para uns e, para outros, de meio de progresso. Assim, os maus se melhoram pouco a pouco, ao contacto dos bons e por efeito dos cuidados que se lhes dispensam. O caráter deles se abranda, seus costumes se apuram, as antipatias se esvaem. É desse modo que se opera a fusão das diferentes categorias de Espíritos, como se dá na Terra com as raças e os povos". (Item 19).Kardec também esclarece que "o temor de que a parentela aumente indefinidamente, em conseqüência da reencarnação, é de fundo egoístico: prova, naquele que o sente, falta de amor bastante amplo para abranger grande número de pessoas. Um pai, que tem muitos filhos, ama-os menos do que amaria a um deles, se fosse único? Mas tranqüilizem-se os egoístas: não há fundamento para semelhante temor. Do fato de um homem ter tido dez encarnações, não se segue que vá encontrar, no mundo dos Espíritos, dez pais, dez mães, dez mulheres e um número proporcional de filhos e de parentes novos. Lá encontrará sempre os que foram objeto da sua afeição, os quais se lhe terão ligado na Terra, a títulos diversos, e, talvez, sob o mesmo título". (Item 20).Quanto às conseqüências da doutrina anti-reencarnacionista, Kardec esclarece: "Ela, necessariamente, anula a preexistência da alma. Sendo estas criadas ao mesmo tempo em que os corpos, nenhum laço anterior há entre elas, que, nesse caso, serão completamente estranhas umas às outras. O pai é estranho a seu filho. A filiação das famílias fica assim reduzida à só filiação corporal, sem qualquer laço espiritual. Não há então motivo algum para quem quer que seja glorificar-se de haver tido por antepassados tais ou tais personagens ilustres. Com a reencarnação, ascendentes e descendentes podem já se terem conhecido, vivido juntos, amado, e podem reunir-se mais tarde, a fim de apertarem entre si os laços de simpatia". (Item 21)."Com a reencarnação e o progresso a que dá lugar, todos os que se amaram tornam a encontrar-se na Terra e no espaço e juntos gravitam para Deus. Se alguns fraquejam no caminho, esses retardam o seu adiantamento e a sua felicidade, mas não há para eles perda de toda esperança. Ajudados, encorajados e amparados pelos que os amam, um dia sairão do lodaçal em que se enterraram. Com a reencarnação, finalmente, há perpétua solidariedade entre os encarnados e os desencarnados, e, daí, estreitamento dos laços de afeição". (Item 22).
A Parentela Corporal e a EspiritualAinda segundo Allan Kardec: "Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir". "Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação."Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então se atrair, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Ver Cap. IV, n.13)."Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente já na existência atual". (E.S.E., cap. XIV, item 8). Bibliografia:1. O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, de Allan Kardec, Edição FEB, capítulos e itens citados.