domingo, 31 de maio de 2009

VIDAS PASSADAS



Vidas Passadas

Porque não lembramos de vidas passadas ? Não lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente.

Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nosso filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos,que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação.

Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpretados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram.

Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual.

Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível.

Se a provação te aflige, Deus te conceda paz. Se o cansaço te pesa, Deus te sustente em paz. Se te falta a esperança, Deus te acrescente a paz. Se alguém te ofende ou fere, Deus te renove em paz. Sobre as trevas da noite, O Céu fulgura em paz. Ama, serve e confia.

sábado, 30 de maio de 2009

O ANJO


Avô anjo

(texto de Moacir Sader)

outubro/2004

Vítima de assalto, Margaret perde sua vida. O assaltante, não se contenta apenas em roubar tudo o que lhe pertence, opta por silenciar definitivamente o coração de Margaret com um tiro certeiro.

Enquanto aguardam a chegada do corpo, os pais, irmãos, sobrinhos e amigos de Margaret choram de intensa dor. Com seus cinqüenta anos, Margaret nunca se casou e por isso, até então, morava com os seus pais, já idosos.

Eu e minha esposa acompanhamos todo o sofrimento da família. Minha esposa me pergunta se eu sei quem é um homem de bastante idade sentado em uma das cadeiras da sala. Quando olho, fico emocionado, pois reconheço intuitivamente como sendo o avô de Margaret, falecido há muitos anos.

Eu peço, então, a minha esposa para não comentar nada sobre o que está vendo, pois lhe chamo a atenção sobre o fato de que somente eu e ela podemos ver o avô de Margaret, já que ele se encontra invisível para os demais.

Algum tempo depois, o avô se levanta e sai da casa. Intrigado, vou até a porta que dá para a rua. Fico maravilhado com o que eu posso ver: além da porta, não mais se encontra a rua, nem as casas vizinhas, mas sim um imenso campo verde, com árvores, pássaros cantando e, neste lugar espetacular, segue o avô segurando pela mão uma menina de cerca de seus nove anos de idade. Eles estão rindo um para o outro, sentido a imensa felicidade de estarem juntos, novamente.

Olhando para uma foto exposta na sala, constato que aquela menina é Margaret quando criança, exatamente com a mesma idade em que o avô havia falecido. Por informação espiritual, fico sabendo que o avô sempre havia cuidado de Margaret como sendo seu anjo da guarda, estando sempre com ela quando havia necessidade e agora veio para levá-la a sua nova morada espiritual.

É comum, quando ocorre o desencarne, a presença de algum membro da família já falecido para ajudar na travessia. O que é perfeitamente explicável e até necessário, vez que a presença de um ente querido gera em quem está partindo segurança em saber que é o caminho a seguir, pois vê na presença daquela pessoa da família, o carinho e o amor e, sobretudo a confiança necessária num momento emocional tão intenso.

Neste instante da viagem do espírito, sempre haverá um avô ou um outro parente e até amigos do plano espiritual para segurar a mão e levar com segurança o espírito para o novo habitat

O MOMENTO DE DEUS





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"Passará, talvez desapercebido para nós, contudo, ele existe no tempo, o momento de Deus.
Esfalfamo-nos, bastas vezes, transfigurando os valores da atenção nos
desperdícios da inquietação, diligenciando impor a fé religiosa naqueles que amamos, esquecidos de que o Criador lhes consagra mais amor que nós mesmos.
Deus espera. Por que desanimar, de nossa parte, quando a edificação
espiritual se nos afigura tardia?
Com isso, não desejamos dizer que somente nos resta abandonar ao vento da provação aqueles entes queridos para os quais aspiramos o entendimento maior. Reflitamos que se a Divina Providência no-los confiou, decerto assim procedeu, através das pessoas e circunstâncias que nos rodeiam, aguardando algo de nossa cooperação no amparo a eles.
Em tempo algum, ser-nos-á lícito relegar para Deus as obrigações que nos competem, o que nos constrange igualmente a verificar que existe a "parte de Deus" em cada realização, cujo âmbito nos é defeso à qualquer exigência.
Não conseguimos antepor-mos, de maneira alguma, ao momento de Deus e nem fazer o que lhe cabe realizar, todavia, somos convidados a preparar-lhe as condições adequadas ao surgimento vitorioso.
À medida que se nos intensifica a madureza de espírito, categorizamo-nos à conta de semeadores nas almas.
Nesse sentido, recordemos os cultivadores da gleba que sustentam a
civilização e asseguram a vida. Nenhum deles, por mais sábio, logra
desentranhar com as próprias mãos, os princípios da semente, cujo embrião possui um instante próprio a fim de desacolchetar envoltórios e desabrochar à plena luz.
Ainda assim, patrocinam a exatidão da leira, administram adubos, dosam a rega, garantem a defesa da planta e efetuam enxertias, quando enxertias se façam necessárias ao rendimento da produção.
Se há imperscrutável serviço divino na intimidade dos processos da
natureza, há inadiável serviço do homem na esfera da natureza para que a natureza corresponda intensamente ao toque divino.
Os estatutos da Criação não permitem à criatura relegar para o Criador a obrigação que lhe compete.
Ama, pois, teus pais, filhos, irmãos, amigos e companheiros tais quais são por agora, sem te esqueceres de ajudá-los com
simpatia, cooperação, fraternidade e bons exemplos, a se exprimirem por valioso auxílio prévio.
Trabalha e prepara com eles e junto deles o futuro melhor, na convicção
de que, em matéria de compreensão e penetração nos reinos do espírito, os mais elevados anseios humanos são compelidos a esperar
pelo momento de Deus."

ANDRÉ LUIZ (Sol na Almas, cap. 23)

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O PASSE


Querido amigo, seja bem-vindo!
Paz, luz e muita harmonia, em todos os corações!

Na terapêutica das doenças comuns, buscamos prontamente a medicina terrena por insubstituível amparo aos males que nos assaltam, vez em quando.
Uma aspirina para a dor de cabeça.
Um tranquilizante para estados nervosos.
Um analgésico para a gripe.
Antiinflamatórios, antibióticos, xaropes e pomadas, são arsenais de que lançamos mão na busca de alívio às mais variadas enfermidades.
E, certamente, estaremos sempre prontos a buscar por quantos recursos mais forem necessários, sem questionar ou duvidar de sua real necessidade na restauração de nossa saúde.
Mas, e quando nossa alma não vai em bem?
Quando sentimos mal-estar provindo das inúmeras ocorrências psíquicas que nos assaltam no dia-a-dia, que providências tomamos?
Para o tóxico da maledicência, o veneno do destempero, o vírus do ódio, os germes da inveja e o colapso dos sentimentos, entre outros tantos males, não acharemos em caridoso consultório médico ou em providencial balcão de farmácia o medicamento adequado.
Qual a solução? Que caminhos tomar?
Na mensagem desta semana, André Luiz traz-nos valiosos apontamente sobre o passe.
"Se usamos o antibiótico por substância destinada a frustrar o desenvolvimento de microorganismos no campo físico, por que não adotar o passe por agente capaz de impedir as alucinações depressivas, no campo da alma?" - pergunta-nos ele.
Acompanhemos seu esclarecimentos acerca dessa terapêutica que deve ser praticada por todos nós, sempre que necessário.


O PASSE



O passe não é unicamente transfusão de energias anímicas. É o equilibrante ideal da mente, apoio eficaz de todos os tratamentos.
Desânimo e tristeza, tanto quanto insatisfação e revolta, são síndromes da alma, estabelecendo distonias e favorecendo moléstias do corpo.
Se há saúde, esses estados de espírito patrocinam desastres orgânicos; na doença equivalem a fatores predisponentes na desencarnação prematura.
Mas não é só isso.
Em todo desequilíbrio mental as forças negativas entram mais facilmente em ação instalando processos obsessivos de duração indeterminada.
Se usamos o antibiótico por substância destinada a frustrar o desenvolvimento de microorganismos no campo físico, por que não adotar o passe por agente capaz de impedir as alucinações depressivas, no campo da alma?
Se atendemos à assepsia, no que se refere ao corpo, por que descurar dessa mesma assepsia no que tange ao espírito?
A aplicação das forças curativas em magnetismo enquadra-se à efluvioterapia com a mesma importância do emprego providencial de emanações da eletricidade.
Espíritas e médiuns espíritas, cultivemos o passe, no veículo da oração, com o respeito que se deve a um dos mais legítimos complementos da terapêutica usual.
Certamente os abusos da hipnose, responsáveis por leviandades lamentáveis e por truanices de salão, em nome da ciência, são perturbações novas no mundo, mas o passe, na dignidade da prece, foi sempre auxílio divino às necessidades humanas. Basta lembrar que o Evangelho apresenta Jesus, ao pé dos sofredores, impondo as mãos.

ANDRÉ LUIZ
Opinião Espírita, 55

TERCEIRO OLHO


Terceiro Olho


- Daniela, consultando os Oráculos, ficou evidente que a mais importante missão na atual vida é minha iniciação à espiritualidade da nova Era, é o meu encontro comigo mesmo em camadas mais profundas, a ligação definitiva com o meu “Eu Superior”.

- Então, Jonas, eu devo ser uma importância menor em sua vida - disse Daniela decepcionada.

- Claro que não - falou Jonas com certeza, sem mesmo saber a origem desta convicção - você tem tudo a ver com este meu despertar, sobretudo pelo meu reencontro com a espiritualidade há tempos adormecida.

Em verdade, desde que Jonas encontrou Daniela nesta encarnação, sua intuição espiritual tem sido aflorada naturalmente. Foi capaz, imediatamente, de saber que os dois já se conheciam de outras encarnações, já viveram o amor e o ódio, este último como resultado do descontrole emocional, gerador de situações trágicas e marcantes: em uma das vidas, ele foi traído por ela, sendo levando de barco para o exílio e morte, drama acontecido possivelmente na idade média; em encarnação posterior, ele tirou a vida de Daniela, por meio de arma de fogo, em razão de intenso ciúme.

Ambos planejaram se encontrar, na vida atual, para restabelecer o amor verdadeiro, sanando de vez o ódio e suas variáveis tão presente nas vidas pregressas. Claro estar que a aproximação dos dois foi fácil e natural, se conheciam há séculos, mas a superação das mágoas não pôde se concretizar de modo rápido. Jonas lutava intensamente neste sentido, mas Daniela inconscientemente sentiu uma repulsa física, quase inexplicável, que impedia a ligação plena.

Mas o amor que os unia, próprio de almas gêmeas, falou mais forte e num dia eles se abraçaram sem qualquer reserva, sem desconfianças, sem medos, sem repulsas e sem passado negativo. Transformaram o presente em amor, de intenso azul, superando o terrível tempo de outras vidas pela força milagrosa do amor eterno. O dia então se fez de brilho intenso de um Sol especial, refletindo vermelho desde outra dimensão, aquecendo os seus corações para sempre.

Jonas, que nos últimos meses passou a estudar os Oráculos, especialmente as Runas, as Cartas do Carma, o I Ching, o Tarô, entre outros, resolveu consultar as Runas para saber a verdadeira importância, o verdadeiro significado que um apresenta para o outro nesta vida.

De Daniela para Jonas, a resposta foi a Runa Berkana (crescimento e renascimento). A resposta desta Runa ratificou o que Jonas havia dito a Daniela, a importância dela é grande, diretamente relacionada ao crescimento espiritual desabrochado no especial e singular renascimento a partir do reencontro dos dois nesta vida.

A importância de Jonas para Daniela foi respondida com a retirada da Runa Gebo (Associação, dádiva). Não poderia sair uma Runa melhor para significar o encontro e a importância de dois seres nesta vida. Associação igualitária, permitindo que o Céu dance entre os dois e que Deus esteja presente, inspirando o encontro com o Eu Superior e tendo como dádiva principal a percepção do divino em todas as coisas.

Inúmeras vezes, Daniela adjetivou a amizade dos dois dizendo que ela é uma dádiva. Esta palavra aparece em destaque na Runa Gebo. Inconsciente Daniela já sabia desta especial característica da amizade, fonte de ligação indissolúvel entre os dois.

Deus sempre estará presente em ligações sinceras e de amor, onde cada um preserve a sua unicidade; associação significando liberdade especial geradora de todas as dádivas.

Quando isto acontece, cumpre-se verdadeiramente e na íntegra a máxima: O que Deus união com amor, o homem não separa com o tempo, com a distância, nem com as normas

RENASCENDO


Cristina se viu andando pelo acostamento de uma estrada. O que estaria fazendo ali? Tudo estava nebuloso em sua mente. Onde estaria sua família, seu marido e seus filhos?

Desejou vê-los. E como se o pensamento fosse um desejo para ser cumprido de imediato, Cristina no mesmo instante estava em outro lugar e ficou chocada com o que viu: seu carro caído fora da estrada e muito danificado, mas não viu ninguém dentro. Onde estariam todos, pensou assustada.

- Meus filhos, onde estão eles? Falou alto para si mesma.

O cenário a sua frente modificou-se novamente. Pôde ver seus dois filhos sendo levados por policiais rodoviários em perfeito estado físico, mas assustados.

Um desespero começou a percorrer todo o seu ser, o que aconteceu? Um acidente? Não se lembrava de nada.

- Por que vejo os meus filhos e eles não me vêem? Pensava desesperadamente. Será que morri? Mas estou me sentindo viva, como pode ser isso?

Cristina notou que se quisesse não precisava andar para se locomover, além de se deslocar com a força do pensamento, também poderia ficar no alto, sentiu-se levitando e voando sobre a estrada. Uma sensação de solidão e dor pela saudade de sua família se fez intensamente em seu coração.

Naquela manhã, Cristina, seu marido e seus dois filhos menores saíram para uma viagem de passeio, mas a chuva forte fez com que, numa curva o carro ficasse desgovernado, saindo da estrada de caindo num declive até bater fortemente em uma árvore, tirando na hora a vida de Cristina e ferindo seu marido. Os filhos, no banco de trás, nada sofreram, protegidos pelo cinto de segurança.

No tempo terreno, havia transcorrido oito anos. A saudade de Cristina ainda se fazia forte. Seu marido e os filhos guardavam no coração o especial amor da esposa e mãe. Paulo acabou conhecendo uma nova companheira, embora sua esposa falecida ainda fosse e seria sempre única em amor.

Numa cidade espiritual, Cristina luta por rever seus filhos, a separação não fora aceita por seu coração materno dedicado. Dirigindo a uma pessoa que atendia a várias pessoas numa fila, Cristina fala:

- Quero ver meus filhos, como eu faço?

- Agora não é mais possível – disse bondosamente a mulher – você desencarnou, está em outra dimensão.

- Não quero saber, quero vê-los novamente – insistia Cristina, fiel ao amor existente em seu coração especial.

- Cristina – falou a atendente – você está próxima de encarnar novamente. Precisa pegar aquele veículo parado na praça. Você será levada para um lugar, para ser preparada para a sua nova vida.

Sem entender todo aquele cenário, vez que na Terra pertencera a uma religião Evangélica, Cristina seguiu em direção ao veículo como que automatizada. Entrou num tipo de ônibus, meio carro, meio avião. Alguns minutos depois ele levanta e voa levando diversos passageiros para um destino desconhecido...

Havia passado nove anos desde aquele trágico dia, a nova esposa de Paulo, estava nos últimos dias para dar a luz a sua primeira filha. Cristina estava voltando por seu intenso desejo de reencontrar as pessoas que tanto amou aqui na Terra. Agora seria filha de seu ex-marido e irmãos de seus filhos.

Numa manhã de sol radiante, Cristina renasceu bela e sadia, sendo recebido com grandioso amor por sua nova/antiga família.

Tudo foi permitido pelo céu porque o amor é a maior força de atração entre os seres, ligando-os eternamente

MEU IRMÃO DE OUTRA VIDA


Meu irmão de outra vida
(História de Moacir Sader)





Guilherme encontra-se em uma casa distinta de sua residência de agora e de todas as que já residiu nesta encarnação.em uma casa distinta de sua residência de agora e de todas as que já residiu nesta encarnação. No entanto, tudo lhe parece normal; ele mora ali com seus pais e está bem mais jovem, com 12 anos - na presente vida está com 46 anos. Sem recordar de seus pais em sua atual vida, sente grande amor por eles nessa história em que está ainda com idade de criança. Há também um irmão, bem mais jovem, muito doente, no leito do quarto, que se localiza no lado direito do corredor da casa.

Sofrendo intensa dor que corta o coração infantil de Guilherme pela grave doença de seu irmão, está convicto que ele está próximo de desencarnar e, que tudo irá acontecer naquela noite. Como se o futuro já houvesse realizado, ele sabe que tudo estará consumado, quando a sua mãe ao entrar no quarto.

Guilherme acelera-se de tensão e grande medo. Ele sofre antecipadamente e de forma intensa. Ouve, então, sua mãe chamando por seu pai, desesperadamente, ao sair correndo do quarto de seu irmão...Tudo acontecera enfim...

Uma grande dor dilacera seu peito, quase insuportável, pois seu irmão não mais pertence ao mundo terreno. No auge de insuportável dor, Guilherme olha para o outro quarto, no lado esquerdo do corredor de sua casa e vê o seu irmão vivo, agora com outro aspecto físico e na aparência de seu filho da vida atual.

Guilherme desperta assustado e ainda com toda a dor de seu coração infantil pela morte de seu irmão, consciente de ter feito regressão de memória a uma outra existência. Alegra-se ao saber que seu filho atual de seis anos foi seu querido irmão de outrora. Toda a incomensurável dor de antes já não faz mais sentido de existir, vez que seu irmão renascera em sua família.

Guilherme agradece a Deus pelo reencontro especial de quem muito amou e foi separado tão rapidamente em outro tempo. Reunidos novamente, estão ligados agora pelos laços do amor paterno-filial.

Os espíritos nunca morrem de verdade, apenas transmutam de dimensões e se reencontram sempre pela força do amor.

A vida é eterna, todos nós somos imortais.

Outras histórias sobre reencarnação no livro:

REGRESSÃO DE MEMÓRIA


Desde de criança, os abalos emocionais repercutiam em meu corpo físico por intermédio de dor forte e persistente na região próxima ao coração, que durava dias. Essa situação, ainda que antiga e repetitiva, me deixava inquieto e preocupado.

Cheguei mesmo a pensar que estivesse com algum problema físico ligado ao coração: por duas vezes me submeti a rigoroso exame médico. Nada de irregular foi encontrado. Num desses exames, a médica ficou surpresa com o exame circulatório, um vez que, segundo ela, estava incrivelmente próximo do padrão ideal, talvez explicado por eu não ser fumante.

Saía do consultório, claro, muito feliz. Mas e a dor? Já estava desistindo de entender, quando, numa noite, em sonho, vivi uma situação muito especial, que veio explicar toda a origem desse sofrimento.

Na primeira fase do sonho, visualizei-me deitando numa cama, no tempo atual. Uma amiga se preparava para fazer regressão de memória em mim. Ela iniciou o relaxamento e, aos poucos, fui viajando no tempo e aí vivenciei uma história em que eu era o personagem principal, mas meu corpo se apresentava com outra aparência, estava mais velho (em torno de 65 anos).

Eu morava em uma casa grande de fazenda, o período era colonial, pelo tipo do mobiliário. Eu estava muito doente, desenganado pelos médicos. Meu filho estava com 30 anos. Minha esposa não me amava, talvez por culpa minha, de meus procedimentos ditatoriais, próprios dos senhores de engenho.

Inconformado por não me sentir amado e de não haver cura para minha doença, tomei uma decisão definitiva e trágica: iria me suicidar.

Peguei um punhal pontiagudo, segurei com duas mãos e com toda força puxei em direção ao coração...

Por um tipo de censura do inconsciente, não revivi a dor e o momento trágico da minha morte. Estava agora em pé junto a todos de minha família, em outra dimensão, vendo meu corpo ser velado. Ainda que houvesse lágrimas, não havia amor por parte deles.

Acordei com toda a sensação e emoção daqueles momentos dramáticos de minha outra encarnação, que a regressão em sonho me permitiu relembrar.

Contei o ocorrido a uma amiga psicóloga que faz regressão de memória em seus pacientes. Ela me confirmou o que eu já sabia, o que aconteceu comigo foi que vivi novamente as cenas e as emoções de uma de minhas encarnações, no seu momento mais dramático. Situação normal que se verifica nas regressões de memória realizadas nos consultórios de profissionais dedicados a esse tipo de terapia.

Segundo a psicóloga, a dor desapareceria se a energia emocional, existente em mim desde aquela encarnação, tivesse sido eliminada plenamente. Caso restasse alguma energia, eu poderia sentir ainda a dor, mas em menor proporção.

Ela estava certa, situações em que a dor apareceria inevitavelmente e de modo forte, proporcionaram, desde o dia do sonho, apenas dor suave e passageira.

O sonho, a regressão inesperada, veio me libertar, quase que totalmente, da energia negativa, presente em mim desde aquele fatídico dia, em que sem compreender a vida, sem saber amar, ainda que desejasse ser amado, cometi um dos mais terríveis crimes pessoas, o suicídio.

Muito mais que me libertar desse sofrimento, esta experiência me fez pensar que tudo aquilo que fazemos de mal contra a nossa pessoa ou contra o nosso semelhante, fica guardado no campo emocional de nosso espírito, e sendo uma energia negativa, terá de ser resgatada, superada, quase sempre pela dor.

Na vida precisamos amar a nós mesmos e a todos os nossos semelhantes, pois, agindo assim, o amor preencherá nosso espírito de pura energia, transformando as dores físicas e emocionais em satisfação existencial plena.

Precisamos nutrir nosso espírito com a energia do amor.



Texto do Livro: Outra vida, nova chance -

EVOLUÇÃO ESPIRITUAL


Evolução Espiritual


Os caminhos para a evolução espiritual são diversos. Destaco alguns para a nossa reflexão: estudos de textos sagrados e espiritualistas; oração; meditação; caridade; perdão e desapego.

Estudo

Quando lemos obras sagradas e espiritualistas, exercitamos nossas camadas mais profundas, despertando nossa consciência interior (somos seres espirituais com experiências conquistadas em várias encarnações); estimulamos assim, a nossa ascensão espiritual.

Oração

Pela oração fazemos a conexão direta com a nossa alma (a camada divina existente em nós), despertamos a ponte que nos leva ao céu e que o trás até nós.

Meditação

Ao meditarmos, ficamos em estado de elevação da consciência, liberamos os chakras (abrimos os portais espirituais) e passamos a captar as ondas energéticas do mundo espiritual superior, fortalecendo-nos e sendo inspirados a termos bons pensamentos e sentimentos sublimes, amenizando ainda o nosso estresse. Esse estado especial nos permite também, em muitos casos, reviver cenas de vidas passadas (sanando sofrimentos cármicos) e até lampejos do futuro (orientando os nossos passos com segurança).

Caridade

Todo e qualquer tipo de atenção com nosso semelhante pode ser definido como caridade, que é o exercício prático do amor, pois o amor precisa ser praticado para que ele efetivamente aconteça. Agindo assim, atraímos os seres de luz, que nos inspiram o amor no sentido mais amplo, proporcionando nossa elevação espiritual.

Perdão ao próximo

Ao perdoarmos aos nossos semelhantes as faltas que eles possam ter cometidos conosco (sabendo que falhamos também), estamos cortando a triste conexão do carma, livrando nosso semelhante de ter débitos espirituais conosco; débitos esses que inevitavelmente ensejariam a obrigatoriedade de serem resgatados mais tarde. Desapegados desses vínculos infrutíferos, estaremos livres para a conexão positiva do amor e para progredir livremente no caminho espiritual.

Perdão a si mesmo

Quando nos perdoamos por nossas próprias falhas presentes e passadas, também livramos dos sofrimentos cármicos e das doenças, pois eles originam-se de nosso corpo astral, mais propriamente, do perispírito, por termos guardados débitos que não foram devidamente perdoados por nós. Sem essa limitação cármica, estaremos livres para vivenciar o progresso do espírito.

Desapego

Exercitando o desapego material e a tudo que nos limita como ser humano espiritual, tais como ódio, vingança, inveja, disputas não éticas, etc., a vida interior passa a fluir livremente, revitalizando-se pela energia pura do amor e nos levando à ascensão espiritual.

Embora todos estes caminhos e outros tantos sejam positivos de serem praticados isoladamente, o importante é praticarmos vários deles, estimulando o nosso real progresso espiritual, de forma mais substancial e mais rápida, até que num determinado momento, como um clarão interior, acontece a iluminação.

Não devemos nunca deixar de ter em mente, que o progresso espiritual gera poderes pessoais, que nunca podem ser usados para o mal e nem tão pouco estimular a vaidade de quem o detém, pois isso atrasa o progresso. Devemos viver tudo com muita humildade, com a plena certeza que quase nada sabemos e temos muito a aprender.




(Texto extraído do livro:

quinta-feira, 28 de maio de 2009

MÃOS FORTES E LIMPAS







Meu irmão, minha irmã,



Ilumina o coração para que o amor seja o laço do céu, a irmanar-te com todas as criaturas.
Purifica teus olhos para que os males da peregrinação terrestre não te perturbem a mente.
Defende os ouvidos contra as sugestões da ignorância e da sombra, a fim de que a paz interior não te abandone.
Clareia e adoça tua palavra para que teu verbo não acuse e nem fira, ainda mesmo na hora da consagração da verdade.
Conduze teu pensamento a grande compreensão do próximo, ajudando aos que te cercam, tanto quanto desejes ser por eles auxiliados.
Equilibra teus pés no caminho reto sem te precipitares aos abismos que tantas vezes surgem à margem de nossa vida, induzindo-nos à queda e ao desespero.
E, desse modo, terás contigo o tesouro das mãos fortes e limpas para abençoar e servir, conduzir e curar, em nome do Senhor.


ANDRÉ LUIZ

MATERNIDADE


Querido amigo, seja bem-vindo!
Paz, amor e muita alegria, em todos os corações!

Comemora-se hoje, com emoção e justo reconhecimento,
o dia das mães...
Nossos olhos, nossos beijos e nossas melhores lembranças são para elas, porque sabemos, não obstante as dificuldades e os conflitos que por ventura tenhamos experimentado quando sob sua tutela, sem nossas mães não estaríamos aqui, renovando projetos e esperanças, atitudes e destinos...
O papel da mulher-mãe ainda está para ser melhor compreendido pela Humanidade, quando talvez um dia, premida pelos enormes sofrimentos que a falta de um ventro materno possa representar, reconhecerá que sem a maternidade, tão menosprezada nesses dias de mulher-fêmea, é impossível o progresso e a ascensão...
Diz-nos André Luiz, na comovente mensagem sobre maternidade, que "ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas."
Para todas as mães, hoje, nosso carinho e nosso amor.
Incondicionais...

MATERNIDADE

Vemos em cada manifestação da Vida determinada meta de desenvolvimento, qual anseio do próprio Deus a concretizar-se.
Na Criação, o clímax da grandeza.
Na caridade, o vértice da virtude.
Na paz, a culminância da luta.
No êxito, a exaltação do ideal.
Nos filhos, a essência do amor.
No lar, a glória da união.
De igual modo, a maternidade é a plenitude do coração feminino que norteia o progresso.
Concepção, gravidez, parto e devoção afetiva representam estações difíceis e belas de um ministério sempre divino.
Láurea celeste na mulher de todas as condições, define o inderrogável recurso à existência humana, reclamando paciência e carinho, renúncia e entendimento.
Maternidade esperada.
Maternidade imprevista.
Maternidade aceita.
Maternidade hostilizada.
Maternidade socorrida.
Maternidade desamparada.
Misto de júbilo e sofrimento, missão e prova, maternidade, em qualquer parte, traduz intercâmbio de amor incomensurável, em que desponta, sublime e sempre novo, o ensejo de burilamento das almas na ascensão dos destinos.
Principais responsáveis por semelhante concessão da Bondade Infinita, as mães guardam a chave de controle do mundo.
Mães de sábios...
Mães de idiotas...
Mães felizes...
Mães desditosas...
Mães jovens...
Mães experientes...
Mães sadias...
Mães enfermas...
Ao filtro do amor que lhes verte do seio, deve o Plano Terrestre o despovoamento dos círculos inferiores da Vida Espiritual, para que o Reino de Deus se erga entre as criaturas.

Mães da Terra! Mães anônimas!
Sois vasos eleitos para a luz da reencarnação!
Por maiores se façam os suplícios impostos à vossa frente, não recuseis vosso augusto dever, nem susteis o hálito do filhinho nascente - esperança do Céu a repontar-vos do peito!...
Não surge o berço em vosso coração por acaso.
Mantende-vos, assim, vigilantes e abnegadas, na certeza de que se muitas vezes cipoais e espinheiros são vossa herança transitória entre os homens, todas vós sereis amparadas e sustentadas pela Bênção do Amor Eterno, sempre que marchardes fiéis à Excelsa Paternidade da Providência Divina.

ANDRÉ LUIZ

O TALENTO ESQUECIDO


O Talento Esquecido
No mercado da vida, observamos os talentos da Providência Dïvina fulgurando na experiência humana, dentro das mais variadas expressões. Talentos da riqueza material, da intelectualidade brilhante, da beleza física, dos sonhos juvenis, dos louros mundanos, do brilho social e doméstico, do poder e da popularidade.
Alinham-se, à maneira de jóias grandes e pequenas, agradáveis e preciosas, estabelecendo concorrência avançada entre aqueles que as procuram.

*

Há, porém, um talento de luz acessível a todos. Brilha entre ricos e pobres, cultos e incultos. Aparece em toda parte. Salienta-se em todos os ângulos da luta. Destaca-se em todos os climas e sugere engrandecimento em todos os lugares.

E o talento da oportunidade, sempre valioso e sempre o mesmo, na corrente viva e incessante das horas.

É o desejo de doar um pensamento mais nobre ao círculo da maledicência, de fortalecer com um sorriso o ânimo abatido do companheiro desesperado, de alinhavar uma frase amiga que enterneça os maus a se sentirem menos duros e que auxilie aos bons a se revelarem sempre melhores, de prestar um serviço insignificante ao vizinho, plantando o pomar da gratidão e da amizade, de cultivar algum trato anônimo de solo, onde o arvoredo de amanhã fale sem palavras de nossas elevadas intenções.

*

Acima de todos os dons, permanece o tesouro do tempo.

Com as horas os santos construíram a santidade e os sábios amealharam a sabedoria.

É com o talento esquecido das horas que edificaremos o nosso caminho, no rumo da Espiritualidade Superior, na aplicação silenciosa com o mestre que, atendendo compassivamente às necessidades de todos os aprendizes, prometeu, com amor, não somente demorar-se conosco até ao fim dos séculos terrestres, mas também asseverou, com justiça, que receberemos individualmente na vida, de acordo com as nossas próprias obras.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Emmanuel.

DEUS SABE


Deus Sabe
Há momentos muito difíceis, que parecem insuperáveis, enriquecidos de problemas e dores que se prolongam, intermináveis, ignorados pelos mais próximos afetos, mas que Deus sabe.

Muitas vezes te sentirás à borda de precipícios profundos, em desespero, e por todos abandonado. No entanto, não te encontrarás a sós, porque, no teu suplício, Deus sabe o que te acontece.

Injustiçado, e sob o estigma de calúnias destruidoras, quando, experimentando incomum angústia, estás a ponto de desertar da luta, confia mais um pouco, e espera, porque Deus sabe a razão do que te ocorre.

Vitimado por cruel surpresa do destino, que te impossibilita levar adiante os planos bem formulados, não te rebeles, entregando-te à desesperação, porque Deus sabe que assim é melhor para ti.

Crucificado nas traves ocultas de enfermidade pertinaz, cuja causa ninguém detecta, a fim de minimizar-lhe as conseqüências, ora e aguarda ainda um pouco, porque Deus sabe que ela vem para tua felicidade.

Deus sabe tudo!

Basta que te deixes conduzir por Ele, e sintonizado com a Sua misericórdia e sabedoria, busca realizar o melhor, assinalando o teu caminho com as pegadas de luz, características de quem se entregou a Deus e em Deus progride.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Filho de Deus.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
Salvador, BA: Livraria Espírita Alvorada.

COMO RESPONDEU


Como Respondeu?
“Perdoar aos inimigos é pedir
perdão para si próprio; perdoar
aos amigos é dar-lhes uma prova
de amizade; perdoar as ofensas é
mostrar-se melhor do que era.”
(Alan Kardec, E.S.E. Cap.X, ltem 15.)

À hora de cólera, você exclamou: “Vingar-me-ei!”
E perdeu uma feliz oportunidade de exercitar o perdão.

*

Escarnecido pela ignorância, você retrucou: “Infeliz perseguidor!”

E malbaratou o ensejo de iluminar em silêncio.

*

Esbofeteado pela agressividade da intolerância, você reagiu: “Nunca mais terás outra ocasião de ferir-me!”

E desperdiçou a lição do sofrimento.

*

Dominado pela preguiça, você justificou: “Amanhã farei a assistência programada.”

E esqueceu que agora é a hora da ação editicante.

*

Acuado pela perseguição geral, você indagou: “Por que Deus me abandonou?”

E não enxergou a Divina Presença na linguagem do testemunho que lhe era solicitado.

*

Aturdido pela maledicência, você desabafou: “Ninguém presta!”.

E feriu, sem motivo, muitas almas boas ,generalizando a invigilância e a crueldade.

*

Esmagado pela pobreza, você inquiriu: “Onde o socorro celeste?”

E atestou o apego às coisas terrenas.

*

Ante a felicidade aparente dos levianos, você disse: “Só os maus vencem!”

E desrespeitou a fé cristã que você vive, inspirada na cruz de ignomínia onde Ele pereceu.

*

Ao impacto de acusações injustas, você baqueou: “Estou perdido!”

E não se recordou d'Aquele que é o nosso Caminho.

*

Entretanto, poderia dizer sempre: “Em ti confio, Senhor, e a Ti me entrego.”

E Ele, que nunca abandona os que n'Ele confiam, saberia ajudá-lo incessantemente.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco.

CONSELHOS SIMPLES


Utilize as horas com moderação, realizando cada tarefa por sua vez, sem interrupção.
Trabalho continuado - rendimento vultuoso.

*

Modifique, sem mais tardança, o conceito negativo a respeito de quem você conheceu num momento infeliz.

A opinião má que se renova contribui para a sementeira da fraternidade.

*

Antes que os labores diurnos o surpreendam, realize no leito a comunhão com o Senhor, através da meditação.

O homem mantém a comunicação com o Pai Celeste pelos invisíveis fios do pensamento.

*

Resguarde-se da enfermidade, cultivando a higiene mental.

Mente asseada - corpo equilibrado.

*

Recolha, em cada dificuldade, a mensagem oculta de advertência para a vida.

Obstáculo vencido - aprendizagem inesquecível.

*

Acomode-se ao temperamento alheio, vencendo as imposições do instinto, quando a serviço do auxílio.

Quem relaciona dificuldades não dispõe de tempo para ajudar.

*

Receba o intrujão com delicadeza, expondo-lhe a verdade sem arrogância deliberada.

Todo usurpador se transforma em algoz de si mesmo.

*

Precavenha-se da agressão do ódio, pelo exercício do amor.

A constância no bem imuniza o homem contra o contágio das misérias morais.

*

Aceite o sofrimento como fenômeno natural da experiência evolutiva.

A enfibratura moral consolida-se no fragor das batalhas diárias.

*

Repare a terra submissa e boa, sulcada pelo arado para a dádiva do pão.

Aprenda com ela a lição da humildade e deixe que o Agricultor Compassivo transforme sua vida num seminário de amor para o bem de todos.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Glossário Espírita-Cristão.
Ditado pelo Espírito Marco Prisco

O PEQUENO ABORRECIMENTO



O Pequeno Aborrecimento
Um moço de boas maneiras, incapaz de ofender os que lhe buscavam o concurso amigo, sempre meditava na Vontade de Deus, disposto a cumpri-la.
Certa vez, muito preocupado com o horário, aproximou-se de um pequeno ônibus, com a intenção de aproveitá-lo para a travessia de extenso trecho da cidade em que morava, mas, no momento exato em que o ia fazer, surgiu-lhe à frente um vizinho, que lhe prendeu a atenção para longa conversa.

O rapaz consultava o relógio, de segundo a segundo, deixando perceber a pressa que o levava a movimentar-se rápido, mas o amigo, segurando-lhe o braço, parecia desvelar-se em transmitir-lhe todas as minudências de um caso absolutamente sem importância.

Contrafeito com a insistência da conversação aborrecida e inútil, o jovem ouvia o companheiro, por espírito de gentileza, quando o veículo largou sem ele.

Daí a alguns minutos, porém, correu inquietante a notícia.

A máquina estava sendo guiada por um condutor embriagado e precipitara-se num despenhadeiro, espatifando-se.

Ouvindo com paciência uma palestra incômoda, o moço fora salvo de triste desastre.

O jovem refletiu sobre a ocorrência e chegou à conclusão de que, muitas vezes, a Vontade Divina se manifesta, em nosso favor, nas pequenas contrariedades do caminho, ajudando-nos a cumprir nossos mais simples deveres, e passou a considerar, com mais respeito e atenção, as circunstâncias inesperadas que nos surgem à frente, na esfera dos nossos deveres de cada dia.

* * *

Xavier, Francisco Cândido.

O PÃO NOSSO DE CADA DIA DÁ-NOS HOJE


O Pão Nosso de Cada Dia Dá-nos Hoje
O pão nosso de cada dia não é somente o almoço e o jantar, o café e a merenda.

É também a idéia e o sentimento, a palavra e a ação.

Para que reine a saúde com alegria, em torno de nós, precisamos de nossas refeições, mas necessitamos também de paz e esperança, de fé e valor moral.

Com os nossos modos de agir, operamos sobre os outros.

Conversando, distribuímos nossos pensamentos.

Nossos atos influenciam os que nos cercam, segundo as nossas intenções.

Por isso, também os outros nos alimentam com as suas atitudes.

Se estimamos as conversações deprimentes, se buscamos a leitura de natureza inferior, depressa nos vemos alterados e perturbados, sem disso nos apercebermos.

As nossas companhias falam claramente de nós.

Nossas leituras revelam nosso intimo.

Procuremos, desse modo, o pão espiritual que nos garanta a harmonia interior, que conserve o nosso caráter firme sobre os alicerces do bem, que nos guarde contra a maldade e que nos ajude a ser exemplos de compreensão e fraternidade.

Em Jesus temos o pão que desceu do Céu.

E, ainda hoje, o Mestre continua alimentando o pensamento da Humanidade, por intermédio de um Livro - o Evangelho Divino, em que ele nos ensina, através da bondade e do amor, o caminho de nossa felicidade para sempre.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Pai Nosso.
Ditado pelo Espírito Meimei.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ORIGEM E NATUREZA DOS ESPÍRITOS


Origem e Natureza dos Espíritos
Perguntas de Allan Kardec aos Espíritos Superiores

76. Que definição se pode dar dos Espíritos?

“Pode dizer-se que os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Povoam o Universo, fora do mundo material.”

77. Os Espíritos são seres distintos da Divindade, ou serão simples emanações ou porções desta e, por isto, denominados filhos de Deus?

“Meu Deus! São obra de Deus, exatamente qual a máquina o é do homem que a fabrica. A máquina é obra do homem, não é o próprio homem. Sabes que, quando faz alguma coisa bela, útil, o homem lhe chama sua filha, criação sua. Pois bem! O mesmo se dá com relação a Deus: somos Seus filhos, pois que somos obra Sua.”

78. Os Espíritos tiveram princípio, ou existem, como Deus, de toda a eternidade?

“Se não tivessem tido princípio, seriam iguais a Deus, quando, ao invés, são criação Sua e se acham submetidos à Sua vontade. Deus existe de toda a eternidade, é incontestável. Quanto, porém, ao modo porque nos criou e em que momento o fez, nada sabemos. Podes dizer que não tivemos princípio, se quiseres com isso significar que, sendo eterno, Deus há de ter sempre criado ininterruptamente. Mas, quando e como cada um de nós foi feito, repito-te, nenhum o sabe: aí é que está o mistério.”

79. Pois que há dois elementos gerais no Universo: o elemento inteligente e o elemento material, poder-se-á dizer que os Espíritos são formados do elemento inteligente, como os corpos inertes o são do elemento material?

“Evidentemente. Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.”

80. A criação dos Espíritos é permanente, ou só se deu na origem dos tempos?

“É permanente. Quer dizer: Deus jamais deixou de criar.”

81. Os Espíritos se formam espontaneamente, ou procedem uns dos outros?

“Deus os cria, como a todas as outras criaturas, pela Sua vontade. Mas, repito ainda uma vez, a origem deles é mistério.”

82. Será certo dizer-se que os Espíritos são imateriais?

“Como se pode definir uma coisa, quando faltam termos de comparação e com uma linguagem deficiente? Pode um cego de nascença definir a luz? Imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa. É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos.”

Comentário de Kardec. Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. Um povo de cegos careceria de termos para exprimir a luz e seus efeitos. O cego de nascença se julga capaz de todas as percepções pelo ouvido, pelo olfato, pelo paladar e pelo tato. Não compreende as idéias que só lhe poderiam ser dadas pelo sentido que lhe falta. Nós outros somos verdadeiros cegos com relação à essência dos seres sobre-humanos. Não os podemos definir senão por meio de comparações sempre imperfeitas, ou por um esforço da imaginação.

83. Os Espíritos têm fim? Compreende-se que seja eterno o princípio donde eles emanam, mas o que perguntamos é se suas individualidades têm um termo e se, em dado tempo, mais ou menos longo, o elemento de que são formados não se dissemina e volta à massa donde saiu, como sucede com os corpos materiais. É difícil de conceber-se que uma coisa que teve começo possa não ter fim.

“Há muitas coisas que não compreendeis, porque tendes limitada a inteligência. Isso, porém, não é razão para que as repilais. O filho não compreende tudo o que a seu pai é compreensível, nem o ignorante tudo o que o sábio apreende. Dizemos que a existência dos Espíritos não tem fim. É tudo o que podemos, por agora, dizer.”

* * *

Kardec, Allan. Da obra: Livro dos Espíritos.

PELO AMIGO




Como você se vê? O que pensa realmente a seu respeito?

Não obstante a aparência de normalidade que apresentamos ao mundo, o nosso íntimo muitas vezes se debate entre pensamentos de tristeza, desalento e decepção, conosco e com a vida em geral...
Nada parece dar muito certo.
Raras vezes conseguimos realizar nossos sonhos.
Nos sentimos presos a circunstâncias medíocres sabendo que poderíamos produzir muito mais.
As necessidades alheias parecem sempre maiores que as nossas.
Não recebemos a atenção necessária.
Quase ninguém se preocupa conosco.
Mais problemas costumam ser o prêmio pela solução de... problemas.
Desalento é a paisagem por onde transitamos comumentemente.
Então acabamos desacreditando de nosso valor perante a vida...

Fujamos dessa armadilha.
André Luiz nos alerta que se a Divina Providência não confiasse em nós, não teríamos em mãos tarefas importantes quanto as que marcam nosso dia a dia.
Onde estamos, Deus espera algo de nós, algo que só nós podemos executar.
Esta mensagem é um apelo para que acreditemos mais em nosso potencial, que nos valorizemos, por mais obscura pareça nossa passagem pelo mundo.
Um apelo de amigo...

APELO DE AMIGO

Não se deprecie.
Não diga que você não merece a bênção de Deus.
Atendamos à realidade.
Se a Divina Providência não confiasse em você, não teria você em mãos tarefas importantes quanto estas:
uma criatura querida a proteger;
alguém a instruir;
uma casa a sustentar;
um doente para assistir;
uma profissão a exercer;
esse ou aquele encargo, mesmo dos mais simples;
algum ensinamento a compor;
essa ou aquela atividade de auxílio aos semelhantes;
algum trato de terra a cultivar;
determinada máquina para conduzir.

Se a sabedoria da Vida nada esperasse de você não lhe teria dado tantos recursos, quais sejam:
a inteligência lúcida que auxilia a discernir o certo do errado;
a noção do bem e do mal;
as janelas dos cinco sentidos;
a capacidade mental cujas manifestações você pode aprimorar ao infinito, empregando o esforço próprio;
a visão do corpo e da alma com que você realiza prodígios de observação e de análise;
a palavra, que você é capaz de educar, e com a qual você encontra as maiores possibilidades de renovar o próprio destino;
a audição com que recolhe mensagens de todos os setores da existência tão só pelo registro de sons diferentes;
as mãos que lhe complementam os braços, expressando-se por antenas hábeis de serviço;
as faculdades genésicas que, iluminadas pelo amor e dirigidas pelo senso de responsabilidade, lhe conferem poderes incomparáveis de criatividade nos domínios do corpo e do espírito;
os pés que transportam você, atendendo-lhe a vontade.

Se você detêm maiores áreas de ação ou usufrui vantagens mais amplas, no que se reporta aos encargos e benefícios aqui relacionados, então você já obteve significativas promoções nos quadros da vida.

Quanto a imperfeições ou deficiências que ainda nos marquem, convém assinalar que estamos em evolução na Terra, sem sermos espíritos perfeitos

Reflitamos nisso e aceitemo-nos como somos, procurando melhorar-nos e, ao melhorar-nos, estamos construindo o caminho certo para a Espiritualidade Maior.

ANDRÉ LUIZ
(Respostas da Vida, 13, IDEAL)

Que a sua semana seja bela e positiva,
repleta de grandes realizações!

JANELAS NA ALMA


Janelas na alma
O sentimento e a emoção normalmente se transformam em lentes que coam os acontecimentos, dando-lhes cor e conotação próprias.
De acordo com a estrutura e o momento psicológico, os fatos passam a ter a significação que nem sempre corresponde à realidade.

Quem se utiliza de óculos escuros, mesmo diante da claridade solar, passa a ver o dia com menor intensidade de luz.

Variando a cor das lentes, com tonalidade correspondente desfilarão diante dos olhos as cenas.

Na área do relacionamento humano, também, as ocorrências assumem contornos de acordo com o estado de alma das pessoas envolvidas.

É urgente, portanto, a necessidade de conduzir os sentimentos, de modo a equilibrar os fatos em relação com eles.

Uma atitude sensata é um abrir de janelas na alma, a fim de bem observar os sucessos da vilegiatura humana.

De acordo coma a dimensão e o tipo de abertura, será possível observar a vida e vivê-la de forma agradável, mesmo nos momentos mais difíceis.

Há quem abra janelas na alma para deixar que se externem as impressões negativas, facultando a usança de lentes escuras, que a tudo sombreiam com o toque pessimista de censura e de reclamação.

*

Coloca, nas tuas janelas, o amor, a bondade, a compaixão, a ternura, a fim de acompanhares o mundo e o seu séqüito de ocorrências.

O amor te facultará ampliar o círculo de afetividade, abençoando os teus amigos com a cortesia, os estímulos encorajadores e a tranqüilidade.

A bondade irrigará de esperança os corações ressequidos pelos sofrimentos e as emoções despedaçadas pela aflição que se te acerquem.

O perdão constituirá a tua força revigoradora colocada a benefício do delinqüente, do mau, do alucinado, que te busquem.

A ternura espraiará o perfume reconfortante da tua afabilidade, levantando os caídos e segurando os trôpegos, de modo a impedir-lhes a queda, quando próximos de ti.

As janelas da alma são espaços felizes para que se espraie a luz, e se realize a comunhão com o bem.

*

Colocando os santos óleos da afabilidade nas engrenagens da tua alma, descerrarás as janelas fechadas dos teus sentimentos, e a tua abençoada emoção se alongará, afagando todos aqueles que se aproximem de ti, proporcionando-lhes a amizade pura que se converterá em amor, rico de bondade e de perdão, a proclamarem chegada a hora de ternura entre os homens da Terra.

* * *

Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Momentos de Felicidade.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

CARIDADE A META


Caridade, A Meta
Guarda, na mente, que a caridade em teus atos deve ser a luz que vence a sombra.
Enquanto não compreendas que a caridade é sempre a bênção maior para quem a realiza, ligando o benfeitor ao necessitado, estarás na fase primária da virtude por excelência.

Poderás repartir moedas, a mãos-cheias; todavia, se não mantiveres o sentimento da amizade em relação ao carente, não terás logrado alcançar a essência da caridade.

Repartirás tecidos e agasalhos com os desnudos; no entanto, se lhes não ofertares compreensão e afabilidade, permanecerás na filantropia.

Atenderás aos enfermos com medicação valiosa; entretanto, se não adicionares ao gesto a gentileza fraternal, estarás apenas desincumbindo-te de um mister de pequena monta.

Ofertarás o pão aos esfaimados; contudo, se os não ergueres com palavras de bondade, não alcançaste o sentido real da caridade.

Distribuirás haveres e coisas com os desafortunados do caminho; não obstante, sem o calor do teu envolvimento emocional em relação a eles, não atingiste o fulcro da virtude superior.

A caridade é algo maior do que o simples ato de dar.

Certamente, a doação de qualquer natureza sempre beneficia aquele que lhe sofre a falta. Todavia, para que a caridade seja alcançada, é necessário que o amor se faça presente, qual combustível que permite o brilho da fé, na ação beneficente.

A caridade material preenche os espaços abertos pela miséria sócio-econômica, visíveis em toda parte.

Além deles, há todo um universo de necessidades em outros indivíduos que renteiam contigo e esperam pela luz libertadora do teu gesto.

A indulgência, em relação aos ingratos e agressivos;

a compaixão, diante dos presunçosos e perversos;

a tolerância, em favor dos ofensores;

a humildade, quando desafiado ao duelo da insensatez;

a piedade, dirigida ao opressor e déspota;

a oração intercessória, pelo adversário;

a paciência enobrecida, face às provocações e à irritabilidade dos outros;

a educação, que rompe as algemas da estupidez e da maldade que se agasalham nas furnas da ignorância gerando a delinqüência e a loucura...

A caridade moral é desafio para toda hora, no lar, na rua, no trabalho.

Exercendo-a, recorda também da caridade em relação a ti mesmo.

Jesus, convivendo com os homens, lecionou exemplificando todas as modalidades da caridade, permanecendo até hoje como o protótipo mais perfeito que se conhece, tornando-a a luz do gesto, que vence a sombra do mal, através da ação do amor.

Caridade, pois, eis a meta.

* * *


Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Vigilância.
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

QUANTO MAIS


Quanto mais
Abençoai sempre as vossas dificuldades e não as lastimeis, considerando que Deus nos concede sempre o melhor e o melhor tendes obtido constantemente com a possibilidade de serdes mais úteis.
*

Quanto mais auxiliardes aos outros, mais amplo auxílio recebereis da Vida Mais Alta.

*

Quanto mais tolerardes os contratempos do mundo, mais amparados sereis nas emergências da vida, em que permaneceis buscando paz e progresso, elevação e luz.

*

Quanto mais liberdade concederdes aos vossos entes amados, permitindo que eles vivam a existência que escolheram, mais livres estareis para obedecer a Jesus, construindo a vossa própria felicidade.

*

Quanto mais compreenderdes os que vos partilham os caminhos humanos, mais respeitados vos encontrareis de vez que, quanto mais doardes do que sois em benefício alheio, mais ampla cobertura de amparo do Senhor assegurará a tranqüilidade em vossos passos.

*

Continuemos buscando Jesus em todos os irmãos da Terra, mas especialmente naqueles que sofrem problemas e dificuldades maiores que os nossos obstáculos, socorrendo e servindo e sempre mais felizes nos encontraremos sob as bênçãos dele, nosso Mestre e Senhor.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade.
Ditado pelo Espírito Bezerra de Menezes.

SOS




.


A existência terrestre é comparada ao firmamento que nem sempre surge perfeitamente anilado.
Dias sobrevêm nos quais as nuvens da prova se entrechocam de improviso, estabelecendo o aguaceiro das lágrimas.
Raios de angústia varrem o céu da esperança..
Granizos de sofrimento apedrejam os sonhos...
Rajadas de calúnia açoitam a alma...
Enxurrada carreando maledicência invade o caminho anunciando subversão...
Multiplicam-se os problemas, traçando os testes do destino em que se nos verificará o aproveitamento dos valores que o mundo nos oferece.
Entretanto, a facilitação de cada problema solicita três atitudes essencialmente distintas, tendendo ao mesmo fim.
Silêncio diante do caos.
Oração à frente do desafio.
Serviço perante o mal.
Se a tentação aparece entenebrecendo a estrada, recorramos à oração.
Se a ofensa nos injuria, refugiemos no serviço.
Toda perturbação pode ser limitada pelo silêncio até que se lhe extinga o núcleo de sombra.
Toda impropriedade mental desaparece se lhe antepomos a luz da oração.
Todo desequilíbrio engenhado pelas forças das trevas é suscetível de se regenerar pela energia benéfica do serviço.
O trânsito da vida possui também sinalização peculiar.
Silêncio - previne contra o perigo.
Oração - prepara a passagem livre.
Serviço - garante a marcha correta.
Em qualquer obstáculo, valer-se desse trio de paz, discernimento e realização é assegurar a própria felicidade.
S.O.S. é hoje o sinal de todas as nações para configurar as súplicas de socorro e, na esfera de todas as criaturas existe outro S.O.S., irmanando silêncio, oração e serviço, como sendo a síntese de todas as respostas. ("Sol nas Almas", cap. 47, CEC)
ANDRÉ LUIZ

RESPOSTAS DE DEUS


Eis algumas das respostas de Deus, nos fundamentos da vida,
através da Misericórdia Perfeita:

o bem ao mal;
o amor ao ódio;
luz às trevas;
equilíbrio à perturbação;
socorro à necessidade;
trabalho à inércia;
alegria à tristeza;
esquecimento às ofensas;
coragem ao desânimo;
fé à descrença;
paz à discórdia;
renovação ao desgaste;
esperança ao desalento;

recomeço ao fracasso;
consolo ao sofrimento;
justiça à crueldade;
reparação aos erros;
conhecimento à ignorância;
bênção à maldição;
amparo ao desvalimento;
verdade à ilusão;
silêncio aos agravos;
companhia à solidão;
remédio à enfermidade;
e sempre mais vida nos processos da morte.

Efetivamente, podemos afirmar que Deus está sempre ao nosso lado,
mas pelas respostas de Deus, no campo da vida, ser-nos-á possível medir sempre
as dimensões de nossa permanência pessoal ao lado de Deus.

ANDRÉ LUIZ
(Respostas da Vida, 40, F. C. X., IDEAL)

PALAVRA AOS ENFERMOS


Palavras aos enfermos

Toda enfermidade do corpo é processo educativo
para a alma.
Receber, porém, a visitação benéfica entre
manifestações de revolta é o mesmo que
recusar as vantagens da lição,
rasgando o livro que no-la transmite.
A dor física, pacientemente suportada,
é golpe de buril divino,
realizando o aperfeiçoamento espiritual.
Tenho encontrado companheiros a irradiarem
sublime luz do peito, como se guardassem
lâmpadas acesas dentro do tórax.
Em maior parte, são irmão que aceitaram,
com serenidade, as dores longas que a
Providência lhes endereçou, a benefício
deles mesmos.
Em compensação, tenho sido defrontado por
grande número de ex-tuberculosos e ex-leprosos,
em lamentável posição
de desequilíbrio, afundados muitos deles
em charcos de treva,
porque a modéstia lhes constituiu tão
somente motivo de insubmissão.
O doente desesperado é sempre digno de
piedade, porque não existe sofrimento sem
finalidade de purificação e elevação.
A enfermidade ligeira é aviso.
A queda violenta das forças é advertência.
A doença prolongada é sempre renovação
de caminho para o bem.
A moléstia incurável no corpo é reajustamento
da alma eterna.
Todos os padecimentos da carne se convertem,
com o tempo, em claridade interior, quando o
enfermo sabe manter a paciência,
aceitando o trabalho regenerativo por
bênção da Infinita Bondade.
Quem sustenta a calma e a fé, nos dias
de aflição, encontrará a paz
com brevidade e segurança, porque a dor,
em todas as ocasiões,
é a serva bendita de Deus, que nos procura,
em nome dele a fim de levar a efeito, dentro
de nós, o serviço da perfeição
que ainda não sabemos realizar.

Ditada Pelo Espírito de
Néio Lúcio ao
( Chico Xavier )

NOS MOMENTOS GRAVES




Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra nunca será uma vida boa.
Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.
Evite lágrimas inoportunas. O pranto pode complicar os enigmas ao invés de resolvê-los.
Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimento é a melhor medida para aquele que cai.
Tenha paciência. Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o entendimento de quem não o compreende ainda.

Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.
A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há pessoas que fazem muito ruído por simples questão de gosto.
Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa realidade espiritual é mais visível.
Em qualquer apreciação, alusiva a segundas e terceiras pessoas, tenha cuidado. Em outras ocasiões, outras pessoas serão chamadas a fim de se referirem a você.
Em hora alguma proclame seus méritos individuais, porque qualquer qualidade excelente é muito problemática no quadro de nossas aquisições. Lembre-se de que a virtude não é uma voz que fala, e, sim, um poder que irradia.


ANDRÉ LUIZ

AVISOS DA CRIAÇÃO




A Presença Divina constitui verdade perene.
Até o silêncio da pedra fala em Deus.

O Universo repousa na disciplina.
O labirinto da selva revela ordem em cada pormenor.

Em a Natureza, tudo pede compreensão e respeito.
O deserto é o cadáver do mar.

Há sabedoria em todas as coisas.
Embora sem tato, a trepadeira sabe encontrar apoio; não obstante sem visão, o girassol descobre sempre o astro rei.

Em tudo existe a feição boa.
As nuvens mais sombrias refletem a luz solar.

Eternidade significa aprimoramento contínuo de repetições. Sem recapitular movimentos, a Terra desagregar-se-ia.

A fé construtiva não teme a adversidade.
O penhasco no dilúvio é ponto de segurança.

A obediência não dispensa a firmeza.
Humilhada e submissa, a água se amolda a qualquer recipiente, mas, resoluta e perseverante, atravessa o rochedo.

Toda empresa solicita cultura e prática.
Inexperiente, o homem vivo naufraga no bojo das águas; adaptado, o lenho morto navega na superfície do mar.

O aspecto exterior nem sempre denuncia a realidade.
O vento, supostamente vadio, trabalha na função de cupido das flores.

Volume não expressa valor.
Apesar de pequenina, a semente é gota de vida.

A palavra feliz constrói invariavelmente.
Na linguagem do pássaro, todo som faz melodia.

Valor e humildade são expressões de inteligência sublime.
Se o cume mais alto recebe a chuva em primeiro lugar, o vale mais baixo recolhe, ao fim, a maior parte da água.

Para revelar-se, o bem não exige trombeta.
Conquanto invisível, a onda de perfume, muita vez, nutre e refaz.

No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
A escarpa de hoje será planície amanhã.

ANDRÉ LUIZ
(O Espírito da Verdade, 10, FEB)

ESTE DIA


Este dia é o seu melhor tempo, o instante de agora.

Se você guarda inclinação para a tristeza, este é o ensejo de meditar na alegria da vida e de aceitar-lhe a mensagem de renovação permanente.

Se a doença permanece em sua companhia, surgiu a ocasião de tratar-se com segurança.

Se você errou, está no passo de acesso ao reajuste.

Se esse ou aquele plano de trabalho está incubado em seu pensamento, agora é o momento de começar a realizá-lo.

Se deseja fazer alguma boa ação, apareceu o instante de promovê-la.

Se alguém aguarda as suas desculpas por faltas cometidas, terá soado a hora em que você pode esquecer qualquer ocorrência infeliz e sorrir novamente.

Se alguma visita ou manifestação afetiva esperam por você chegou o tempo de atendê-las.

Se precisa estudar determinada lição, encontrou você a oportunidade de fazer isso.

Este dia é um presente de Deus, em nosso auxílio; de nós depende aquilo que venhamos a fazer com ele.

André Luiz
(Respostas da Vida, 3)

Os dias de amor e sabedoria estão de volta... Dias de André Luiz. Seja bem-vindo!

DESEJOS


Desejo é realização antecipada.
Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos.
Como você pensa, você crê, e como você crê, será.
Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.
Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.
O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à Lei, é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.
Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.
A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.
O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objetivo a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal.
A sentença de Jesus: "procura e acharás" eqüivale a dizer: "encontrarás o que desejas".

ANDRÉ LUIZ

ASSIM FALOU JESUS





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Disse o Mestre: "buscai e achareis".
Mesmo nos céus, você pode fixar a atenção na sombra da nuvem
ou no brilho da estrela.
Afirmou o Senhor: "cada árvore é conhecida pelos frutos."
Alimentar-se com laranja ou intoxicar-se com pimenta é problema seu.

Proclamou o Cristo: "orai e vigiai para não entrardes em tentação, porque o espírito, em verdade, está pronto, mas a carne é fraca."
O espírito é o futuro e a vitória final, mas a carne é o nosso próprio passado, repleto de compromissos e tentações.

Ensinou o Mentor Divino: "não condeneis e não sereis condenados".
Não critique o próximo, para que o próximo não critique a você.

Falou Jesus: "quem se proponha conservar a própria vida, perdê-la-á".
Quando o arado descansa, além do tempo justo, encontra a ferrugem que o desgasta.

Disse o Mestre: "não vale para o homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma".
A criatura faminta de posses e riquezas materiais, sem trabalho e sem proveito, assemelha-se, de algum modo, a pulga que desejasse reter um cão para si só.

Afirmou o Senhor: "não é o que entra pela boca que contamina o homem".
A pessoa de juízo são, come o razoável para rendimento da vida, mas os loucos ingerem substâncias desnecessárias para rendimento da morte.

Ensinou o Mentor Divino: "andai enquanto tendes luz".
O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.

Proclamou o Cristo: "orai pelos que vos perseguem e caluniam".
Interessar-se pelo material dos caluniadores é o mesmo que se adornar você, deliberadamente, com uma lata de lixo.

Falou Jesus: "a cada um será concedido segundo as próprias obras".
Não se preocupe com os outros, a não ser para ajudá-los; pois que a lei de Deus não conhece você pelo que você observa, mas simplesmente através daquilo que você faz.

ANDRÉ LUIZ

AÇÃO DA PRECE


Você é o lavrador.
O outro é o campo.
Você planta.
O outro produz.
Você é o celeiro.
O outro é o cliente.
Você fornece.
O outro adquire.
Você é o ator.
O outro é o público.
Você representa.
O outro observa.
Você é a palavra.
O outro é o microfone.
Você fala.
O outro transmite.
Você é o artista.
O outro é o instrumento.
Você toca.
O outro responde.
Você é a paisagem.
O outro é a objetiva.
Você surge.
O outro fotografa.
Você é o acontecimento.
O outro é a notícia.
Você age.
O outro conta.

Auxilie quanto puder.
Faça o bem, sem olhar a quem.
Você é o desejo de seguir para Deus.
Mas, entre Deus e você, o próximo é a ponte.
O Criador atende às criaturas, através das criaturas.
É por isso que a oração é você, mas o seu merecimento está nos outros.
André Luiz

domingo, 24 de maio de 2009

NUNCA ESMOREÇAS


Nunca esmoreças
Alma fraterna, recorda:Os momentos infelizesparecem noites de crisesEm que o céu lembra um vulcão;Ribombam trovões no espaço,Coriscos falam da morte,Passa irado o vento forte,Tombando troncos no chão...Os animais pequeninosGritam pedindo socorroDescendo de morro em morro,Cai a enxurrada a correr...Mas finda a borrasca enorme,No escuro da madrugada, Em riscas de luz dourada,Vem o novo amanhecer.Assim também na vida,Se atravessas grandes provas,Na estrada em que te renovas,Guarda a calma ativa e sã;Sofre, mas serve e caminha,Vence a sombra que te invade,Se a hora é de tempestade,Há novo dia amanhã...
***Emmanuel ***(Poema psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier, em setembro de 1991)

CARIDADE


Caridade
Use o tostão que sobraE que em nada te aproveita,Dar sempre é exemplificara caridade perfeita!Caridade é, muitas vezes,Fazer-se sempre o menor,Está na luz da HumildadeA caridade melhor.Caridade é perdoarA quem te causa uma dorÉ converter todo o espinhoNuma braçada de flor.Caridade, enfim, na Terra,É buscar a perfeição,A perfeição de si mesmoNo templo do coração.
Casimiro Cunha (Psicografado por Francisco Cândido Xavier, na sede da União Espírita Mineira, em 1938

BIOGRAFIA DE FRANCISCO CÃNDIDO XAVIER


Francisco Cândido XavierInfânciaFrancisco Cândido Xavier nasceu em Pedro Leopoldo (MG), no dia 2 de abril de 1910.Filho de operário inculto e de humilde lavadeira, ficou órfão de mãe aos cinco anos de idade.Seu pai se viu obrigado a entregar alguns dos seus nove filhos aos cuidados de pessoas amigas e Chico Xavier ficou com sua madrinha, mulher nervosa que o maltratava cruelmente.Nos seus momentos de angústia, um anjo de Deus, que fora sua mãe na Terra, o assistia, quando, desarvorado, orava nos fundos do quintal: "Tenha paciência, meu filho! Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar". O menino aprendeu a apanhar calado, sem chorar. Diariamente, à tarde, com vergões na pele e o sangue a correr-lhe em delgados filetes pelo ventre, ele, de olhos enxutos e brilhantes, se dirigia para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração. Algum tempo depois, terminou seu martírio. Seu pai casou-se novamente e sua madrasta, alma boa e caridosa, o recolheu carinhosamente, a ele e a todos os irmãos que estavam espalhados. A situação era difícil. A guerra acabara e graçava a gripe espanhola.O salário do chefe da família dava escassamente para o necessário e os meninos precisavam estudar.Foi então que a boa madrasta teve uma idéia: plantar uma horta e vender os legumes.Em algumas semanas, o menino já estava na rua com o cesto de verduras. Desta forma, conseguiram encher o cofre e voltar a frequentar as aulas.Em janeiro de 1919, Chico Xavier começou o ABC.Com a saída do chefe da casa para o trabalho e das crianças para a escola, a madrasta era obrigada, algumas vezes, a deixar a casa a sós, pois precisava buscar lenha à distância. Foi, então, que surgiu um problema: a vizinha, se aproveitando da ausência de todos, passou a colher a verduras e, sem verduras, não haveria dinheiro para as despesas da escola.Preocupada, a madrasta, não querendo ofender a amiga, pediu a Chico Xavier que pedisse um conselho ao espírito de sua mãe.À tardinha, o menino foi ao quintal e rezou como fazia sempre que queria conversar com sua mãe e lhe contou o problema. Sua mãe lhe disse que realmente não deviam brigar com os vizinhos e lhe deu uma sugestão: toda vez que sua madrasta se ausentasse, que desse a chave de casa à vizinha, para que ela tomasse conta da casa.Dessa forma, a vizinha, responsável pela casa, não tocou mais nas hortaliças.Passados todos esses problemas, o menino não viu sua genitora com tanta frequência. Mas passou a ter sonhos.À noite, levantava-se agitado e conversava com locutores invisíveis. De manhã, contava as peripécias de pessoas mortas, coisas queninguém podia compreender!O pai resolveu levá-lo ao vigário de Matozinhos que, após ouvi-lo, recomendou que o garoto não lesse mais jornais, revistas, livros.Disse-lhe que ninguém volta a conversar depois da morte e que era o demônio que lhe estava perturbando.O menino chorava nos braços de sua madrasta, criatura piedosa e compreensiva.Ao conversar com sua mãe, triste por não ser compreendido por ninguém, escutou dela que precisava modificar seus pensamentos, que não deveria ser uma criança indisciplinada, para não ganhar antipatia dos outros. Deveria aprender a se calar e que, quando se lembrasse de alguma lição ou experiência recebidas em sonho, que ficasse em silêncio. Precisava aprender a obediência para que Deus, um dia, lhe concedesse a confiança dos outros.E durante 7 anos consecutivos, de 1920 a 1927, ele não teve mais qualquer contato com sua mãe. Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja. Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões. Em 1923 terminou o curso primário, no Grupo. Levantava-se às seis da manhã para começar, às sete, as tarefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde, para sair às onze da noite.Em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das 6h30 às 20h.As perturbações noturnas continuaram. Depois de dormir, caía em transe profundo.Em 1927, uma de suas irmãs caiu doente. Um casal de espíritas, reunido com familiares da doente, realizaram a primeira sessão espírita que teve lugar na casa. Na mesa, dois livros: "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec.Pela mediunidade de D. Carmem, sua mãe manifestou-se: "Meu filho, eis que nos achamos juntos novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra com seus deveres e, em breve, a bondade divina nos permitirá mostrar a você seus novos caminhos. "A primeira e única professora de Chico que descobriu sua mediunidade psicográfica foi D. Rosália. Fazia passeios campestres com os alunos que deveriam, no dia seguinte, levar-lhe uma composição, descrevendo o passeio. A de Chico tirava sempre o primeiro lugar.Desconfiada, D. Rosália, um dia, fez o passeio mais cedo e, na volta, pediu que os alunos fizessem a composição em sua presença. Chico, novamente, tira o primeiro lugar, escrevendo uma verdadeira página literária sobre o amanhecer e daí tirando conclusões evangélicas.Rosália mostrou aos amigos íntimos a composição e todos foram unânimes em reconhecer que aquilo, se não fora copiado, era então dos espíritos.
Atividades mediúnicas em Pedro Leopoldo Ao entrar para o funcionalismo público, como datilógrafo, na Fazenda Modelo do Ministério da Agricultura, começa a demonstrar sua admiração pela natureza. Distante 6 quilômetros da cidade, em contato com a natureza, ama até as pedras e os montes pensativos. Vê em tudo poesia e oração, trata as árvores como irmãs e compreende como poucos a alma do grande todo. Vê em tudo poesia e vida, verdade e luz, beleza e amor e, acima de tudo, a presença de Deus!Em maio de 1927, foi realizada a primeira sessão espírita no lar dos Xavier, em Pedro Leopoldo. Em junho do mesmo ano foi cogitada a fundação de um núcleo doutrinário.Em fins de 1927 o Centro Espírita Luiz Gonzaga, sediado na residência de José Cândido Xavier, que se fez presidente da instituição, estava bem frequentado. As reuniões se realizavam às segundas e sextas-feiras.A nova sede do Grupo Espírita Luiz Gonzaga foi construída no local onde se erguia, antigamente, a casa de Maria João de Deus, genitora de Chico Xavier.Em 8 de julho de 1927, Chico Xavier fez a primeira atuação do serviço mediúnico, em público.Seu primeiro livro psicografado foi publicado em 1931.Em 1931, Chico passou a receber as primeiras poesias de "Parnaso de Além -Túmulo", que foi lançado em julho de 1932.Em 1950, Chico Xavier havia recebido, pela sua psicografia, mais de 50 ótimos livros. Vivia no apogeu de triunfos mediúnicos. Estava conhecidíssimo no Brasil e no mundo inteiro. O Parnaso de Além Túmulo, por si só, valia pelo mais legítimo dos documentos, validando-lhe o instrumental mediúnico, o mais completo e seguro que o Espiritismo tem tido para lhe revelar as verdades, inclusive o intercâmbio das idéias entre os dois Mundos.Além disso, recebera romances , livros e mais livros, versando sobre assuntos filosóficos, científicos e, sobretudo, realçando o espírito da letra dos Evangelhos, escrevendo e traduzindo, de forma clara e precisa, as Lições consoladoras e imortais do Livro da Vida.Atividades mediúnicas em UberabaEm 5 de janeiro de 1959, mudou-se para Uberaba, sob a orientação dos Benfeitores Espirituais, iniciando nessa mesma data, as atividades mediúnicas, em reunião pública da Comunhão Espírita Cristã.Deu ele, então, início à famosa perigrinação.Aos sábados, saindo da "Comunhão Espírita Cristã", o bondoso médium visitava alguns lares carentes, levando-lhes a alegria de sua presença amiga, acompanhado por grande número de pessoas afinizadas. Sob a luz das estrelas e de um lampião que seguia à frente, iluminando as escuras ruas da periferia, ia contando fatos de grande beleza espiritual.A cidade de Uberaba, desde a sua vinda para cá, transformou-se num pólo de atração de inúmeros visitantes das mais variadas regiões do Brasil, e até mesmo do exterior, que aqui aportam com o objetivo de conhecer o médium.Aqueles que conhecem a sua vida e a sua obra não medem distâncias para vê-lo.Seu trabalho sempre consistiu na divulgação doutrinária e em tarefas assistenciais, aliadas ao evangélico serviço do esclarecimento e reconforto pessoais aos que o procuram. Os direitos autorais de seus livros publicados, em torno de 340, são cedidos, gratuitamente, às editoras espíritas ou a quaisquer outras entidades. Quanto à fortuna material, ele continua tão pobre quanto era. Chico é um homem aposentado e recebe somente os proventos de sua aposentadoria. Do ponto de vista espiritual, Chico Xavier é, a cada dia que passa, um homem mais rico: multiplicou os talentos que o Senhor lhe confiou, através de seu trabalho, de sua perseverança e da sua humildade em serviço. Com a saúde debilitada, Chico Xavier vem confirmando, nos últimos tempos, a sua condição de um autêntico missionário do Cristo, pois, impossibilitado de comparecer às reuniões do Grupo Espírita da Prece, ele tem reunido as forças que lhe restam para continuar, em casa, a tarefa da psicografia. E, embora debilitado, continua de ânimo firme e a alma com grande capacidade de trabalho.Chico Xavier ama a tarefa que o Senhor lhe concedeu.
Chico Xavier morre em 30.06.2002Maior médium do Brasil, levou uma vida humilde e voltada para a religião e para a caridade Fabiana FevoriniO médium Chico Xavier morreu na noite deste domingo, aos 92 anos em Uberaba, Minas Gerais. Ele estava com vários problemas de saúde e teve uma parada cardíaca. Ele completaria 75 anos de atividade mediúnica, no próximo dia 8 de julho.Francisco de Paula Cândido nasceu em Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, e aos 17 anos aderiu ao espiritismo. Começou a promover reuniões em sua própria casa, até fundar o Centro Espírita Luís Gonzaga. Ao longo de sua atividade, ele psicografou e publicou mais de 400 livros com mensagens de espíritos. O dinheiro das vendas das publicações era revertido para obras de caridade.Chico se tornou extremamente popular e atraiu milhares de fiéis não só no seu estado, como em todo o País. Entres os seus admiradores estavam celebridades como Roberto Carlos, Antônio Fagundes e Nair Belo.Por conta dos problemas de saúde, no final da vida, ele parou de psicografar mensagens e se afastou da atividade religiosa.