sábado, 27 de junho de 2009

A MEDIUNIDADE É UMA SENSIBILIDADE


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O QUE É A MEDIUNIDADE

A mediunidade é uma sensibilidade existente nos seres vivos. É uma espécie de "janela" pela qual se recebem as influências do plano espiritual. Toda criatura viva possui mediunidade ou ao menos seus rudimentos. No homem, ela se apresenta mais complexa e pode, em alguns casos, ser utilizada de "ponte" entre os dois planos da vida. Allan Kardec denominava "médiuns" somente as pessoas capazes de produzir fenômenos ostensivos com suas faculdades.

"Quem quer que seja apto a receber ou transmitir as comunicações dos Espíritos é, por isso mesmo, um médium, seja qual for o meio empregado e o grau de desenvolvimento da faculdade - desde a mais simples influência oculta até a produção dos mais insólitos fenômenos. Contudo, no uso corrente, o vocábulo tem uma acepção mais restrita e se diz geralmente das pessoas dotadas de um poder mediatriz muito grande, tanto para produzir efeitos físicos, como para transmitir o pensamento dos Espíritos pela escrita ou pela palavra" - (Allan Kardec, Revista Espírita, Fevereiro, 1859).

A mediunidade independe das condições morais do indivíduo. Às vezes, criaturas de moral duvidosa possuem belíssimas faculdades, enquanto outras, probas, cultas, dedicadas às coisas de Deus, não conseguem produzir nem mesmo pequenos efeitos. A mediunidade, conforme a define Allan Kardec, depende de uma organização física mais ou menos apropriada para manifestar-se. É proveniente de uma disposição orgânica existente entre as ligações do corpo carnal com o perispírito.
Existem dois obstáculos que dificultam a prática da mediunidade de modo racional e produtivo. O primeiro deles é o uso que se pode dar à faculdade. Há médiuns que a utilizam de forma incorreta e prejudicial a quem deles se serve. Tornam-se adivinhadores ou meros ledores de sorte. O outro problema é a presença ostensiva de Espíritos inferiores junto dos médiuns, quando começam o exercício da faculdade. Tal fato constitui-se em verdadeiro estorvo ao progresso dos iniciantes, principalmente quando ainda estão envolvidos naturalmente pela insegurança.

A MEDIUNIDADE E SEUS FINS


A MEDIUNIDADE E SEUS FINS

A mediunidade tem várias finalidades para o ser humano. No serviço de intercâmbio mediúnico, ela torna-se o elo entre os dois mundos, o físico e o espiritual, demonstrando através dos fenômenos, a existência das coisas invisíveis. Permite que os Espíritos desencarnados nos enviem mensagens esclarecedoras falando da vida e do Universo criado por Deus. Ajuda-nos a curar e aliviar as dores físicas e morais de enfermos e desajustados.
O canal mediúnico é a via de acesso que o Espírito encarnado mantém permanentemente aberta para o mundo invisível. Por ele, a criatura recebe influências positivas e negativas, que a excita ao progresso. Usando do seu livre-arbítrio, o Espírito poderá segui-las ou ignorá-las, colhendo com isso, os frutos da lei de plantio e colheita.
Através de milhares de encarnações, o Espírito segue o caminho do crescimento espiritual, até adquirir sabedoria e domínio sobre suas más inclinações. Os Espíritos encarnados exercem constante influência sobre os desencarnados e vice-versa. Esta interinfluenciação se dá através dos pensamentos e dos sentimentos individuais e coletivos.
Embora a faculdade propriamente dita seja orgânica, o uso bom ou mal que o médium pode dar a ela depende de sua qualidade moral. Por isso, o médium que não trabalha em sua própria edificação, torna-se presa fácil de maus Espíritos, dando finalidade imprópria para um dom que lhe foi dado por Deus para que servisse como instrumento de sua melhoria interior.

"Se o médium é de baixa moral, os Espíritos inferiores se agrupam em torno dele e estão sempre prontos a tomar o lugar dos bons Espíritos a que ele apelou. As qualidades que atraem de preferência os Espíritos bons são: a bondade, a benevolência, a simplicidade de coração, o amor ao próximo, o desprendimento das coisas materiais" - (Allan Kardec - O Livro dos Médiuns, questão 227).

TIPOS DE MÉDIUNS

"Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
E a outro, pelo mesmo Espírito a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;
E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os Espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas" - (I Coríntios, cap. 12, 7-10).

Os médiuns podem ser divididos em duas grandes categorias: médiuns de efeitos físicos e médiuns de efeitos intelectuais. Cada uma delas tem uma finalidade específica frente à humanidade do nosso tempo.

a) Médiuns de Efeitos Físicos

São os médiuns dotados de faculdade capaz de produzir efeitos materiais ostensivos. Seus trabalhos têm a finalidade de chamar a atenção da incredulidade humana para a existência dos Espíritos e do mundo invisível. Produzem fenômenos materiais, tais como: movimento de corpos inertes, ruídos, voz direta, curas fenomênicas, transportes etc.
Os médiuns de efeitos físicos podem ser divididos em dois grupos: os facultativos, que têm consciência dos fenômenos que produzem; e os involuntários, ou naturais, que não possuem consciência de suas faculdades e são usados pelos Espíritos para promoverem manifestações sem que o saibam. Certas comunicações dadas por Espíritos desencarnados através de aparelhos eletrônicos (TCI), onde alguns autores disseram não haver necessidade da presença da mediunidade, foram produzidas por ação de médiuns de efeitos físicos involuntários.
Esse tipo de médium era muito comum no advento do Espiritismo e foi muito útil na divulgação das idéias espíritas, chamando a atenção das pessoas para a realidade do fenômeno.

B) MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS


b) Médiuns de Efeitos Intelectuais

São os médiuns dotados de faculdades que produzem comunicações inteligentes, com as quais é possível aprender conceitos morais e filosóficos. Essas manifestações nos ajudam a entender o mundo invisível e o estilo de vida que levam os seus habitantes. Existe uma grande variedade de médiuns, que se ligam mais ou menos diretamente a uma ou a outra dessas duas categorias. Em estudos futuros, que realizaremos em O Livro dos Médiuns, serão tratados os pormenores sobre a classificação que Allan Kardec deu a cada tipo de médium e às manifestações mediúnicas. A título de instrução básica, faremos alguns comentários sobre os tipos de médiuns mais encontrados:

Médiuns Sensitivos ou Impressionáveis: São as pessoas que possuem sensibilidade capaz de sentir com facilidade a presença dos Espíritos. Essa mediunidade não é bem definida, pois os médiuns em geral são impressionáveis. Seria mais uma qualidade geral do que especial, ou seja, uma faculdade rudimentar, essencial ao desenvolvimento das outras.

Médiuns Audientes ou Auditivos: Os médiuns auditivos ou audientes são aqueles capazes de ouvirem a voz dos Espíritos de forma clara e inequívoca. Tais fenômenos ocorrem geralmente nas reuniões mediúnicas. Podem, assim, conversar com os desencarnados, ouvindo e transmitindo suas instruções para o plano material. Este tipo de mediunidade é agradável se o médium só ouve Espíritos bons. Mas, quando cai presa de um Espírito mau, pode caracterizar-se numa tenaz obsessão.

Médiuns Falantes ou de Psicofonia: São os médiuns que recebem comunicações dos Espíritos através da fala. O médium psicofônico pode não ter consciência do que diz, exprimindo idéias totalmente contrárias aos seus conhecimentos. Uns guardam lembranças claras do que transmitem; outros não.
Há médiuns que recebem as idéias dos Espíritos por meio do canal intuitivo, também denominado "mediunidade natural", expondo com suas próprias palavras o que a entidade quer revelar.

Médiuns Videntes: Os médiuns videntes são aqueles com capacidade para captar imagens do mundo espiritual. Uns possuem esta faculdade em estado normal, perfeitamente acordados. Outros, têm-na em estado sonambúlico ou próximo do sonambulismo.
Os médiuns videntes não vêem com os olhos carnais, mas sim com os da alma. Por isso, independe de estarem de olhos abertos ou fechados para enxergarem os Espíritos.
É preciso saber separar a vidência propriamente dita, das aparições acidentais e espontâneas. A vidência, embora varie de intensidade, consiste na possibilidade mais ou menos frequente de se ver os Espíritos. A interpretação das visões espirituais varia de um médium para outro, segundo sua condição evolutiva. Já as aparições podem acontecer para qualquer um, mesmo para as pessoas que não sejam videntes.
As aparições acidentais de Espíritos, são frequentes na hora do desencarne de entes queridos, que se encontram distantes. Nesses casos, os Espíritos aparecem à parentela, como se quisessem dar testemunho de que estão vivos e que partem para uma nova vida. Diz-se, popularmente, que vieram avisar de sua morte.
As visões durante o sono do corpo físico também fazem parte da categoria das aparições.

Médiuns Sonâmbulos ou Sonambúlicos: Os médiuns sonâmbulos ou sonambúlicos são os que, durante o transe de desdobramento mediúnico, agem sob a influência do seu próprio Espírito. São eles mesmo que, desprendendo-se de seus corpos físicos, projetam-se no mundo espiritual e conversam com os desencarnados, vendo, ouvindo e percebendo o que vai à sua volta. Vivem, durante breves instantes, a liberdade dos Espíritos livres. Seus sentidos não sofrem as limitações provocadas pela matéria.
Este tipo de médium pode nos transmitir tudo o que lhe acontece durante o transe, inclusive falar dos conselhos que recebe dos bons Espíritos, quando no plano espiritual. Também são conhecidos como "sonâmbulos", os médiuns que perdem a consciência durante as comunicações.

Médiuns Curadores: São médiuns curadores aquelas pessoas que possuem o poder magnético (ou dom) de curar as enfermidades orgânicas, ou aliviar dores pela imposição das mãos ou pela prece. A fé, aliada ao magnetismo do médium e auxílio dos bons Espíritos, realiza os fenômenos de curas. Jesus era um médium curador em potencial.
Os médiuns curadores, por produzirem efeitos materiais, também podem ser classificados como médiuns de "efeitos físicos". O dom de curar é um dos mais belos que o médium pode adquirir, mas exige dele uma vida de exemplos e de sadia moral.

Médiuns Psicógrafos ou Escreventes: São os que transmitem as comunicações dos Espíritos através da escrita. Estes médiuns são muito comuns. Dividem-se em: mecânicos, semimecânicos e intuitivos.
Os mecânicos não têm consciência do que escrevem. A influência do pensamento do médium na comunicação é quase nula. A idéia do Espírito desencarnado se expressa com maior clareza, pois há grande domínio da entidade sobre a faculdade mediúnica.
Já nos semimecânicos, a comunicação sofre uma influência um pouco maior do pensamento do médium. A dominação do Espírito sobre suas faculdades não é tão profunda. São a maioria entre os médiuns psicógrafos.
Os médiuns intuitivos são os que recebem a idéia do comunicante e a interpretam de acordo com seu conhecimento pessoal. Existem outras variedades de médiuns que serão estudadas futuramente em O Livro dos Médiuns, no capítulo que trata de sua classificação

CONSEQUÊNCIAS MORAIS DA PRATICA MEDIÚNICA


CONSEQUÊNCIAS MORAIS DA PRÁTICA MEDIÚNICA

A prática da mediunidade no Espiritismo não tem como meta somente a produção de fenômenos físicos, destinados a despertar os incrédulos, ou curar enfermidades carnais e espirituais. As atividades curativas, além de demonstrarem a ação da Misericórdia Divina, servem ainda para alertar o ser humano de que ele é algo mais do que matéria. Deve despertá-lo para o real sentido da vida, provocando-lhe uma consequência de ordem moral.
Frente ao mundo terreno, repleto de interesses imediatistas, o homem busca sua felicidade afogando-se nas ilusões provocadas pela matéria. Perde-se em paixões transitórias, não atentando para o nobre ideal da vida, que é o aprendizado e o progresso do Espírito como criatura imortal. A mediunidade é um meio pelo qual os Espíritos superiores apresentam novos conceitos e horizontes mais amplos às pessoas. Isso lhes renova o ânimo e as esperanças em relação ao futuro.
O contato com o mundo espiritual, através da mediunidade, nos mostra que, pela ação da Lei de Causa e Efeito, colhemos tudo aquilo que plantamos. Que uma vida egoísta e orgulhosa só conduz ao sofrimento, ao passo que uma conduta pautada nas orientações do Evangelho encaminha-nos para um estado de equilíbrio e à verdadeira felicidade.
É pela mediunidade que somos esclarecidos que, ao morrermos, vivemos; que encarnaremos em outras ocasiões, ora numa condição social, ora noutra; que os princípios morais ensinados por Jesus, o Cristo, fazem nascer na intimidade dos homens o tão sonhado Reino de Deus.
Por fim, a pessoa que abraça tão nobre tarefa tem em mãos uma grande ferramenta de crescimento espiritual, uma vez que depende de sua condição moral o contato com as forças espirituais do Bem. Agindo como instrumento nesse intercâmbio, sabe que depende de seu esforço pessoal o bom ou mau uso que fizer do dom que Deus lhe deu.

"Todas as nossas faculdades são favores que devemos agradecer a Deus, pois há criaturas que não as possuem. Podias perguntar porque Deus concede boa visão a malfeitores, destreza aos larápios, eloquência aos que só a utilizam para o mal. Acontece o mesmo com a mediunidade. Criaturas indignas a possuem porque dela necessitam mais do que as outras, para se melhorarem" - (Livro dos Médiuns - Questão 226, item 2).

(Versão 03.98)
Grupo Espírita Bezerra de Menezes
São José do Rio Preto - SP

sexta-feira, 19 de junho de 2009

QUAL É O TEOR DA SUA ENERGIA - ZÍBIA GASPARETTO




Qual é o teor da sua energia?
A mediunidade faz parte da natureza. Todos somos médiuns, uns mais, outros menos desenvolvidos, e trocamos energias uns com os outros.
Com umas você sente prazer enorme em conversar, com outras você antipatiza, quer vê-las pelas costas. Isso não é apenas um capricho seu, mas um reflexo das energias que elas irradiam e você capta.
Existem pessoas nutritivas e pessoas sugadoras.

As nutritivas são:
Independentes. Cuidam de si, assumem suas próprias necessidades, evitam descrregar seus problemas nos outros, procuram ganhar seu próprio dinheiro.
Generosas. Dão os bens que não vão mais utilizar, cooperam com as obras de cunho social. Estão sempre se renovando.
Confiantes em si. Estudam as experiências alheias, mas na hora de decidir não perguntam aos outros o que fazer.
Otimistas. Em todos os acontecimentos olham os lados positivos. Nunca fazem drama de nada.
Respeitosas. Nunca invadem o espaço de ninguém. Aceitam os outros como são sem desejar muda-los.

As sugadoras são:
Vítimas. Sofredoras. Quando lhes acontece uma coisa boa, ficam logo esperando uma coisa ruim. Culpam o governo, a sociedade, as pessoas por suas dificuldades.
Dependentes. Nunca fazem nada sozinhas. Acham tudo difícil. Sentem-se incapazes.
Indecisas. Não têm opinião própria. Só fazem o que os outros dizem.
Depressivas. Jamais falam do que já têm, só do que ainda lhes falta. Estão sempre querendo atenção especial das pessoas e revoltam-se quando não são atendidas.
Inseguras. Apegam-se a tudo e a todos. Têm medo das mudanças, do novo e do futuro. São ansiosas e dramáticas. Vêem o lado pessimista dos fatos.

Quando você capta energia de pessoa nutritiva, sente-se muito bem. Mas se de repente sente o corpo pesado, boceja, fica deprimida, triste, com dor de cabeça ou enjôo, provavelmente absorveu as energias de uma pessoa sugadora.

Nesse caso, vá para um lugar sossegado e faça o seguinte exercício:
Feche os olhos e pergunte mentalmente de onde vêm essas energias. O rosto da pessoa aparecerá em sua memória. Então, imagine que você está dentro de sua pele e diga com firmeza:
- Eu não quero nada de você... O que é seu é seu. O que é meu é meu. Fico com minha energia. O resto vai sair agora, não quero isso para mim.
Sentirá imediatamente grande alívio. Contudo, se você se sente rejeitada pelas pessoas, está na hora de observar quais as energias que você irradia. Elas são responsáveis por tudo que você atrai em sua vida.
Pense nisso.Zíbia Gasparetto

quinta-feira, 18 de junho de 2009

A VIDA PRECISA SER RENOVADA - ZÍBIA GASPARETTO


A vida precisa ser renovada. A morte é a mudança que estabelece a renovação. Quando alguém parte, muitas coisas se modificam na estrutura dos que ficam e, sendo uma lei natural, ela é sempre um bem, muito embora as pessoas não queiram aceitar isso. Nada é mais inútil e machuca mais do que a revolta. Lembre-se de que nós não temos nenhum poder sobre a vida ou a morte. Ela é irremediável.
O inconformismo, a lamentação, a evocação reiterada de quem se foi, a tristeza e a dor podem alcançar a alma de quem partiu e dificultar-lhe a adaptação na nova vida. Ele também sente a sensação da perda, a necessidade de seguir adiante, mas não consegue devido aos pensamentos dos que ficaram, a sua tristeza e a sua dor.
Se ele não consegue vencer esse momento difícil, volta ao lar que deixou e fica ali, misturando as lágrimas, sem forças para seguir adiante, numa simbiose que aumenta a infelicidade de todos.
Pense nisso. Por mais que esteja sofrendo a separação, se alguém que você ama já partiu, libere-o agora. Recolha-se a um lugar tranqüilo, visualize essa pessoa em sua frente, abrace-a, diga-lhe tudo que seu coração sente. Fale do quanto a ama e do bem que lhe deseja. Despeça-se dela com alegria, e quando recorda-la, veja-a feliz e refeita.
A morte não é o fim. A separação é temporária. Deixe-a seguir adiante e permita-se viver em paz.

"A morte é só uma mudança de estado.
Depois dela, passamos a viver em outra dimensão"Zíbia Gasparetto

quarta-feira, 17 de junho de 2009

QUANDO ALGUÉM LHE DIZ- VOCÊ PRECISA DESENVOLVER SUA MEDIUNIDADE

ESTUDANTE
Quando alguém lhe diz: Você precisa desenvolver sua mediunidad

Quantos já ouviram essa expressão?
É uma frase típica, muito utilizada nos centros espíritas/espiritualistas, que possui um significado amplo. No entanto o sentido que essa palavra produz nas pessoas que ouvem, muitas vezes é distorcido em relação ao seu verdadeiro significado.
Como sabemos, a mediunidade é um instrumento de evolução. Ela nos possibilita um crescimento mais rápido, na direção da realização de nossa missão. O que seria de nós sem as possibilidades mediúnicas que ganhamos de Deus?
Então, pense. Certo dia, lá em cima no plano astral, o Papai do Céu nos escalou. Isso mesmo, como um técnico de futebol, que chama seu jogador para entrar em campo. Ele veio e falou:

“Você vai descer, vai voltar para a escola (Planeta Terra). Precisa aprender, evoluir, resgatar muitas coisas, por isso precisa descer… Mas, você sabe que sua necessidade é grande, possui muitas coisas para curar, muitos erros de outrora para corrigir. Dessa forma, uma existência apenas não seria tempo suficiente para tanto. Por isso filho, vou te proporcionar a mediunidade, como um instrumento para ajudar você a fazer muito mais coisas em menos tempo. Sem essa faculdade, isso não seria possível, pois ela lhe ajudará a otimizar sua encarnação, ou seja, sua experiência no plano físico, que é tão necessário para a reforma íntima”.
“Essa dádiva vai lhe permitir fazer grandes tarefas, o que será muito importante para que consigas aproveitar muito bem sua encarnação e seu propósito nessa descida. Entenda que ela é uma grande aliada na sua empreitada, é um presente para lhe ajudar. A mediunidade é como a Betoneira para o pedreiro. Ajuda a virar a massa, mexer o cimento com muito mais facilidade. Sem ela, a abra demoraria muito mais tempo, geraria muito mais desgaste…”

E assim nascemos no plano físico, nos desenvolvemos e chegamos a maturidade(física apenas). E em meio a tantas ilusões e tanto distanciamentos em relação a nossa essência divina, acabamos considerando a mediunidade um “Fardo”! Esquecemos-nos do seu real objetivo… Isso é “cuspir para cima”. Um equívoco sem igual! Desperdiçamos uma oportunidade incrível.
Centros espíritas/espiritualistas, através de seus orientadores, trabalhadores e monitores, alertam para as pessoas sobre a necessidade de trabalhar a mediunidade e desenvolver a espiritualidade. Normalmente, atuam de maneira amorosa, respeitando o livre-arbítrio de cada um. No entanto é normal, as pessoas fazerem mal uso dessa liberdade de escolha. Alienadas de sua finalidade aqui na Terra, acabam que por rejeitar a sugestão para desenvolver a sua mediunidade. A recebem como uma coisa ruim, algo incômodo, realmente um fardo.
Se essas casas de amparo e desenvolvimento espiritual pudessem interferir na escolha das pessoas, seus orientadores diriam assim: “ Meu irmão, se liga, você recebe um presente de Deus, chamado mediunidade, não porque você é um ser iluminado ou puro, tampouco porque você possui dons extraterrestres. Simplesmente porque você está abarrotado de coisas(karmas) para curar…. Você tem a obrigação de mergulhar nesse entendimento, mas o azar é seu se você virar as costas para essa necessidade, e quiser desperdiçar mais essa oportunidade de evolução”.

Então, amigo leitor, pense á respeito: Quando alguém lhe disser a fatídica frase: Você precisa desenvolver a sua mediunidade!
Entenda de uma vez por todas, isso quer dizer que chegou a hora de você utilizar esse poderoso recurso, como um instrumento para dinamizar a sua tarefa de curar-se! Redimir-se de erros do passado e evoluir. Essa é a meta de todos! Com isso, se você fizer bom uso desse instrumento, quando o ciclo dessa vida se finalizar e o desencarne chegar, você voltará ao grande Pai, O Supremo Técnico de futebol, e ele terá o prazer em lhe dizer:

“Parabéns, que ótima partida você realizou, que grande jogo! Agora descanse um pouco e prepare-se para a próxima, temos um Campeonato inteiro pela frente!”

sábado, 13 de junho de 2009

MEDIUNIDADE NÃO É LOUCURA


Mediunidade não é loucura...
Osvaldo Shimoda

A ciência sem a religião é manca;
a religião sem a ciência é fanatismo".
- Einstein.

O dicionário Aurélio define "mediunidade" como a condição de médium; e "médium" como o intermediário entre os vivos e as almas dos mortos. Potencialmente, todos somos médiuns. Ou seja, a mediunidade é condição natural do ser humano, pois se trata de uma faculdade inerente ao espírito. Neste sentido, a mediunidade faz parte da natureza do homem e, portanto, não há nada de sobrenatural. Em verdade, a mediunidade é um tipo de transe que pode ser provocado de forma mediúnica por espíritos bons ou maus e pela indução hipnótica. Alguns a possuem em estado bastante aflorado; são pessoas muitos sensíveis, pois receberam uma preparação em seu corpo espiritual (perispírito) antes de reencarnar para exercerem sua mediunidade; outras, a possuem em estado latente e, portanto, precisam desenvolvê-la.
Não obstante, a ciência médica e a psicológica ainda associam as manifestações mediúnicas a distúrbios psiquiátricos. Desta forma, os médiuns que incorporam seres "invisíveis" e/ou ouvem suas vozes, são diagnosticados como esquizofrênicos.

No entanto, nas últimas décadas, muitos pesquisadores têm demonstrado que vivências mediúnicas não estão necessariamente associadas a quadros patológicos. O Dr. Mauro Kwitko, psiquiatra de Porto Alegre e também colaborador do Site Somos Todos Um, é autor do livro "Doutor, Eu Ouço Vozes!" Neste livro, Kwitko busca fazer um diagnóstico diferencial entre distúrbios psiquiátricos e mediunidade.

Um outro médico psiquiatra, o Dr. Alexandre Moreira de Almeida, defendeu a tese: "Fenomenologia de Médiuns Espíritas" no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP. Almeida traçou o perfil de saúde mental de 115 médiuns. No final do trabalho, o psiquiatra concluiu que todos apresentavam uma boa saúde mental, apesar de terem visões e ouvirem vozes alheias aos seus pensamentos. A banca à qual o psiquiatra defendeu sua tese foi composta por pesquisadores destacados e de renome internacional que fizeram elogios e críticas ao seu trabalho. Sua tese foi aprovada pela banca.

Na minha prática clínica, em meu consultório, é comum os pacientes entrarem em transe mediúnico (estado alterado de consciência) após a indução ao relaxamento profundo e pela ação dos espíritos de elevada (ou de pouca) evolução. É por isso que na entrevista inicial de avaliação (anamnese), fico atento às queixas de dores e doenças relatados por eles, cujas causas, apesar de se submeterem a todos os exames médicos, não foram encontradas. Essas queixas e doenças podem ser um indicador de que alguns pacientes têm uma mediunidade "aberta".
Observei ainda o seguinte quadro clínico frequentemente apresentado por eles:

- Dores pelo corpo que se manifestam ora em um lugar, ora em outro;
- Frio nas extremidades das mãos e dos pés;
- Sintomas de doenças; queda de pressão, falta de ar, arrepios;
- Dor na nuca, enjôo e cabeça pesada;
- Calafrios no corpo todo, chegando a apresentar febre;
- Instabilidade emocional, que vai da euforia, agitação, ansiedade, instabilidade e nervosismo à depressão sem causa aparente, bem como choro fácil;
- Pensamentos negativos, pessimismo.

Veja a seguir o caso de uma paciente que, por conta de sua mediunidade aflorada, desenvolveu uma doença (queda de cabelos) e uma série de problemas de ordem emocional.

CASO CLINICO -MULHER DE 40ANOS ,SOLTEIRA


Caso Clínico:
Mulher de 40 anos, solteira.

A paciente veio ao meu consultório se queixando dos seguintes problemas:
1 - Instabilidade emocional que ia da euforia, agitação, ansiedade, irritabilidade e nervosismo à depressão sem causa aparente. Portanto, ria e chorava facilmente;
2 - Síndrome do Pânico (sensação de desmaio, falta de ar, sudorese nas palmas das mãos, ansiedade intensa) e Agorafobia (medo de espaços abertos, de sair de casa);
3 - Manifestações de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo): a mania de várias vezes se certificar se deixou a porta trancada, se fechou a torneira, o botijão de gás e se desligou o interruptor de luz;
4 - Queda de cabelo (falhas pela cabeça toda);
5 - Pensamentos negativos, pessimismo;
6 - Ouvia permanentemente uma criança chorando muito;
7 - Sentia calafrios pelo corpo todo.
Todos esses sintomas se manifestaram quando a paciente foi trabalhar no Japão (paciente é descendente de japoneses). Antes era calma, tranqüila e não apresentava, portanto, nenhum desses problemas.

Ao regredir me relatou: "Vejo uma casinha de palha. Dentro, vejo um velho de barba que veste uma roupa velha. Está sozinho e se apóia numa bengala. Ele está sentado na cadeira. Estou vendo-o na porta da casa dele que fica num campo cheio de árvores. Ele também é japonês. Sinto que esse homem é muito ruim".

- Veja o que ele fez para você - pergunto-lhe.
"Para mim ele não fez nada, mas para os outros sim... Eu estou na porta, não quero entrar, não quero conversar com esse velho (Pausa).
Vejo agora cenas horríveis de seu passado. Ele trabalha para o Imperador do Japão, numa época muito antiga, do tempo dos samurais. Ele era cobrador de impostos e com os camponeses que não pagavam os impostos, ele mesmo fazia justiça com as suas próprias mãos, cortando a cabeça deles com sua espada. É horrível!!! Eu o vejo cortando as cabeças (paciente chora intensamente). Em muitos casos, ele chegava a executar cortando a cabeça de todos os membros da família que não pagava os impostos. Ele não se arrepende e ainda dá gargalhadas. Ele fala consigo mesmo em japonês dizendo que foi somente mais uma morte e sai correndo cobrando os impostos de casa em casa (pausa).
Vejo agora o filho de um homem de quem ele decepou a cabeça indo atrás dele para tentar se vingar da morte do pai. Ele matou toda a família do velho e, em seguida, ateou fogo em sua casa. Só não o matou propositadamente para ele sentir na própria pele o sofrimento de perder uma família.
Ele queria era matar as pessoas que não o pagavam.
Toda a sua economia estava guardada em sua casa. Como no fim ficou sem dinheiro, ele cortou todas as árvores de sua propriedade para vendê-las.
Na verdade, o Imperador não sabia das dívidas desses camponeses. Quando ficou sabendo o mandou prender porque era proibido fazer isso na época. Ele só podia fazê-lo com a ordem do Imperador. Como era amigo do Imperador, achou que não iria acontecer nada com ele. Mas o velho acabou fugindo, não quis pedir perdão e clemência ao Imperador porque era muito orgulhoso.
Vejo-o correndo pela floresta - há dias passando muita fome - até que encontrou uma casinha de palha no meio de um matagal".

- Avance mais para frente nessa cena, anos depois - peço-lhe.
"Ele foi envelhecendo, vejo-o de cabelos grisalhos e bem compridos. Até chegar à velhice, sofreu muito. Vivia com medo que os soldados do Imperador o encontrassem, pois se fosse encontrado, iria ser executado. Os espíritos daquelas pessoas que ele matou, aparecem para ele sem as cabeças". (pausa).

- Vá prosseguindo nessa cena - peço-lhe.
"Ele está doente, quer pedir perdão, tem necessidade de confessar seus pecados a um monge".

- Vá para o momento de sua morte - peço-lhe.
"Ele está deitado na cama, bem magro. Quer confessar o que fez nessa vida passada para mim, quer que eu o escute. Mas digo a ele que não sou monge para escutá-lo. Ele está deitado na cama gemendo, com a boca aberta querendo que eu o ajude. Digo para ele que nem me conhece. Ele responde que me conhece, que é da minha família, se identifica como sendo o meu tataravô paterno. Diz que estava me esperando para falar comigo. Diz também que por influência dele os meus cabelos caíram; foi ele que me deixou careca. Ele dá risadas".

- Pergunte-lhe por que ele ri - peço à paciente.
"Ele fala que não queria que isso acontecesse, mas era a única forma que encontrou para me pedir ajuda, porque ele queria se redimir dos seus pecados. Diz que morreu sem ter ninguém a quem pudesse confessar os seus pecados. Ele me pede desculpas por ter me deixado careca, pede perdão por tudo que fez em seu passado porque quer descansar em paz. Diz ainda que ficou vagando por muito tempo após a sua morte (mais de um século). Ele faleceu naquela casinha.
Eu o desculpo, apesar de tudo que ele cometeu. Fala que antes de mim se manifestou em uma outra parenta (tia do meu pai). Ela também perdeu os cabelos, mas como não acreditava em espíritos, achou que a queda de cabelos fosse alguma doença. Ele me procurou porque eu tenho uma mediunidade aflorada. Diz que está contente por me ver, por isso ri. Precisava conversar com alguém, estava vagando sozinho, e sente ainda muita fome".

- Pergunte-lhe se ele quer ser ajudado - peço à paciente.
"Diz que sim. (pausa).
Estou vendo-o agora sendo carregado por uma entidade de luz que o leva a um lugar cheio de flores e borboletas brancas. Ele está feliz, me agradece por ter procurado a TVP (Terapia de Vidas Passadas). Está se despedindo de mim e agradece ao senhor também", referindo-se a mim.

Ao término da sessão, a paciente estava visivelmente emocionada, porém com uma fisionomia serena e tranqüila. Após passar por mais quatro sessões de regressão, estava se sentindo muito bem, mais centrada e calma, e todos os seus sintomas do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) haviam desaparecido.
Seu medo de sair de casa havia sumido também, não apresentava mais a Síndrome do Pânico, bem como os pensamentos negativos e pessimistas.

INSUCESSO AMOROSO



Insucesso Amoroso
Osvaldo Shimoda

Certa ocasião, uma paciente me procurou pelo fato de seus relacionamentos amorosos não darem certo. Veio ao meu consultório com muita culpa por achar que seus padrões mentais negativos é que estavam atraindo homens desfavoráveis.
Em verdade, ela percebeu que dois fatores colaboraram para cultivar essa culpa:
A igreja católica e os livros de auto-ajuda.

A igreja católica ainda hoje prega a idéia de que o casamento é indissolúvel perante Deus. Desta forma, ela se sentia duplamente culpada, isto é, por ter dissolvido o seu casamento com o seu marido, e por sentir-se responsável pelo seu fracasso.
Expliquei-lhe que nem sempre homens e mulheres vêm à vida terrena para se relacionarem com uma única pessoa e ficarem para o resto de suas vidas juntos.
Procurei esclarecê-la que, dentro da visão reencarnacionista, tudo vai depender de seu programa reencarnatório, ou seja, de seu propósito de vida. Se no seu programa reencarnatório o objetivo é de se reencontrar com uma determinada pessoa apenas para resgatar pendências cármicas de uma vida passada e, cada um seguir o seu caminho, após suas respectivas aprendizagens, não há porque continuar juntos até o final de suas vidas. Neste sentido, há pessoas que não vieram para casar ou constituir uma família nesta vida. Seu propósito de vida, de aprendizagem, portanto, é outro.

Sua culpa também foi reforçada pelos livros de auto-ajuda que dizem que atraímos parceiros(as) desfavoráveis pelo fato de cultivarmos padrões mentais negativos (crenças) a nível inconsciente do sexo oposto, ou pelo medo da intimidade, ou seja, medo de se entregar num relacionamento afetivo por conta de uma desilusão amorosa que sofrera. Daí atrair inconscientemente parceiros(as) desfavoráveis para não se envolverem afetivamente.
Desta forma, homens e mulheres buscam se auto-sabotar, portanto, para evitarem seus temores em se envolver e virem a sofrer novamente.

Disse-lhe que concordava plenamente com essas idéias que explicam as causas do insucesso amoroso. No entanto, procurei alertá-la sobre o perigo de se generalizar a causa de um problema, pois cada pessoa é única, singular e, portanto, também apresenta uma história de vida única. Mesmo irmãos gêmeos univitelinos, ainda que semelhantes entre si, não têm - em absoluto - uma personalidade idêntica.

Se partirmos do pressuposto que somos seres imortais, que já existíamos antes de nascermos neste mundo, e que trazemos atitudes negativas e positivas, frutos de experiências adquiridas em vidas passadas, é evidente que a nossa história de vida será única também.
Neste sentido, muitos livros de auto-ajuda incorrem no erro de adotar uma visão simplista, de "rotular" a causa de um problema, generalizando-a. Exemplificando: Se uma pessoa tem problemas nas articulações, esses livros atribuem a causa a personalidades inflexíveis e rígidas que se recusam a mudar, que resistem, portanto, ao processo de transformação. Realmente, isso é um fato na minha prática clínica, mas nem sempre a causa é essa.

No meu trabalho em regressão, com os meus pacientes, nem sempre a causa advém de sua rigidez em querer mudar. Muitos regrediram e recordaram que, em vidas passadas, foram amarrados pelos braços e pernas a um aparelho de tortura pelos seus algozes que esticavam seus membros para torturá-los. Após revivenciarem e compreenderem a causa que gerou o problema, liberando a experiência traumática com forte conteúdo emocional, muitos desses pacientes soltaram o seu passado, não apresentando mais problemas nas articulações. Portanto, influenciada pela literatura de auto-ajuda, a paciente veio ao meu consultório se sentindo culpada por achar que o seu pessimismo e negativismo a faziam atrair homens 'desfavoráveis'.
No entanto, ao regredir, descobriu que a causa de seu problema amoroso não era o que pensava inicialmente.

DRAMA FAMILIAR


Drama Familiar
Osvaldo Shimoda

Certa ocasião um paciente me perguntou: "Eu quero entender o porquê de me dar bem com todas as pessoas e não conseguir o mesmo com os meus familiares".
Respondi, citando a frase de Chico Xavier a respeito dos relacionamentos familiares: "É nas famílias onde se reúnem os piores desafetos de vidas passadas".
Em outras palavras, os membros de um grupo familiar se atraem na vida atual por afinidade cármica. Neste sentido, o paciente mencionado acima tinha sérios conflitos com a sua família e não com os outros porque o seu compromisso cármico era com a sua família. Ele tinha débitos cármicos (isso ficou comprovado após passar pela regressão) de experiências mal resolvidas de suas vidas passadas com os membros de sua família atual.

Portanto, visto pela ótica da reencarnação, a família não é o resultado de um encontro fortuito, onde os espíritos se agrupam por acaso. Não entra o fator sorte ou azar. Você não caiu de pára-quedas em sua família. Na minha experiência em TVP (Terapia de Vida Passada), os pacientes recordam, ou seja, reconhecem - ainda no útero materno - seus desafetos de vidas passadas como membros de sua nova família.

Muitos chegam a lembrar que planejaram no plano astral (junto com o seu mentor espiritual), reencarnarem novamente para resolverem pendências com suas famílias ou algum membro em especial. Neste contexto, a família atende a uma finalidade clara que é conceder a todos na vida atual, uma oportunidade de repararem prejuízos causados no passado entre si, buscando a reconciliação. Desta forma, os dramas familiares representam uma oportunidade de aprendizagem para todos.
Em contrapartida, há que se ressaltar que podemos nos reunir em nossa família também por simpatia. Aqui explica o porquê de nos darmos melhor, termos mais afinidade com um determinado parente. Muitas mães se sentem culpadas por terem preferência ou mais afinidade com um filho(a) em detrimento dos outros.
Por outro lado, o inverso também é verdadeiro: É comum ocorrerem conflitos constantes entre mãe e filho(a) chegando a nutrir um ódio recíproco entre os envolvidos. Sentimentos de rejeição, agressões verbais e/ou físicas, humilhações, incompreensão, discórdias, incompatibilidade de idéias, prevalecem muitas vezes nesse relacionamento familiar. Portanto, através da TVP, é grande a chance de transformar laços de ódio em amor nos relacionamentos familiares. É por isso que costumo dizer aos meus pacientes que a TVP é uma terapia do amor.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

DEPRESSÃO CAUSADA POR INTERFERÊNCIA ESPIRITUAL


Depressão causada por Interferência Espiritual
Osvaldo Shimoda

A depressão tem várias faces. Do ponto de vista médico, a depressão é vista apenas sob uma ótica biológica, organicista, como um desequilíbrio bioquímico do cérebro, isto é, uma falta de neurotransmissores (substâncias químicas do cérebro que regulam o nosso humor, estado emocional) e que necessita de medicamento, ou seja, de um controle químico, de um antidepressivo específico.
No entanto, na minha experiência clínica como psicoterapeuta desde 1985, trabalhando com a Terapia Regressiva Evolutiva (TRE), tais medicamentos antidepressivos não se mostraram satisfatórios no combate à depressão. No meu entender, a visão puramente organicista do ser na qual a medicina clássica está calçada, vendo apenas um corpo físico, biológico, deixando de lado a parte espiritual, limita qualquer tipo de tratamento mais profundo.
Desta forma, a medicina oficial por se estruturar em bases materialistas e não levar em consideração a existência da alma, do espírito, ignora também as interferências espirituais (obsessão espiritual) como um dos fatores geradores da depressão.

Segundo Allan Kardec, codificador do Espiritismo, no livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap.28, item 81). "Chama-se obsessão a ação persistente que um mau Espírito exerce sobre um indivíduo. Apresenta caracteres muito diferentes, que vão desde a simples influência moral, sem perceptíveis sinais exteriores, até a perturbação completa do organismo e das faculdades mentais".
Portanto, a obsessão espiritual, na qualidade de Enfermidade da Alma - doença ainda não catalogada nos compêndios médicos e psicológicos -, é algo muito sério e merece grande atenção no tratamento da depressão; infelizmente ainda é ignorada pela maioria dos profissionais da área de saúde (médicos e psicólogos).
Por outro lado, existe uma linha muito tênue, sutil, entre o espiritual e o orgânico que dificulta o diagnóstico diferencial entre doença orgânica e a manifestação psíquica de ordem mediúnica propriamente dita. Ao trabalhar com pacientes depressivos, utilizando-me da TRE, pude constatar que existem três fatores que levam uma pessoa a desenvolver um quadro depressivo:
A) Interno (Endógeno): causa psicológica, derivada de experiências traumáticas desta vida (infância, nascimento, útero materno) ou de um passado mais remoto, isto é, de vidas passadas;
B) Externo (Exógeno): Interferência espiritual intrusa, isto é, de espíritos obsessores desencarnados que prejudicam a vida do paciente, interferindo em seu estado mental, emocional e físico;
C) Misto: Interno + Externo, isto é, provocado pelo próprio paciente e agravado pelo espírito obsessor.

PAZ DE ESPÍRITO


Sentiu tristeza?
- Agradeça a tua vida. Se você deseja realmente ser feliz, agradeça a todas as coisas boas que possui neste momento. Se você é saudável, agradeça, pois, agradecendo, coisas boas surgirão cada vez mais. Observe que tendemos a reparar só nas coisas que a gente não têm e esquecemos de agradecer o que temos. Lembre-se: Quanto mais você se queixar, reclamar e até mesmo amaldiçoar o que não tem, mais a sua vida se torna um "mar de insatisfação" e você acaba se tornando uma pessoa amarga. Portanto, não amaldiçoe a sua vida.

Sentiu irritação?
- Meia hora de silêncio. Deixe a irritação vir. De olhos fechados, preste atenção no seu corpo. Sinta, não analise, não controle. Se tiver vontade de chorar, gritar, faça! Fique com você, com suas sensações físicas, observe, fique apenas observando as suas reações corporais.
Deixe que seus sentimentos e reações de seu corpo se manifestem. Preste atenção em seu corpo. Se vier sensação de enjôo, deixe vir e só observe, não queira controlar, solte o seu corpo. Quando você só observa e deixa os seus sentimentos e sensações físicas se manifestarem, normalmente essas sensações desagradáveis se transformam em sensações agradáveis.
Se você se entregar a este exercício, não querendo controlar a sua mente e o seu corpo, a sua energia vital irá fluir de forma mais livre.

Critica destrutiva aos outros?
- Dê uma olhada para você. O que mais você cobra dos outros, é o que menos faz consigo mesmo. As pessoas são o nosso espelho. Elas refletem os defeitos - que a gente não quer perceber - que existem em nós. Você cobra, por exemplo, que o seu marido não lhe dá carinho, atenção. Vai aqui uma pergunta: Será que você está se dando carinho? Você se dá colo? Ou você é seca, muito dura consigo mesma? Se você for realmente honesta com você, vai refletir a esse respeito.
Faça um exame do que você é, de como vem se tratando. Reflita sobre como você se relaciona com os outros. Se você é daquelas pessoas que querem controlar os outros, a vida (porque é insegura), acaba ficando rígida, se desvitalizando e, conseqüentemente, perde o ânimo pela vida. Vida é movimento, dinamismo, mudanças.
Como toda pessoa insegura, você odeia surpresa e os imprevistos. E, com isso, passa a não viver a vida. Acaba se tornando uma pessoa formal, não se descontrai, não deixa que a vida a leve. Você quer levar a vida, controlá-la, quer que as coisas aconteçam do seu jeito. Enfim, quer "domá-la". Lembre-se: a vida não se curva, não se submete a ninguém. Talvez você não tenha percebido que é você quem tem que se curvar a ela e reverenciá-la.
Mas para isso, você precisa exercitar a humildade.

DA APREENSÃO DA MORTE


Da apreensão da morte
Revista Espírita, fevereiro de 1865

O homem, seja qual for o degrau da escola a que pertença, desde o estado selvagem, tem o sentimento inato do futuro. Diz-lhe a intuição que a morte não é a última palavra da existência e que aqueles que lamentamos não estão perdidos sem retorno. A crença no futuro é intuitiva e infinitamente mais geral que a no nada. Como é, pois, que, entre os que crêem na imortalidade da alma, ainda se encontra tanto apego às coisas da terra, e tão grande apreensão da morte?

A apreensão da morte é efeito da sabedoria da Providência, e uma conseqüência do instinto de conservação comum a todos os, seres vivos. Ela é necessária enquanto o homem não for bastante esclarecido quanto às condições da vida futura, como contrapeso ao arrastamento que, sem esse freio o levaria a deixar prematuramente a vida terrestre, e a negligenciar o trabalho daqui, que deve servir para o seu adiantamento.

É por isto que, nos povos primitivos, o futuro não passa de vaga intuição, mais tarde simples esperança, enfim mais tarde uma certeza, mas ainda contrabalançada por um secreto apego à vida corporal.

À medida que o homem melhor compreende a vida futura, diminui a apreensão da morte; mas, ao mesmo tempo, melhor compreendendo sua missão na terra, espera seu fim com mais calma, resignação e sem medo. A certeza da vida futura dá um outro curso às suas idéias, outro objetivo a seus trabalhos; antes de ter esta certeza, só trabalha para o presente; com esta certeza trabalha em vista do futuro, sem negligenciar o presente, porque sabe que seu futuro depende da direção, mais ou menos boa, que der ao presente. A certeza de reencontrar os amigos após a morte, de continuar as relações que teve na terra, de não perder o fruto de nenhum trabalho, de crescer incessantemente em inteligência e em perfeição, lhe dá paciência para esperar e coragem para suportar as momentâneas fadigas da vida terrena. A solidariedade que vê estabelecer-se entre os mortos e os vivos lhe faz compreender a que deve existir entre os vivos; desde então a fraternidade tem sua razão de ser e a caridade um objetivo no presente e no futuro.

Para libertar-se das apreensões da morte, deve poder encará-la sob seu verdadeiro ponto de vista, isto é, ter penetrar por pensamento no mundo invisível e dele ter feito uma idéia tão exata quanto possível, o que denota no Espírito encarnado um certo desenvolvimento e uma certa aptidão para se desprender da matéria. Nos que não são suficientemente avançados, a vida material ainda predomina sobre a vida espiritual. Ligando-se ao exterior, o homem só vê vida no corpo, ao passo que a vida real está na alma; estando o corpo privado de vida, aos seus olhos tudo está, perdido e ele se desespera. Se, em vez de concentrar o pensamento na vestimenta externa, a voltasse para a fonte mesma da vida, sobre a alma, que é o ser real, a tudo sobrevivente, lamentaria menos o corpo, fonte de tantas misérias e tantas dores. Mas para isto é preciso uma força que o Espírito, só adquire com a maturidade.

CRIANÇAS,GUIAS ESPIRITUAIS DOS PAIS


Questões e Problemas - Crianças, Guias Espirituais dos Pais
Revista Espírita, agosto de 1866

Tendo perdido um filho de sete anos, e tendo-se tornado médium, a mãe teve a mesma criança como guia. Um dia lhe fez a seguinte pergunta:

Caro bem amado filho, um dos meus amigos espírita não compreende e não admite possas ser o guia espiritual de tua mãe, desde que ela existia antes de ti e, indubitavelmente, deve ter tido um guia, nem que fosse durante o tempo que te tivemos ao nosso lado. Podes dar-nos algumas explicações?

Resposta do Espírito da criança: - Como quereis aprofundar tudo quanto vos parece incompreensível? Aquele que vos parece mesmo o mais adiantado no Espiritismo está apenas nos primeiros elementos da doutrina e não sabe mais do que este ou aquele que vos parece ao par de tudo e capaz de vos dar explicações. - Eu existi muito tempo antes de minha mãe, e ocupei, em outra existência, uma posição eminente por meus conhecimentos intelectuais.

Mas um imenso orgulho se havia apoderado de meu Espírito, e durante várias existências consecutivas fui submetido à mesma provação, sem poder triunfar, até chegar à existência em que estava junto de vós. Mas como já era adiantado e minha partida devia servir ao vosso adiantamento, a vós tão atrasados na vida espírita, Deus me chamou antes do fim de minha carreira, considerando minha missão junto a vós mais aproveitável como Espírito do que como encarnado.

Durante minha última estada na terra, minha mãe teve o seu anjo da guarda junto a ela, mas temporariamente, porque Deus sabia que era eu que devia ser o seu guia espiritual e que eu a traria mais eficazmente na via de que ela estava tão afastada. Esse guia, que ela tinha então, foi chamado a uma outra missão, quando vim tomar seu lugar junto a ela.

Perguntai aos que sabeis mais adiantados do que vós, se esta explicação é lógica e boa. Porque por ser que seja minha opinião pessoal e, mesmo a emitindo, não sei bem se me engano. Enfim, isto vos será explicado, se perguntardes. Muitas coisas ainda vos são ocultas e vos parecerão claras mais tarde. Não queirais aprofundar muito porque, então, dessa constante preocupação nasce a confusão de vossas idéias. Tende paciência; e, assim como um espelho embaciado por um sopro ligeiro, se clarifica pouco a pouco, vosso espírito tranqüilo e calmo atingirá esse grau de compreensão necessário ao vosso adiantamento.

Coragem, pois, bons pais; marchai com confiança, e um, dia bendirei a hora da provação terrível que vos trouxe à via da felicidade eterna, e sem a qual teríeis muitas existências infelizes a percorrer ainda.

OBSERVAÇÃO: Essa criança era de uma precocidade intelectual rara para a sua idade. Mesmo em estado de saúde, parecia pressentir seu fim próximo. Alegrava-se nos cemitérios e sem jamais ter ouvido falar em Espiritismo, em que os pais não acreditavam, muitas vezes perguntava se, quando se está morto, não se podia voltar para os que se tinha amado; aspirava a morte como uma felicidade e diria que quando morresse sua mãe não deveria afligir-se, porque voltaria para junto dela. Com efeito, foi a morte de três filhos em alguns dias que levou os pais a buscar uma consolação no Espiritismo. Essa consolação a encontraram largamente e sua fé foi recompensada pela possibilidade de conversar a cada instante com os filhos, pois em muito pouco tempo a mãe se tornou excelente médium, tendo até o filho como guia, Espírito que se revela por uma grande superioridade.

Allan Kardec

quinta-feira, 11 de junho de 2009

INSTITUIÇÕES KÁRMICAS


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Hoje quero falar sobre as instituições kármicas. Pouco se fala nisto e pouco se sabe sobre isto. Vocês têm que falar mais sobre estes assuntos. Devem saber o que é o karma,e como é que ele opera nas vossas vidas. Quanto mais souberem sobre o vosso karma,sobre os vossos medos e bloqueios, mais saberão sobre o vosso dharma, o vosso caminho,o que vieram fazer à terra. Resumindo a vossa missão.


A vossa missão é e será sempre limpar o karma, isto é, superar os medos. Por isso é que os padrões kármicos podem socorrer-se das instituições kármicas para melhor vingar o desafio. As instituições são: mãe, pai, tios e avós, primeiros professores e alunos. Irmãos também. As instituições kármicas socorrem-se do parentesco próximo para resolver problemas kármicos.

Alguém que precisa aprender a aceitar o amor que sente por outra pessoa, mesmo que em vidas anteriores esse amor não tenha corrido lá muito bem, vai atrair nascer pai ou mãe dessa pessoa. O amor aprende-se vivendo-o.

Essa mãe ou pai irá tentar fazer tudo para que o seu filho ou filha seja feliz, fique bem. Mesmo que haja atritos, esses pai, mãe ou filho irão aprender juntos, compartilhar juntos, enfim, a amar. Foi escolhida a instituição kármica apropriada para desenvolver o amor. Trazê-lo como filho deste pai ou mãe. E tudo se decide cá em cima.

Excerto de Este Jesus Cristo Que Vos Fala - Livro 3/ A Era da Liberdade, Alexandra Solnado

O QUE ACONTECE DESDE A PRIMEIRA ENCARNAÇÃO


OEmoção e Karma – O que acontece desde a primeira encarnação?



Quero que escrevas isto. Isto é importante. É talvez a coisa mais importante que já te ditei.
Vamos falar sobre a densidade. Vamos falar sobre as emoções.
Quando um ser encarna pela primeira vez, ele é um ser de luz.
Não tem passado, só tem futuro. Não tem heranças emocionais, não tem karmas.
Assim que nasce, toma contacto com a matéria.
Chocam-se dois opostos.
Um ser de luz e a matéria. É claro que um dos dois ficará domesticado, nos opostos pensamos sempre que algum há-de vencer.
Quando o ser de luz recebe matéria, fica imediatamente corrompido.
Fica enquadrado, fica entorpecido. E nem nota que se desmistificou. Nem nota que a sua face original foi consumida.
É nesta altura que a emoção toma forma. A emoção é a força mais densa que a matéria possui.
Na verdade, a tal experiência da matéria não é mais do que levar seres de luz à terra para experienciarem formas de emoção.
Esse ser que acaba de encarnar, dependendo da época, do lugar, da família, enfim, dependendo das condicionantes que escolheu para melhor atingir os seus fins, irá ser educado e aprender conceitos que o vão direccionar no modo de gerir as suas emoções.
Tu sabes que as emoções são fogo. É muito difícil daqui de cima podermos ajudar-vos quanto às emoções, porque o ego é um intruso perturbador que não quer que o contacto se estabeleça... e é muito difícil vocês gerirem as emoções daí de baixo, visto as informações que têm sobre elas não serem as mais correctas.

É daqui que nascem os karmas, os traumas, as doenças, as psicoses, as depressões, os pânicos, as ansiedades, as fugas, as neuroses, as monstruosidades. É a partir daqui que o ser fica irremediavelmente preso à roda das encarnações. Bem-vindo à densidade.

O ser nasce, ganha emoção. Como não a sabe resolver, transforma-se em emoção mal resolvida, que é o que significa densidade.
A densidade prende-se à roda das encarnações, porque se prende no espírito. Vai e volta sempre com a mesma densidade emocional. Se retirarem todas as sobreposições, o ser sai da roda das encarnações, e acaba a experiência da matéria.
Sobreposição de Encarnações são as emoções presas no espírito, vida após vida. São emoções de vidas passadas que insistem em se manifestarem dentro do peito. Este é o segredo. Retirar estas sobreposições.

JESUS


A Alma Iluminada, de Alexandra Solnado

quarta-feira, 10 de junho de 2009

MARCAS DE NASCENÇA


Torna-se cada dia mais evidente tudo quanto a doutrina espírita tem afirmado nesses seus 145 anos de vida (estamos no ano 2004).
Não foram os espiritualistas reencarnacionistas que vieram a público fazer tal afirmação, mas sim aqueles que não acreditavam em vida após a vida (na carne). Hoje são dezenas de médicos, psiquiatras, psicoterapeutas que vêm afirmar que seus pacientes revelaram, e de forma inconteste, que foram protagonistas de episódios existenciais ocorridos em outras vidas que não a atual.
É do domínio dos interessados que a TVP (Terapia de Vivências Passadas) corre o mundo todo, curando fobias, traumas psicológicos e muitos males de ordem psíquica, tanto em adultos quanto em crianças.
Queremos, nesta oportunidade, referirmo-nos às recordações de vidas passadas vividas por crianças.
Um livro nos chamou a atenção porque a sua autora era uma céptica em matéria de reencarnação e nunca havia imaginado entrar em processo hipnótico e ser conduzida à recordação de outras vidas. Queremos nos referir à norte-americana Carol Bowman e a seu livro "Crianças e suas vidas passadas", com prefácio de Brian Weiss, médico psiquiatra de fama mundial, bastante conhecido no Brasil. Aqui já esteve muitas vezes, e sua fama começou após lançar o livro best-seller "Muitas vidas, muitos mestres", oportunidade para relatar o caso de Catherine, uma de suas pacientes.
Carol Bowman também viveu, após entrar em estado hipnótico, episódios de vidas passadas, e com facilidade. Ela escreveu que se uma criança descreve, com tanta convicção, apesar de toda a sua inocência, haver vivido antes, serenamente descreve a sua morte e a sua viagem de volta à vida carnal, dá testemunho inequívoco de uma verdade insofismável: somos almas imortais, já vivemos e continuaremos sempre a viver. Afirma peremptoriamente que essas lembranças das crianças se constitui na maior evidência da reencarnação. Em outras palavras, ela quer dizer: os espíritas estão certos! Aliás, sempre estiveram.
Para esta escritora, quando uma criança fala espontaneamente de suas vidas passadas, sem serem colocadas em estado hipnótico, estão, na verdade, dando aos pais conselhos práticos para que eles reconheçam a existência da reencarnação, e que as ajudem a se curarem de seus medos através das revivescências de certos fatos ocorridos no passado, os quais estão repercutindo negativamente em suas vidas, hoje. Pedem ajuda de seus responsáveis diretos, e de uma forma pouco comum, ainda.
Todo o processo de crença absoluta na reencarnação começou, para Carol, quando seu filho caçula Chase, principalmente, demonstrava um intenso terror, um medo fóbico de barulho de tiros, de fogos estourando, estrondos fortes, etc. Resolveu, após conselhos de uma amiga, procurar um hipnoterapeuta para livrar o filho do medo. Causando espanto a todos, o filho recorda ter sido um soldado na Guerra Civil americana, descrevendo fatos com detalhes impressionantes, os quais foram depois devidamente comprovados por um historiador, o que lhe havia acontecido durante a guerra. O mais notável viria após: ele curou-se de sua fobia em seguida à vivência de sua morte na guerra, ocorrida em meio de barulhento e terrível tiroteio.
A partir daí, Carol começou todo um trabalho de investigação das lembranças de vidas passadas em outras crianças, constatando que viveram também as mesmas experiências verificadas com seu filho. Ela entrevistou pais que também estiveram perplexos diante dos filhos e de seus relatos de vidas passadas. Visitou bibliotecas em busca de autores que tivessem abordado o assunto que a estava fascinando. O resultado foi esse livro com um apreciável manancial de fatos incontestáveis mostrando as crianças descrevendo suas antigas vidas, espontaneamente, e também após serem levadas a uma visualização, fazendo-as entrar em estado de alteração da consciência.
Para não tornar longo este capítulo, deter-nos-emos em um único caso dos muitos registrados por Carol Bowman. Ele se encontra no final de seu livro, assim mesmo o faremos o mais resumido possível. Contudo, ele será mais do que suficiente para qualquer pessoa se convencer da realidade reencarnatória, das muitas vidas do espírito, desde que não seja tão céptica e não alimente tantas dúvidas sobre a nossa imortalidade.
Por mais terrível seja para os pais a morte de sua criança, com a crença na reencarnação essa dor será absorvida rapidamente, não precisando os pais perderem a fé em DEUS, em Sua Justiça e Compaixão pelas Suas criaturas.
A reencarnação oferece uma esperança plausível, a de que a própria criança que "morreu" retorne da "morte" para a vida, na mesma família.
A família Pollack, da Inglaterra, sofreu o que se costuma dizer na Terra uma tragédia inimaginável. Joanna e Jacqueline, de onze e seis anos, respectivamente, foram atropeladas e "mortas" quando estavam andando por uma calçada.
Bem antes do acidente, o pai, John Pollack, um católico convicto, acreditava firmemente na reencarnação. Na sua fé pedia a DEUS que lhe desse uma prova insofismável da reencarnação. Mal sabia ele o que lhe estava reservado, como veremos.
Após o acontecimento trágico, pedia agora a DEUS que lhe devolvesse as filhas.
Em menos de um ano a sua esposa, Florence, fica grávida e John assegurou a todos que as suas filhas iam voltar para a família, e como gêmeas. John contradizia até o ginecologista que afirmava ser a gravidez de apenas um bebê. No dia 4 de outubro de 1958, Florence deu à luz dois bebês, duas gêmeas idênticas, que receberam os nomes de Jennifer e Gillian.
Perceberam, de imediato, que Jennifer, mas não Gillian, tinha duas marcas de nascença - uma linha branca na testa e uma marca marrom na cintura - que correspondiam em tamanho, forma e localização a uma cicatriz e a uma marca congênita que Jacqueline tinha na testa e na cintura. Tal fato era notável, porque, segundo pesquisa do Dr. Ian Stevenson, gêmeas idênticas teriam que ter marcas de nascença idênticas, o que agora não se dava.
Crescidas as meninas, o suficiente para falarem, lembraram detalhes de suas "irmãs mortas", elas que não tinham meios de saber, absolutamente nenhum. Feito um teste pelos pais e parentes, elas identificaram com detalhes brinquedos que haviam pertencido a Joanna e a Jacqueline. Ao visitarem pela primeira vez a cidade onde haviam vivido (os Pollack se mudaram quando as meninas ainda eram bem pequenas), apontaram corretamente para a antiga casa da família, foram até o parque e o playground, tendo descrito a escola e os balanços antes de vê-los.
É um caso com todos os sinais característicos de lembranças de vidas passadas, especialmente as marcas de nascença.
John Pollack acreditava mais e mais em DEUS, ELE lha havia restituído as filhas como resposta à sua fé e à sua crença na reencarnação. A prova que pedira a DEUS lhe fora concedida de forma incontestável. Vale, pois, a pena crer em DEUS, ou não?
* Escritor, orador e radialista, autor dos livros: Ser, Crer e Crescer - Elucidações Para uma Vida Melhor