segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A DOUTRINA ESPÍRITA E O ESPIRITISMO


A Doutrina Espírita, ou Doutrina dos Espíritos, é o conjunto de todo o conhecimento revelado pelos Espíritos Superiores sobre: a existência de Deus, seus atributos, sua obra e as leis que regem o Universo; a imortalidade da alma, a origem a natureza e o destino dos Espíritos e suas relações com os homens; a vida presente, a vida futura, as vidas sucessivas, e o porvir da Humanidade.

É uma doutrina reveladora, uma vez que desvenda os “mistérios” da vida espiritual e esclarece o que nos foi dado a conhecer por parábolas e ensinos figurativos do Antigo e do Novo Testamento; universalista, porque as suas revelações não foram dadas particularmente a esta ou àquela instituição ou a este ou àquele indivíduo; progressista, no sentido de que suas revelações e esclarecimentos são dados na medida em que a humanidade progride na sua capacidade de compreender e assimilar os seus conhecimentos e está sempre aberta para o questionamento e para as pesquisas científicas; evolucionista, sendo que demonstra as origens de todas as coisas e o processo de transformação a que estão sujeitos os seres da natureza e o Universo; reencarnacionista, esclarecendo o “nascer de novo” como um recurso imprescindível para que o Espírito desenvolva sua potencialidade intelectual e moral; consoladora: por esclarecer as causas justas e promissoras das dores e dos sofrimentos físicos e morais, das desigualdades sociais e das misérias humanas; por evidenciar a felicidade eterna como o destino de todas as criaturas; por nos dar a conhecer o mundo invisível verdadeiro e definitivo que, certamente, iremos habitar em companhia de nossos entes queridos; por nos ensinar que a vida continua após a morte do corpo.

“O Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as consequências morais que decorrem dessas relações” (“Iniciação Espírita” de Allan Kardec).

É uma doutrina filosófica, moral e científica, com consequências religiosas, que tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível:

doutrina: porque é um conjunto de princípios que servem de base a um sistema filosófico, científico e religioso;

filosófica: porque visa ampliar incessantemente a compreensão da realidade através da razão e da lógica;

científica: porque organiza, metodicamente, os conhecimentos obtidos pela observação e pela experiência;

moral: porque estabelece valores de pensamentos, de sentimentos, de atitudes e de ideais, julgados válidos (coerentes com os delineados nos Evangelhos de Jesus).

religiosa: porque estimula e orienta a utilização dos seus princípios fundamentais em nossas relações com os outros seres humanos e com Deus.

O objetivo essencial do Espiritismo é melhorar os homens no que concerne ao seu progresso moral e intelectual.

A crença no Espiritismo só é proveitosa para aquele de quem se pode dizer: hoje ele é melhor do que ontem.

O Espiritismo adota os seguintes lemas:

a) quanto ao aspecto da moral: “Trabalho, Solidariedade, Tolerância.”

b) quanto ao aspecto religioso: “Fora da caridade não há salvação.”

c) quanto ao aspecto científico: “Nascer, viver, morrer, renascer ainda, e

progredir sempre. Esta é a lei”.

Para esclarecer a diferenciação entre “Doutrina Espírita” e “Espiritismo” podemos dizer que o Espiritismo é a Doutrina Espírita em ação. É todo o movimento espírita dependente da intervenção dos seus adeptos quanto à organização e as atividades rotineiras das instituições espíritas.

Compete às instituições espíritas através de seus dirigentes e integrantes: preservar a pureza da Doutrina Espírita, pelo estudo eficiente e educativo, pela divulgação correta de seus ensinamentos, pela motivação e pelo acompanhamento criterioso de todas as suas atividades.

Texto organizado por Luiz Gonzaga S. Ferreira - Araraquara, 18 de outubro de 2008

Consulta: “Iniciação Espírita” (Allan Kardec) - “Dicionário Enciclopédico Ilustrado: Espiritismo, Metapsíquica, Parapsicologia (João Teixeira de Paula)

DICIONÁRIO ESPÍRITA


DICIONÁRIO ESPÍRITA

AERÓBUS - carro aéreo espiritual de transporte de espíritos que não podem locomover-se.

AGÊNERE - (do grego, a, privativo, e géiné, geinomai, engendrar; que não foi engendrado).Variedade de aparição tangível; estado de certos Espíritos que podem revestir, momentaneamente, as formas de uma pessoa viva, ao ponto de fazer completa ilusão.
AURA - Emanação fluídica do corpo humano e dos demais corpos.
APARIÇÃO – como é formado de substância etérea, o Espírito, em certos casos, pode, por ato da sua vontade, faze-lo passar por uma modificação molecular que o torna momentaneamente visível.É assim que se produzem as aparições.
ANIMISMO – é o fenômeno pelo qual a pessoa arroja ao passado, os próprios sentimentos, “de onde recolhe as impressões de que se vê possuída”.
ÁGUA FLUIDIFICADA – água que recebe os eflúvios magnéticos dos planos espirituais através das nossas rogativas fervorosas e sinceras.
ANJO DE GUARDA – é sempre um Espírito Superior.Chefe de falange ou da legião espiritual a que pertencemos, Espírito de alta elevação moral e intelectual.
ANJO – um espírito purificado.
BATEDOR - Qualidade de certos Espíritos. Os Espíritos batedores são os que revelam sua presença por meio de pancadas e de ruídos de diversas naturezas.
BATISMO – João batizava os homens na água, e Jesus no Espírito – e o batismo de Jesus é a vida do Espírito, porque seu batismo é a palavra – e as palavras de Jesus são espírito e vida.

BICORPOREIDADE – é a faculdade, ou dom, que têm certos indivíduos de se apresentarem ao mesmo tempo em dois lugares distintos.
BÔNUS-HORA - Remuneração espiritual relativa a cada hora de serviço prestado nas colônias espirituais.
CARMA – débitos ou créditos perante a Justiça Divina, resultantes de nosso procedimento em encarnações anteriores.
CENTRO ESPÍRITA – é o local onde se aprende o Espiritismo e a Moral Cristã.
CLARIAUDIÊNCIA – é a faculdade pela qual a pessoa ouve os Espíritos com nitidez.
CLARIVIDÊNCIA – é a faculdade pela qual a pessoa vê os Espíritos com grande clareza.

DESOBSESSÃO – não é caça a fenômeno e sim trabalho paciente de amor conjugado ao conhecimento e do raciocínio associado à fé.
DEUS – é o conhecimento, a sublime claridade, um raio da qual ilumina toda consciência humana.

DESDOBRAMENTO – é uma ação natural do Espírito encarnado que, no repouso do corpo físico, recupera parcialmente a sua liberdade.


DESENCARNAÇÃO – é mudar de plano, como alguém que se transferisse de uma cidade para outra, aí no mundo, sem que o fato lhe altere as enfermidades ou as virtudes com a simples modificação dos aspectos exteriores.
ECTOPLASMA – é o nome que se dá ao fluído, de natureza psicossomática, oriundo dos médiuns de materialização, e do qual se servem os Espíritos para tornar-se visíveis e tangíveis aos olhos e ao tato humanos.
ENERGIA – é matéria liberada.
ENERGIA MENTAL – são a origem de todos os acontecimentos nos planos espirituais, sejam estes elevados ou inferiores.
EPÍFISE ou GLÂNDULA PINEAL – é a glândula da vida mental.O casulo das energias do inconsciente, a sede do espírito, pela possibilidade de ser a zona medianeira de transição entre o energético e o físico.
ERRATICIDADE - Estado dos Espíritos errantes, quer dizer, não encarnados, durante os intervalos de suas existências corporais.
ESPIRINAUTA - Adepto da Doutrina Espírita que freqüenta ou participa de sites ou trabalhos relacionados à Doutrina na internet.
ESPÍRITA – o que tem relação com o Espiritismo; adepto do Espiritismo; aquele que crê nas manifestações dos Espíritos.
ESPIRITISMO – é a verdade religiosa, é o renascimento do Evangelho, é a ressurreição do verdadeiro cristianismo, é, em suma, o amor à criatura e a adoração a Deus, princípio e fim da missão do homem na terra. Doutrina fundada sobre a crença da existência dos Espíritos e de suas manifestações.

ESPÍRITO - No sentido especial da doutrina espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o universo fora do mundo material, e que constituem o mundo invisível.Não são seres de uma criação particular, mas as almas daqueles que viveram sobre a terra ou em outras esferas, e que deixaram o seu envoltório material.
ESPIRITUALISMO - Diz-se no sentido oposto ao do materialismo (academia); crença na existência da alma espiritual e imaterial. O espiritualismo é a base de todas as religiões.
ESPIRITUALISTA - O que tem relação com o espiritualismo; partidário do espiritualismo. Quem creia que tudo em nós não é matéria, é espiritualista, o que não implica, de nenhum modo na crença nas manifestações dos Espíritos. Todo espírita é necessariamente espiritualista; mas pode-se ser espiritualista sem ser espírita; o materialista não é nem um, nem outro. Diz-se: a filosofia espiritualista. - Uma obra escrita com as idéias espiritualistas - As manifestações espíritas são produzidas pela ação dos Espíritos sobre a matéria. - A moral espírita decorre do ensinamento dado pelos Espíritos. - Há espiritualistas que ridicularizam as crenças espíritas. Nesses exemplos, a substituição da palavra espiritualista pela palavra espírita, produziria uma confusão evidente.
ÉTER – fluído que gerou tudo o que existe. Sem ele nada existiria, e com ele tudo pode ser produzido.
ESTEREOTITO. (do grego, stéréos, sólido). Qualidade das aparições tangíveis.
ERRATICIDADE – estado dos espíritos errantes, ou erráticos, isto é, não encarnados, durante o intervalo de suas existências corpóreas.
EVOLUÇÃO – é o desenvolvimento de um plano lógico para a vitória do espírito sobre a matéria.


EXPIAÇÃO – é a conseqüência do mal praticado, o esforço para o reparar.
FALSOS PROFETAS – são os que pregam uma moral que não praticam.
FLUIDO – um vapor luminoso, mais ou menos brilhante, e que pode tomar outras colorações – azul, vermelha, escura etc. – não só em razão da evolução de cada um, mas também como resultante de um estado acidental da alma, em virtude de doença física ou moral.
FLUIDO VITAL - Princípio orgânico que produz os fenômenos da vida material.
GUIA ESPIRITUAL – um espírito elevado que, representa a Misericórdia Divina, ampara-nos e orienta-nos para a luz.
IDEOPLASTIA - Modelagem da matéria pelo pensamento.
INTUIÇÃO – é a base de todas as percepções espirituais.
JESUS – é o médico das almas capaz de cura-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males.Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base de sua medicina.Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
LEI de CAUSA e EFEITO – lei de retorno pela qual cada um recebe de volta aquilo que tem dado.
LETARGIA - Perda temporária da sensibilidade e do movimento.
LEVITAÇÃO - Elevação de objetos ou pessoas sem o concurso físico.
LIVRE-ARBÍTRIO – é a liberdade de fazer ou não fazer, de seguir este ou aquele caminho para seu adiantamento, o que é, um dos atributos essenciais do Espírito.
MEDIANIMIDADE - Faculdade dos médiuns. Sinônimo de mediunidade.Essas duas palavras, a miúdo, são empregadas indiferentemente; querendo fazer uma distinção, poder-se-ia dizer que mediunidade tem um sentido mais geral, medianimidade, um sentido mais restrito. Há o dom da mediunidade.A medianimidade mecânica.
MEDIANÍMICO - Qualidade do poder dos médiuns. Faculdade medianímica.
MEDIUNATO - Missão providencial dos médiuns. Esse nome foi criado pelos Espíritos.
MÉDIUM – é o intermediário obrigatório entre dois mundos. Ser médium é, sobretudo, viver o Evangelho, seguir os ensinamentos de Jesus, amando o próximo, perdoando e respeitando o semelhante, ajudando-o, inclusive, a crescer; (do latim, médium, meio, intermediário). Pessoa podendo servir de intermediária entre os Espíritos e os homens.
MÉDIUM AUDIENTE – os que ouvem os espíritos.
MÉDIUM CURADOR – os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, pela só imposição das mãos, ou pela prece.
MÉDIUM de EFEITOS FÍSICOS – os que têm o poder de provocar efeitos materiais, ou manifestações ostensivas.
MÉDIUM de TRANSPORTE – os que poder servir de auxiliares aos espíritos para o transporte de objetos materiais.


MÉDIUM ESCREVENTES ou PSICÓGRAFOS – os que tem a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos espíritos.
MÉDIUM POLIGLOTA – os que têm a faculdade de falar, ou escrever em línguas que lhes são desconhecidas.

MÉDIUM PSICOFÔNICO – na obra de desobsessão, os médiuns psicofônicos, são aqueles chamados a emprestar recursos fisiológicos aos sofredores desencarnados para que estes sejam socorridos.

MÉDIUNS SENSITIVOS – pessoas suscetíveis de sentir a presença dos espíritos, por uma impressão geral ou local, vaga ou material.A maioria dessas pessoas distingue os espíritos bons dos maus, pela natureza da impressão.
MÉDIUNS VIDENTES – os que, em estado de vigília, vêem os espíritos.A visão acidental e fortuita de um espírito, numa circunstância especial, é muito freqüente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos espíritos, sem distinção é excepcional.
MEDIUNIDADE – é a benção de Deus, quando colocada a serviço da caridade.
PALINGENESIA - Reencarnação.
PICTOGRAFIA - Faculdade hipernormal em que o médium produz desenhos ou pintura terrenos ou extraterrenos.
PERISPÍRITO - (do grego, péri, ao redor). Envoltório semimaterial do Espírito. Nos encarnados, serve de laço ou intermediário entre o Espírito e a matéria; nos Espíritos errantes, constitui o corpo fluídico do Espírito.
PNEUMATOFONIA - (do grego, pneuma, ar, e de phoné, som ou voz). Voz dos Espíritos: comunicação oral dos Espíritos sem o concurso da voz humana.
PSICÓGRAFO - (do grego, psuké, borboleta, alma, e graphó, escrevo). O que usa a psicografia; médium escrevente.
PSICOGRAFIA - Escrita dos Espíritos pela mão do médium.
PSICOFONIA - Comunicação dos Espíritos pela voz de um médium falante.
PERISPÍRITO – é o traço de união entre a vida corpórea e a vida espiritual; (do grego, péri, ao redor). Envoltório semimaterial do Espírito. Nos encarnados, serve de laço ou intermediário entre o Espírito e a matéria; nos Espíritos errantes, constitui o corpo fluídico do Espírito.
PSICOMETRIA – o médium revela o passado, conhece o presente, desvenda o futuro.
PNEUMATOFONIA - (do grego, pneuma, ar, e de phoné, som ou voz). Voz dos Espíritos: comunicação oral dos Espíritos sem o concurso da voz humana.
REENCARNAÇÃO - Retorno do Espírito à vida corporal, pluralidade das existências.
SEMATOLOGIA - (do grego, semá, sinal, e logos, discurso). Linguagem dos sinais. Comunicação dos Espíritos pelo movimento dos corpos inertes.
TRANSE - Estado de inconsciência em que se verificam diversos fenômenos psíquicos.
TRANSFIGURAÇÃO - Mudança de aspecto do médium.
TIPTOLOGIA - Linguagem por pancadas; modo de comunicação dos Espíritos. Tiptologia alfabética.


TIPTÓLOGO - (do grego, tuptó, eu bato). Variedade dos médiuns aptos à tiptologia. Médium tiptólogo.
UBIQUIDADE - Faculdade que têm os Espíritos de se apresentarem em vários lugares ao mesmo tempo. Os Espíritos, conforme seu grau de adiantamento, irradiam para diversos lados.
VAMPIRISMO - Absorção das forças psíquicas de encarnados e desencarnados por parte de Espíritos obsessores.
VIDÊNCIA - Faculdade que possuem alguns médiuns de ver com os olhos da alma.
UMBRAL - Zona obscura localizada em torno do Planeta.
XENOGLOSSIA - Faculdade de falar ou escrever línguas estranhas ao próprio médium. Muito rara.

ZOOVIDENTE - Animal (principalmente cães e cavalos) que tem a faculdade anímica de vidência de Espíritos desencarnados.

FONTE: “O Espiritismo de A a Z” = FEB

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ABORTAMENTO ESPONTÂNEO


Por que, para certas mulheres que desejam muito ser mães, ocorrem abortamentos espontâneos?

O que acontece, nesses casos, ao Espírito que se preparava para reencarnar naquele corpo que estava em formação?

Uma senhora narrou, ao jornal italiano L´aurora uma experiência muito interessante.

Ela estava grávida e feliz. Estava no quarto mês de gestação. Os exames preliminares lhe haviam anunciado o sexo da criança: seria um menino, e ela se apressara a começar chamá-lo de André.

Então, uma noite, ela sonhou que estava deitada em um leito de hospital, sem apresentar o ventre desenvolvido, próprio da gravidez.

Estranhou, pois não conseguia entender o que acontecera. Levantou-se e foi até a janela do quarto. Um jardim se descortinava abaixo e nele um garotinho lhe sorria e a saudava com sua mãozinha.

Ela o olhou e lhe disse:

Até breve, meu tesouro. O nosso é somente um até breve, não um adeus.

Despertando, poucas horas depois, Giovanna precisou ser encaminhada ao Hospital da localidade, sob ameaça de um abortamento.

A médica, auxiliada por sua equipe, se esforçou ao máximo, sem conseguir evitar o abortamento espontâneo.

Uma grande tristeza invadiu aquele coração materno, ansioso pelo nascimento de mais um filho.

Desalentada e triste, chorou até se esgotarem as lágrimas. E o sonho da noite anterior então teve sentido para si: seu filhinho viera se despedir. E ela se despedira dele.

Fora o anúncio da tristeza que estava a caminho e que invadiria aquele coração feminino.

Talvez, mais tarde, em um outro momento, ele pudesse retornar, em nova tentativa gestacional. Mesmo porque, conforme o sonho, fora uma despedida temporária.

* * *

Por que ocorrem abortos espontâneos? O Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, interessou-se pela delicada questão.

As respostas lúcidas dos Espíritos de luz se encontram em O livro dos Espíritos.

Em síntese, esclarecem os mensageiros celestes que, as mais das vezes, esses eventos espontâneos têm por causa as imperfeições da matéria.

Ou seja, as condições inadequadas do feto ou da gestante. De outras, o Espírito reencarnante, temeroso das lutas que terá que enfrentar na vida de logo mais, desiste da reencarnação, volta atrás em sua decisão.

Retirando-se o Espírito que presidia ao fenômeno reencarnatório, a criança não vinga, a gestação não chega a termo.

A gestação frustrada é dolorosa experiência para os pais e para o Espírito em processo reencarnatório.

Como não existe sofrimento sem causa anterior, chega a esses corações, como medida salutar para ajuste de débitos anteriores.

Para o Espírito que realizava a tentativa, sempre preciosa lição.

Retornará ao palco da vida terrena, após algum tempo, em novas circunstâncias.

* * *

Para quem aguarda o nascimento de um filho, se constitui em doloroso transe a frustração do processo da gestação.

De um modo geral, volta o mesmo Espírito, superadas as dificuldades, para a reencarnação.

Se forem inviáveis as condições para ser agasalhado no ventre que elege para sua mãe, engendra outras formas de chegar ao lar paterno.

É nessas circunstâncias que a adoção faz chegar a pais não biológicos o filho inestimável do coração.

Redação do Momento Espírita..
Em 09.04.2009.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

DIÁRIO DE UMA CRIANÇA QUE NÃO NASCEU



Diário de Uma Criança que Não Nasceu

05 de outubro.

Hoje teve início a minha vida. Papai e mamãe não sabem. Eu sou menor que um alfinete, contudo, sou um ser individual.

Todas as minhas características físicas e psíquicas já estão determinadas. Terei os olhos de papai e os cabelos castanhos e ondulados da mamãe. E isso também é certo: eu sou uma menina.

19 de outubro.

Hoje começa a abertura de minha boca. Dentro de um ano poderei sorrir quando meus pais se inclinarem sobre meu berço.

A minha primeira palavra será “mamãe”. Seria verdadeiramente ridículo afirmar que eu sou somente uma parte de minha mãe. Isso não é verdade, pois sou um ser individual.

25 de outubro.

O meu coração começou a bater. Ele continuará sua função sem parar jamais, sem descanso, até o fim dessa minha existência. De fato, é isso uma grande dádiva de Deus.

02 de novembro.

Os meus braços e as minhas perninhas começaram a crescer até ficarem perfeitas para o trabalho; isto requererá algum tempo, mesmo depois de meu nascimento. Assim que for possível, enroscarei meus bracinhos no pescoço da mamãe e lhe direi o quanto eu a amo.

20 de novembro.

Hoje, pela primeira vez, minha mãe percebeu, pelo seu coração, que me traz em seu seio. Acho que ela teve uma grande alegria.

28 de novembro.

Todos os meus órgãos estão completamente formados. Eu sou muito grande.

02 de dezembro.

Logo mais poderei ver, porém, meus olhos ainda estão costurados com um fio.

Luz, cor, flores... como deve ser magnífico! Sobretudo, enche-me de alegria o pensamento de que deverei ver minha mãe... Oh! Se não tivesse que esperar tanto tempo! Faltam ainda mais de seis meses.

12 de dezembro.

Crescem-me os cabelos e as sobrancelhas. Já imagino como minha mãe ficará contente com a sua filhinha!

24 de dezembro.

O meu coraçãozinho está pronto. Deve haver crianças que nascem com o coração defeituoso. Neste caso, precisam sujeitar-se a delicada cirurgia para corrigir o defeito. Graças a Deus o meu coração não tem nenhuma anomalia, e serei uma menina cheia de vida e forças. Todos ficarão alegres com meu nascimento.

28 de dezembro.

Hoje minha mãe amanheceu diferente, está um pouco angustiada. Mas uma coisa é certa: nós vamos sair para um passeio.

Creio que ela quer se distrair um pouco, talvez comprar roupinhas para mim. É isso mesmo, estamos saindo para algum lugar.

Ih! Acho que estamos entrando em uma clínica. Deve ser para checar se a minha saúde vai bem. Que ótimo! Quando eu sair daqui, direi à minha mamãe o quanto lhe sou grata.

O médico está chegando...

Mas... esses instrumentos não são para um exame... Não mamãe! Não deixe ele se aproximar!

Ai, que horror! Esta é uma clínica de aborto! Socorro! Deixem-me nascer!

... Ninguém escuta meus gritos!

E meus sonhos de felicidade...

Minha vontade de ver a luz, as flores, as cores...

Tudo acabado...

Sim... Hoje... Hoje minha mãe me assassinou...

*

A história é dramática e triste, mas, infelizmente, se repete diariamente nas clínicas de aborto do nosso país ou em casas de pessoas que se alimentam com o dinheiro ganho com o sangue de vítimas indefesas.

Hoje já não se pode mais alegar que o feto não é um ser individual, distinto da mãe, pois a ciência afirma o contrário todos os dias.

Assim, tanto quem pratica o aborto quanto quem o consente, deverá responder perante as Leis Divinas sobre esse crime.

Pensemos nisso!

Equipe de Redação do Momento Espírita. Texto baseado em artigo de H. Schwab, Nur Ein Hinderland ist ein Vaterland, Ed, Herder, 1956, publicado na revista Seleções do Reader’s Digest.

NÃO MATARÁS




O médico já havia atendido várias pacientes, naquele dia, quando uma jovem mãe adentrou seu consultório, levando nos braços um precioso fardo: seu lindo bebê.

Assim que o profissional lhe perguntou em que poderia ajudar, ela desabafou, ansiosa: “doutor, preciso que me ajude a resolver um problema grave.

Meu filho tem pouco mais de um ano e estou grávida novamente!

Não pretendo ter outro filho agora. Ainda é muito cedo. Pretendo dar um espaço maior entre um e outro.”

O médico, muito atencioso lhe perguntou: “e em que eu poderia lhe ajudar?”

A mulher, já esperançosa, respondeu: “quero interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.”

O médico a olhou atentamente, como a buscar inspiração para a solução do caso, depois lhe disse: “eu tenho uma alternativa melhor para lhe propor. Resolve o seu problema e não oferece risco nenhum para a senhora.”

A mulher, muito atenta, ouviu a sugestão: “para a senhora não ficar com dois bebês, de idades tão próximas, vamos matar este que está em seus braços. Assim, o outro poderá nascer, sem problemas. Se o caso é matar, não há diferença para mim entre um e outro. Sacrificar esse que já nasceu é bem mais fácil e mais barato. Ademais, a senhora não sofre nem corre risco algum. Então, o que me diz?”

A mulher ficou horrorizada.

“Não, doutor! Que horror! Matar uma criança é crime! É infanticídio!”

O médico, consciente do seu dever, usou mais alguns argumentos e convenceu a mãe de que não havia diferença entre matar a criança já crescida ou a que estava para nascer.

“Não matarás!”

Este é um dos dez mandamentos recebidos por Moisés, no Monte Sinai, cerca de 1.500 anos antes de Cristo.

O direito à vida é uma lei divina, mas o ser humano deseja se sobrepor ao Criador, criando leis que permitam esse tipo de crime.

O abortamento, permitido pelas leis humanas ou não, não deixa de ser um crime perante as leis morais que regem a vida.

Embora grande parte da humanidade se diga espiritualista, ainda se comete em seu meio esse crime bárbaro contra um ser indefeso, dentro do útero materno.

Salvo os casos prescritos por médicos sérios, em que se deve optar pelo abortamento para salvar a vida da mãe, os demais serão crimes contabilizados na economia moral dos responsáveis.

Como bem disse o médico à mãe que desejava se livrar da gravidez indesejada, não há diferença nenhuma entre matar uma criança no colo ou no ventre.

Hoje em dia existem muitos meios de se programar o nascimento dos filhos, em espaços adequados, sem precisar lançar mão do infanticídio.

O abortamento não é compatível com a civilização. Pelo menos com uma civilização de maioria espiritualista, que admite a existência da alma.

Está mais do que na hora de pensar nisso.

Mesmo porque o espírito que tem sua vida ceifada no ventre materno, não será extinto com a eliminação do seu corpinho em formação.

Se for um espírito elevado, ele perdoará seus assassinos, e perde quem se priva de conviver com uma alma boa que viria para ajudar. Mas, se for um espírito infeliz, poderá perseguir os responsáveis em busca de vingança.

Não é outro o motivo que leva aqueles que praticam abortamentos, à perturbação e até à loucura. E é geralmente nos sonhos que essas cobranças ocorrem, quando estão face a face com suas vítimas.

Por tudo isso, vale a pena ter sempre em mente esse mandamento divino: “não matarás!”.

Se, por desventura você tenha cometido algum crime, busque a reparação. Rogue a Deus, sinceramente, pela sua misericórdia, e faça algo em prol da vida.

Se já praticou o aborto, dedique um pouco do seu tempo às crianças órfãs, dê-lhes carinho e atenção, seja um colo amigo e afetuoso.

Afinal, Deus não quer a morte do ímpio, mas a eliminação da impiedade.

Pense nisso, e lembre-se: matar, nunca!

Redação da equipe do Momento Espírita, com em um fato verídico.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O QUE É O ESPIRITISMO ?



É o conjunto de príncipios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita:

  • O Livro dos Espíritos
  • O Livro dos Médiuns
  • O Evangelho Segundo o Espiritsmo
  • O Céu e Inferno
  • A Gênese
O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal". ( Allan Kardec "O que é Espiritismo" - Preâmbulo)

O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança." ( Allan Kardec O Evangelho Segundo O Espiritismo - cap. VI - 4)

O que o Epiritismo revela?

  • Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
  • Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

Qual a abragência do Espiritismo?

  • Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, da atividades e do comportamento humanos, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.
  • Pode e deve ser estudado, analisando e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.

Ensinos Fundamentais da Doutrina Espírita

  • Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom
  • O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imaterias.
  • Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação do Espíritos desencarnados.
  • No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferents graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evolúidos que os homens.
  • Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o que seu autor. abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
  • O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O períspirito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.
  • Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
  • Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
  • Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, duurante e depois de cada encarnação.
  • Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.
  • Os Espíritos evoluem sempre. em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seus progresso intelectual e moral depende dos eforços que façam para chegar à prefeição.
  • Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desjo do mal e pelas paixões inferiores.
  • As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.
  • Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina ue ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
  • A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.
  • O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas consequências de suas ações.
  • A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
  • A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento ianto no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
  • A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte as tentações do mal e Deus leh envia bons Espíritos para assití-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.

Prática Espírita

  • Toda prática Espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes"
  • A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
  • O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcólicas ou alucinógenos, incenso, fumo, talismãs, amulteos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer objetos, rituais ou formas de culto exterior.
  • O Espritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.
  • A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem.
  • Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
  • O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ous social. Reconhece, ainda, que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO




Capítulo III

II - Separação da Alma e do Corpo

154. A separação da alma e do corpo é dolorosa?

— Não; o corpo, freqüentemente, sofre mais durante a vida que no momento da morte; neste, a alma nada sente. Os sofrimentos que às vezes se provam no momento da morte são um prazer para o Espírito, que vê chegar o fim do seu exílio.

Na morte natural, que se verifica pelo esgotamento da vitalidade orgânica, em conseqüência de idade, o homem deixa a vida sem perceber: é uma lâmpada que se apaga por falta de energia.

155. Como se opera a separação da alma e do corpo?

— Os liames que a retinham, sendo rompidos, ela se desprende.

155-a. A separação se verifica instantaneamente, numa transição brusca? Há uma linha divisória bem marcada entre a vida e a morte?

— Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa como um pássaro cativo subitamente libertado. Os dois estados se tocam e se confundem, de maneira que o Espírito se desprende pouco a pouco dos seus liames; estes se soltam e não se rompem.

Durante a vida, o Espírito está ligado ao corpo pelo seu envoltório material ou perispírito; a morte é apenas a destruição do corpo, e não desse envoltório, que se separa do corpo, quando cessa a vida orgânica. A observação prova que no instante da morte o desprendimento do Espírito não se completa subitamente; ele se opera gradualmente, com lentidão variável, segundo os indivíduos. Para uns é bastante rápido, e pode dizer-se que o momento da morte é também o da libertação, que se verifica logo após. Noutros, porém, sobretudo naqueles cuja vida foi toda material e sensual, o desprendimento é muito mais demorado, e dura às vezes alguns dias, semanas e até mesmo meses ou anos, o que implica a existência no corpo de nenhuma vitalidade, nem a possibilidade de retorno à vida, mas a simples persistência de uma afinidade entre o corpo e o Espírito, afinidade que está sempre na razão da preponderância que, durante a vida, o Espírito deu à matéria. É lógico admitir que quanto mais o Espírito estiver identificado com a matéria, mais sofrerá para separar-se dela. Por outro lado, a atividade intelectual e moral, a elevação dos pensamentos, operam um começo de desprendimento, mesmo durante a vida corpórea, e quando a morte chega, é quase instantânea. Este é o resultado dos estudos efetuados sobre os indivíduos observados no momento da morte. Essas observações provam ainda que a afinidade que persiste, em alguns indivíduos, entre a alma e o corpo, é às vezes muito penosa, porque o Espírito pode experimentar o horror da decomposição. Este caso é excepcional e peculiar a certos gêneros de morte, verificando-se em alguns suicídios.

156. A separação definitiva entre a alma e o corpo pode verificar-se antes da cessação completa da vida orgânica?

— Na agonia, às vezes, a alma já deixou o corpo, que nada mais tem do que a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo, e não obstante ainda lhe resta um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração põe em movimento. Ele se mantém enquanto o coração lhe fizer circular o sangue pelas veias e para isso não necessita da alma.

157. No momento da morte, a alma tem às vezes uma aspiração ou êxtase, que lhe faz entrever o mundo para o qual regressa?

— A alma sente, muitas vezes que se quebram os liames que a prendem ao corpo, e então emprega todos os seus esforços para os romper de uma vez. Já parcialmente separada da matéria, vê o futuro desenrolar-se ante ela e goza por antecipação do estado de Espírito.

158. O exemplo da larva, que primeiro se arrasta pela terra, depois se fecha na crisálida, numa morte aparente, para renascer numa existência brilhante, pode dar-nos uma idéia da vida terrena, seguida do túmulo e por fim de uma nova existência?

— Uma pálida idéia. A imagem é boa, mas é necessário não tomá-la ao pé da letra, como sempre o fazeis.

159. Que sensação experimenta a alma, no momento em que se reconhece no mundo dos Espíritos?

— Depende. Se fizeste o mal com o desejo de fazê-lo, estarás, no primeiro momento, envergonhado de o haver feito. Para o justo, é muito diferente: ele se sente aliviado de um grande peso porque não receia nenhum olhar perquiridor.

160. O Espírito encontra imediatamente aqueles que conheceu na Terra e que morreram antes dele?

— Sim, segundo a afeição que tenham mantido reciprocamente. Quase sempre eles o vêm receber na sua volta ao mundo dos Espíritos e o ajudam a se libertar das faixas da matéria. Vê também a muitos que havia perdido de vista durante a passagem pela Terra; vê os que estão na erraticidade, bem como os que se encontram encarnados, que vai visitar.

161. Na morte violenta ou acidental, quando os órgãos ainda não se debilitaram pela idade ou pelas doenças, a separação da alma e a cessação da vida se verificam simultaneamente?

— Geralmente é assim; mas, em todos os casos, o instante que os separa é muito curto.

162. Após a decapitação, por exemplo, o homem conserva por alguns instantes a consciência de si mesmo?

— Freqüentemente ele a conserva por alguns minutos, até que a vida orgânica se extinga de uma vez. Mas muitas vezes a preocupação da morte lhe faz perder a consciência antes do instante do suplício.

Não se trata, aqui, senão da consciência que o supliciado pode ter de si mesmo como homem, por meio do corpo, e não como Espírito. Se não perdeu essa consciência antes do suplício, ele pode conservá-la por alguns instantes, mas de duração muito curta, e a perde necessariamente com a vida orgânica do cérebro. Isso não quer dizer que o perispírito esteja inteiramente desligado do corpo, mas pelo contrário, pois em todos os casos de morte violenta, quando esta não resulta da extinção gradual das forças vitais, os liames que unem o corpo ao perispírito são mais tenazes, e o desprendimento completo é mais lento.


ETERNIDADE QUE LIBERTA


Eternidade que liberta

Por: Bruno J. Gimenes - Mensagem recebida espiritualmente.

Astrol, um Ser de Amor!

Surgiu Astrol!

Cancelando minhas ondas mentais frenéticas voltadas para assuntos banais e materiais, surgiu Astrol, esse Ser de Amor!

Seu magnetismo limpou a sala da energia das minhas confusões mentais. Foi quando suas emanações me fizeram parar tudo, como se o relógio do mundo estivesse também parado, e nesse tempo do não tempo ele expôs:

"Esse tempo! Que grande armadilha! Quanta confusão, quanto medo, quantos erros por causa do tempo terrestre.

As almas... Essas fluem livres pelo fluido astral, sem hora para sair, sem tempo, sem limites.

E nós não sabemos contar o tempo... Não olhamos o calendário, não nos assustamos com a eternidade, porque ela é nossa amiga. Amiga dos espíritos impuros, amiga dos puros. Está contribuindo para os conscientes ou inconscientes.

É uma pena que a eternidade não exista na mente humana, se assim fosse, o stress seria dizimado com facilidade. Essa falta de compreensão sobre a eternidade aprisiona os homens ao relógio, ao calendário, a idade material, as rugas e marcas de expressão do veículo perecível.

Sentir a força da eternidade é despertar a esperança do fundo dos nossos corações. É saber-se ilimitado porque sempre há o que melhorar, sempre há como começar de novo, sempre há uma próxima vez, um renascer.

A eternidade da natureza universal é o que não nos deixa morrer. É ela que não nos deixa perder para a morte do corpo físico, seja nosso ou de qualquer um, seja homem ou animal.

Essa obra prima da vida chamada eternidade tem a capacidade de remodelar a consciência humana. Agora, é preciso querer. É necessário ser candidato a ativação dessa consciência que remove tantas limitações humanas.

Nunca se esqueçam: todas as mágoas serão curadas. Todos os pólos serão ajustados. Todas as pontas se encontrarão. Todo insolúvel se dissolverá. Tudo graças ao tempo da Eternidade, que é o tempo do imortal, do infinito evolutivo, que nos lapida, nos ilumina e nos liberta. Viva com a consciência do eterno, liberte-se"!


Verdade, retidão e entrega espiritual, essa é sua marca!

Astrol, um Ser de Amor!


Mensagem recebida espiritualmente

domingo, 22 de novembro de 2009

POR QUE FICAMOS DOENTES?


Por que ficamos doentes?

por: Bruno J. Gimenes

Todos nós somos seres animados, temos magnetismo, alma, carisma. Essa força que nos anima é um sopro de vida, uma energia primordial que habita nossos corpos, nos confere vitalidade, movimento, força, ação.

Essa energia já foi ao longo da história e de acordo com os diferentes povos, denominada de vários nomes. Para facilitar, aqui, vamos chamar apenas de força de vida.

Podemos chamar assim porque esse sopro de vida é a força da existência que nos ilumina, nos ativa e faz com que todos os nosso movimentos, sistemas e possibilidades aconteçam.

Um equipamento elétrico só funciona se ligado na tomada. Um ser vivo, só pode assim ser considerado se estiver recebendo essa força de vida. Nós seres humanos estamos sempre procurando formas de definir Deus, pois bem, essa é mais uma definição: Deus é a força que nos dá vida.

Captamos esse fluxo a todo instante, abundantemente. Você não precisa acionar um botão ou abrir uma torneira para que essa energia lhe abasteça, basta você existir que ela fluirá.

É um tipo de energia sutil, invisível, emanada pelo universo em freqüências muito elevadas. Quando essa força se aproxima da Terra e mais precisamente dos homens, ela se torna um pouco mais densa a fim de encontrar maior compatibilidade com nossas frequências. Poderíamos dizer que essa força se ajusta na sintonia perfeita para alimentar de vida nossos corpos e mentes.

O espírito é quem recebe diretamente essa força de vida. Ele consegue absorver constantemente esse fluxo. Todo espírito possui uma aura, assim como toda lâmpada acesa oferece uma luminosidade que abrange determinada área.

Essa aura é responsável por alimentar o corpo físico, mental e emocional com vitalidade, formando um verdadeiro campo de força, sempre abastecido por essa energia primordial. Esse fluído da vida dança livremente por nosso campo energético, abastece os chácras e os nadis, e por conseqüência energiza todas as funções orgânicas do corpo físico. Dessa forma a vida acontece, organiza e mantém a fisiologia de nossos corpos.

Fazendo uma analogia, vamos imaginar que o corpo físico de uma pessoa é um motor e a força vital é o seu combustível. Todo motor necessita do combustível ideal baseado na sua especificação. A exemplo: um motor a álcool não pode usar óleo diesel, por que se assim for, vários problemas surgiram decorrentes da não compatibilidade desse combustível com a mecânica do motor, não é mesmo?.

O motor a álcool foi projetado para usar álcool, logo esse será sua fonte de energia, de movimento, de trabalho. Essa especificação deve ser respeitada.

E quanto a nós seres vivos? Que tipo de combustível nos alimenta, nos dá força e movimento?

É exatamente essa força de vida a qual estamos falando. Uma energia não física, abundante em nossa atmosfera planetária. Contudo, existem vários agentes capazes de modificar demasiadamente o padrão dessa força. Os principais são: nossos pensamentos e sentimentos! Sim, nossos pensamentos e sentimentos! Eles tem a capacidade de qualificar ou desqualificar esse fluído, e o mal maior da humanidade é que nossos equívocos conscienciais, nossas emoções densas, desejos primitivos e materialismo tem moldado em nós mesmos um campo de energia que retém a passagem desse fluxo. Em outras palavras, nossas emoções e pensamentos confusos estão barrando a absorção da força de vida, essencial aos nossos corpos.

Por que ficamos doentes?

Porque essencialmente geramos pensamentos e emoções que densificam a nossa aura corpórea, impedindo que a energia vital nos abasteça. E somos nós que causamos a doença, somos sempre os criadores. Somos nós que modificamos os nosso combustível!
E o motivo pelo qual a dor e doença são sinais que avisam conduta mental emocional desequilibrada é pelo simples fato que os sentimentos e emoções densas são os bloqueadores dessa força de vida. Se estamos ficando doentes é porque bloqueamos energia vital, logo estamos pensando e sentindo vibrações densas.

A lição que uma doença traz é sempre a mesma, os recados são sempre iguais: mude os pensamentos, mude as emoções!

Da mesma forma que os pensamentos e emoções desqualificados formam energias corpóreas densas que travam a passagem da força de vida através de nossos corpos, os pensamentos e emoções elevados tem a capacidade de limpar e sutilizar essas energias, proporcionando livre trânsito da força de vida através de nós.

Daí a importância da oração, da meditação, do equilíbrio emocional, do controle mental. Tudo que pudermos fazer, de forma natural, para encontrar esse equilíbrio, será benéfico curativo e reparador a nossa existência.

Toda força densa, pesada, confusa gerada por nossas condutas, será nociva tanto paro o corpo quanto para alma. Nosso maior desafio nessa vida é esse controle, esse equilíbrio. Mais uma comprovação que a verdadeira evolução espiritual acontece quando aprendemos a equilibrar nossos pensamentos e emoções. Também a constatação que evolução espiritual faz bem a saúde, pois quando nos elevamos, nossos corpos ficam mais saudáveis.

E essa talvez seja uma das explicações mais razoáveis que mostram que a dor e a doença ainda são tão importantes para a evolução humana, porque é o sofrimento que tem levado o homem a refletir sobre seus valores e seus papéis.

No nosso corpo, essa comunicação que ocorre para nosso consciente através da dor é codificado de acordo com o tipo de doença ou sintoma. De forma geral, toda dor ou doença mostra necessidade de mudança, no entanto, a localização, o tipo de doença tem uma linguagem precisa, muitas vezes direta. Hoje em dia, existem inúmeras literaturas que apresentam estudos aprofundados a respeito da linguagem do corpo e sua comunicação direta, que relaciona o tipo de aprendizado ao tipo de doença e localização específica. Por exemplo: se a dor é no dedo médio direito há um ensinamento específico, se é no ouvido esquerdo também há, e assim por diante.

Podemos concluir que qualquer atividade ou ação realizada no sentido de mudar o sentimento ou emoção que a mensagem intrínseca a doença traz, surtirá efeito de cura e bem estar. Essa visão mostra a importância de cultivarmos um estilo de vida voltado para o equilíbrio e a paz interior. Vai além quando demonstra claramente a importância da abordagem holística para tratamento de doenças em geral, e que, principalmente o corpo é apenas o sinalizador que manifesta que algo vai errado. Logo a cura deve ultrapassar a barreira do físico, chegando ao não físico.

Os remédios e as cirurgias da medicina ocidental são realmente importantes e salvam vidas, mas não tem a capacidade de tocar na alma, onde reside a cura profunda, completa. Precisamos de uma vez por todas compreender que o ser humano avançará muito no que tange a sua qualidade de vida, quando aprender a unir medicinas, jamais provocar movimentos que criem competição entre elas, porque são igualmente importantes. Acima de tudo, o homem jamais poderá ser negligente com a sua própria existência, acreditando ilusoriamente, que uma dor, doença ou acontecimento negativo em sua vida seja mera obra do acaso. Enquanto necessitarmos da pedagogia da dor e do sofrimento para nosso aprendizado, precisaremos ficar de olhos bem abertos para qualquer tipo de ocorrência em nossas vidas. Dessa forma nos tornaremos bons alunos e aumentaremos muito as nossas chances de ter saúde integral, em todos os aspectos, físico, mental, emocional e espiritual.

Por: Bruno J. Gimenes

Escritor, pesquisardor, professor, congressista. Autor de 3 Livros. Criador da Fitoenergética, co- Fundador do Luz da Serra.

O QUE FAZER QUANDO VOCÊ É TESTADO



Conforme vamos caminhando nesta senda da espiritualidade, alguns testes nos são colocados. Acontecem muitas averiguações da nossa fé e se estamos imbuídos verdadeiramente em seguir em frente. Para isso, grandes desafios surgem para nós enfrentarmos. Diante disso, estar nesta caminhada evolutiva, orando e vigiando constantemente não nos abstém de olhar de frente o nosso maior obstáculo: nós mesmos.

Podemos dizer que o mesmo se aplica a nossa própria proteção, que nada será eficaz diante da ausência da efetiva aplicação do nosso poder pessoal. Focar-se na sua reforma íntima em meio às situações cotidianas que vivemos nem sempre (para não ser generalista) é fácil. Normalmente nos solicita empenho, vontade, atenção, iniciativa, desalienação, humildade e muita ação.

Viver a espiritualidade demanda estar coerente 24 horas com seu propósito pessoal e coletivo. Propõe seguirmos em frente, mesmo que diante dos nossos principais pesadelos. Afinal, são eles nossos maiores mestres nesta existência. Manter a consciência de sermos eternos aprendizes auxilia muito a não recuarmos. Principalmente, não fugirmos nos momentos de embate com nossos maiores resgates.

Infelizmente, estar no caminho da espiritualidade não significa que não iremos mais sofrer, tendo que aprender pela dor. Deveria nos fazer estar em estado de vigília. Atentos a qualquer sincronicidade que o universo esteja sinalizando. Porém, somos seres humanos, portanto imperfeitos.

Antevendo situações de confronto, o primeiro inimigo oculto a ser vencido é o orgulho (ego e a vaidade estão no mesmo pacote). Para isso, se cerque da humildade em aceitar sua dificuldade. Em seguida, peça ajuda. Utilize seu poder pessoal para criar oportunidades de crescimento individual e coletivo. Una forças com aqueles que um dia já estiveram na mesma situação. Ninguém é tão bom sozinho. Nunca somos abandonados, nós é que antes abandonamos. Somos nós que viramos a cara para espiritualidade quando deixamos de enfrentar nossas provas de evolução.

Se manifeste solicitando apoio (seja humano, literário, auditivo...). Se permita crescer consigo mesmo diante do próximo passo a ser dado em sua caminhada evolutiva. É preciso constância para manter nossa firmeza. Não basta brilharmos eventualmente, é necessário estarmos polindo diariamente nossa jóia interior.

Como dizia o Imperador Meiji em seus poemas: Mesmo que os ventos sacudam a casa, as dificuldades poderão ser superadas, se os irmãos estiverem em harmonia. Não importa o que aconteça em minha vida, gostaria que meu coração e a minha alma continuassem abertos e livres. Por isso, não se prenda as amarras do falso eu não vou conseguir. Use seu poder pessoal para ir além, ir em frente. Mesmo vindo do plano espiritual o desafio, ele nos deixa à mão as ferramentas que precisamos para enfrentá-lo.

Para isso, é preciso vencer a nossa inércia. Sairmos da nossa zona de conforto (que nem percebemos, mas já estamos dentro dela). Despertar da obsessão silenciosa que permitimos entrar em nossa vida. Voltar a estreitar relações com nossos amigos espirituais. Quebrar barreiras que muitas vezes nós mesmos criamos. Regressar ao exato ponto que desviamos do nosso caminho.

Praticar a humildade neste momento ajuda muito. Apesar de nos considerarmos erroneamente evoluídos, somos crianças aprendendo a engatinhar. Aprenda a ouvir. Sentir com o coração. Aceitar sua inferioridade e cautelosamente encará-la de frente buscando uma solução. Boa vontade. Abra-se para seguir em frente e prepare-se para a beleza de mais uma lição neste planeta escola chamado Terra.

COMO ANDA SUA EVOLUÇÃO ESPIRITUAL ?



Essa com certeza não é uma pergunta que ouvimos com facilidade! Encontramos as pessoas pelas ruas, convivemos em casa, no trabalho, nas rotinas do dia-a-dia, sempre em contato direto com muita gente, mesmo assim, não é uma pergunta comum de se ouvir.. Os diálogos entre as pessoas se desenvolvem com grande facilidade, em todos os lugares, a todo momento, ainda assim, é pouco provável que alguém lhe pergunte: " - Como anda a sua evolução espiritual?"

O mais frequente são as perguntas relacionadas a questões como saúde, finanças, amigos, familiares, até mesmo um singelo: " - Como vai você?"

Esse texto tem o objetivo de estimular uma reflexão mais profunda em relação ao sentido da vida, ao motivo da nossa existência ou ainda, a real finalidade de nossa encarnação: a evolução! Assim sendo, não temos o costume de perguntar aos outros, tampouco somos questionados a respeito desse tema.

E por que esse não é um assunto que chama a atenção? Por que a maioria de nós só reflete sobre a vida em momentos de dificuldades? Ou quando enfermos? Ou no leito de morte?

Se todos nós temos uma missão nesse Planeta, porque não temos o costume de refletir sobre isso? Por que deixamos de lado? Por que fazemos de conta que não é importante?

É isso que se chama ilusão?

Se realmente temos uma missão evolutiva nessa existência, logo nossa mais importante tarefa no período da vida seria fazer de tudo para que essa tarefa fosse realizada com êxito. Não seria essa nossa mais importante meta?

Então por que na prática não acontece?

-Porque não somos espiritualizados, que é o mesmo que dizer que não temos consciências das leis naturais que regem a humanidade em todo seu contexto.

-Porque não temos a perspectiva da eternidade.

-Porque ainda estamos presos à ilusão da matéria, nos separando da Fonte, criando o ego negativo, que é o causador de toda dor e sofrimento.

-Porque fomos e ainda somos desestimulados a crer no plano espiritual, e o pior: aceitamos essa realidade passivamente.

-Porque estamos fascinados com o que apenas os olhos físicos podem ver.

-Porque muitos de nós equivocadamente entendemos que a evolução espiritual só se dá através das religiões, e como essas já não conseguem mais responder aos anseios da humanidade, (em alguns casos não tem mais credibilidade ) alguns desistem dessa busca.

-Porque nos dias atuais a educação moderna não nos ensina mais a pensar, preferencialmente nos oferece os pensamentos prontos, e, novamente aceitamos.

-Porque mesmo com tantas dificuldades e conflitos, ainda assim, estamos acomodados em nossas "zonas de conforto". Porque em muitos casos temos preguiça de mudar, de começar. É mais fácil deixar como está.

-Por essas e por outras causas, a humanidade, em sua maioria, de maneira ilusória, têm acreditado que a missão de cada ser nesse mundo é progredir principalmente no aspecto material, nesse capitalismo, que se mostra uma das causas responsáveis pela baixa imunidade do Planeta.

É claro que esses são apenas alguns dos diversos motivos que nos deixam ainda cegos para as verdades universais, distantes de assimilarmos a sabedoria divina e habilidade para seguir evoluindo. A história da humanidade mostra claramente uma lei inquestionável: a evolução constante. Não há como barrar essa natureza de Deus, que nos faz concluir que temos que acompanhar esse fluxo, e evoluir de qualquer jeito! Como já sabemos: pelo amor ou pela dor.

Buscar a evolução espiritual é ansiar definitivamente por interromper essa pedagogia universal do ensino pelo sofrimento. Já chega!

Está mais do que na hora de tornarmo-nos conscientes de nós mesmos e de nossos papéis. Esse movimento se chama: Evolução Espiritual.

Estamos falando de uma evolução espiritual acessível para todos os seres, em todos os lugares do mundo. Alertando para a necessidade de compreendermos o motivo real de nossas existências, das situações da vida e das transformações necessárias a qual todos somos submetidos, com o mesmo propósito evolutivo.

Chegou o momento, o século XXI, a Nova Era, a Transição Planetária, a Era Digital, e tantos outros movimentos do universo. Tudo manifestando fortes indícios de que nós já podemos dar um salto em busca de um novo patamar de consciência e felicidade.

Jamais em toda a história da humanidade conseguimos reunir tantas condições favoráveis para que o mundo pudesse dar esse salto evolutivo nunca antes imaginado. Com liberdade e consciência. Mas para essa jornada começar a acontecer dentro de você, para que as transformações positivas se iniciem em sua alma, precisamos lhe perguntar algo. Além disso, queremos lhe convidar que você responda essa pergunta fazendo uma profunda e dedicada reflexão sobre:

Como anda a sua evolução espiritual?

Responda essa pergunta do fundo da sua alma, reflita, medite e entre nessa viagem chamada Evolução Espiritual!

sábado, 7 de novembro de 2009

VIAJANDO PARA FORA DO CORPO


Viajar para fora do corpo:
a experiência do eterno

Para algumas pessoas, a prosaica noite de sono é repleta de aventuras. Através da projeção astral é possível encontrar uma pessoa querida que já não vive mais, aprender com espíritos mais evoluídos ou mesmo vivenciar uma vida anterior

DÉBORA LERRER

Conscienciologia e Projeciologia

Após 30 anos de estudo e compilação de referências sobre a projeção de consciências, Waldo Vieira, 65 anos, dentista, formado em medicina e pós-graduado em cosmética, aconselha: "Não acredite em nada nem ninguém. Faça a sua experiência pessoal. Tenha a sua vivencia própria". Em 1988, Vieira fundou o Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia, o IIPC, para dar seguimento ao estudo da ciência que são a Projeciologia (projeção da consciência ou experiência fora do corpo) e a Conscienciologia (que pesquisa o ego ou personalidade de maneira integral).

"Todos nós saímos do corpo, mas a grande maioria não percebe. Muitos nem se lembram que sonharam, imagina se vão se lembrar que saíram do corpo", diz o médico cardiologista Hernande Leite, 42, que coordena o IIPC em São Paulo. Segundo ele, 89% se projetam sem lucidez, cerca de 8% têm uma projeção parte lúcida e parte inconsciente, que é confundida com o sonho, e somente 2% da população tem projeção totalmente lúcida. Com sede mundial no Rio de Janeiro e 64 escolas-laboratórios em diversas cidades brasileiras, o IIPC tem sedes na Argentina, Canadá, Inglaterra, Portugal, Espanha e Estados Unidos. O instituto promove cursos de técnicas para vivenciar a experiência lúcida fora do corpo e se dedica à pesquisa científica de manifestações da consciência e fenômenos paranormais.

Waldo Vieira trabalhou dez anos com Chico Xavier, com quem escreveu dez dos 40 livros que já tem publicado. Dono de uma coleção de 5.000 livros sobre o assunto, Vieira decidiu descolar a experiência de projeções fora do corpo das visões esotéricas e espiritualistas, optando por uma abordagem mais científica. "Sou contra religião. Ela só é boa para a massa impensante (sic). Para uma pessoa madura é uma tolice se submeter aos outros, é uma fuga. Esse misticismo para mim é doentio".

Imbuídos de fervor científico, os membros do IIPC rejeitam qualquer conexão com religião e o misticismo. Seus experimentos partem da experiência dos próprios projetores, com a preocupação de baseá-las em princípios considerados científicos. Para tanto desenvolveram o que eles chamam de "paradigma consciencional", que parte do princípio de que existem outras dimensões e propõe que o próprio sujeito da consciência estude a si mesmo quando projetado para fora do corpo. O fato de manter a lucidez durante a projeção é o que, segundo eles, permite que este processo seja estudado. "Na projeção você está totalmente consciente. O sonho é uma criação da sua mente, você não domina aquela ação", explica Leite.


O trabalho do IIPC está centrado na Conscienciologia, termo que Waldo cunhou para denominar o estudo da consciência (ego, alma, essência) em todas as dimensões, tanto as manifestas dentro do corpo como fora dele. A Projeciologia seria a parte prática da conscienciologia, tanto no que se refere a projeções energéticas da consciência - quando só a energia da pessoa é projetada, como nos passes - como as projeções da consciência para fora do corpo humano. A Experiência da Quase Morte (EQM) é considerada pelos "conscienciólogos" uma evidência da capacidade que o ser humano tem de seprojetar para fora do corpo.

"Muitas pessoas relatam terem se visto flutuando em cima de seu corpo durante uma parada cardíaca, conseguindo detalhar os procedimentos dos médicos naquele momento", conta o cardiologista Hernande Leite, que já ouviu vários desses relatos e, dependendo da abertura que o paciente lhe der, costuma usar as projeçõs que vivencia para atendê-los melhor.

De acordo com ele, o maior objetivo do IIPC é a "evolução consciencional". "Temos imaturidades e maturidades nos nossos comportamentos. Quando mais evoluída a consciência, mais madura ela é nos seus comportamentos, mais respeito tem por sua própria vida, mais compreensão da existência dela, deixando de lado a futilidade e a frivolidade do comportamento social de hoje. A pessoa tende a não ter esta competição e esta perseguição às outras".


Projeciologia com espiritualidade

Aos 15 anos, o carioca Wagner Borges começou a ter experiências fora do corpo sem querer, espontaneamente. "Em agosto de 77, comprei a revista Planeta, que tinha uma reportagem sobre saída do corpo, e aí descobri que não estava maluco", recorda. A partir de então começou a devorar todos os livros que aparecessem e que abordassem algum assunto vinculado ao tema. Hoje, aos 38 anos, Borges é o fundador do Instituto de Pesquisas Projeciológicas e Bioenergéticas, em São Paulo, onde promove cursos, palestras e grupos de estudo sobre o tema. Após muitos anos pesquisando e dando palestras e aulas na linha de Waldo Vieira, Borges decidiu trilhar caminho próprio, enveredando por uma linha mais espiritualista.

"Eles não querem envolvimento espiritual, mas para mim não dá para separar uma coisa da outra", explica ele. "Uma pessoa pode estudar temas espirituais e continuar na religião dela. Nunca peço aos meus alunos para trocarem de religião. Cada um adapta o que aprender dentro de sua linha".

Ele acredita que sair conscientemente do corpo ajuda os seres humanos a se tornarem melhores. "Se uma pessoa tem um certo nível espiritual, ela é incapaz de fazer mal para alguém, pois sabe que tudo de mal que fizer volta".


Na opinião dele, a maior vantagem da projeção lúcida é o contato com seres espirituais evoluídos, através do qual a pessoa tem oportunidade de aprender muitas coisas sobre a vida e sobre si mesmo. "Uma experiência do lado de lá te faz viver melhor do lado de cá", diz ele.

Borges também acredita que a saída fora do corpo ajuda as pessoas a curarem traumas, porque podem fazer uma regressão de memória mais forte, fora do corpo, e reviver algum fato traumático que tenham vivenciado, libertando-se dele.

Embora Borges promova cursos onde ensina técnicas de projeção, ele reconhece que nem todo mundo consegue. "É como em qualquer curso, nem todos se dão bem". Ele também acha que a intenção de cada um também determina o sucesso ou não da projeção. "Tem gente que quer se projetar para viajar para Paris, outro para ver a vizinha pelada. Dependendo da intenção que você tem, você pode atrair coisas ruins". Mas, segundo ele, não existe risco de alguém se perder no além, ou de que algum espírito ocupe seu corpo enquanto você está fora. "É tudo lenda". Ele afirma que quando a consciência se projeta o espírito fica ligado ao corpo físico por um conduto energético que os antigos chamavam de cordão de prata, uma extensão de luz brilhante.


Veja se você costuma sair do corpo

Segundo Wagner Borges, há vários sintomas de projeção do corpo. Normalmente as pessoas sentem estes sintomas durante o sono, mas devido à falta de informação do que está acontecendo, ficam com medo de contar para outras pessoas. Veja algumas das sensações decorrentes da soltura do corpo espiritual em relação ao físico:

- Catalepsia projetiva: A pessoa acorda no meio da noite (ou mesmo numa soneca durante o dia) e descobre que não consegue se mexer. Parece que uma paralisia tomou conta do corpo. Ela não consegue mexer um dedo sequer. Tenta gritar para chamar alguém, mas não sai voz nenhuma. A pessoa luta tenazmente para sair desse estado, mas parece que uma força invisível tolheu-lhe os movimentos. Inclusive, pode ter alguém deitado do lado e não perceber nada do que está acontecendo tão perto. Dominada por aquela paralisia, a pessoa grita mentalmente: "Eu tenho que acordar! Isso deve ser um pesadelo!" Mas ela já está acordada, só não consegue se mover. Devido ao pânico que a pessoa sente, seus batimentos cardíacos se aceleram. A adrenalina se espalha pela circulação e estimula o corpo. O resultado disso é que a pessoa recupera os movimentos abruptamente, normalmente com um solavanco físico (espasmo muscular). Em poucos momentos, seu cérebro racionaliza o fato e dá a única resposta possível: - Foi um pesadelo! Algumas pessoas mais impressionáveis podem fantasiar algo e jogam a culpa da paralisia em demônios ou seres espirituais. Na verdade, a pessoa acordou no meio de um processo decorrente da mudança do padrão de vibrações do corpo espiritual em relação ao corpo físico. Ela acordou num estado transicional dos corpos. Simplesmente ela despertou para uma situação que ocorre todas as noites quando ela dorme. Antes, ocorria com ela adormecida, e naquela situação ela acordou bem no meio da transição. Se a pessoa ficar quieta e não tentar se mover, sentirá uma sensação de flutuação por sobre o corpo. Ocorrerá um desprendimento espiritual consciente! E então ela poderá comprovar na prática que aquilo é realmente uma saída do corpo. Se ela não quiser a experiência, é só tentar mover o dedo indicador de uma das mãos ou uma das pálpebras, assim ela recupera o movimento tranqüilamente.



- Ballonemant: A pessoa acorda e sente a sensação de estar inflando (semelhante a um balão inflando). Na verdade, é sua aura que está dilatando, mas como ela não sabe disso, pensa que é o corpo que está crescendo e inchando em todas as direções. Se a pessoa ficar quieta e deixar a sensação continuar, ela se projetará suavemente para fora do corpo. Não há perigo algum. Inclusive, essa sensação é muito familiar a sensitivos e médiuns em geral, pois eles têm forte tendência de soltura energética.

- Sensação de falsa queda durante o sono ou cochilo: Quase todo mundo já sentiu isso alguma vez. A pessoa está deitada cochilando (hipnagogia) e, repentinamente, tem a sensação de estar escorregando ou caindo abruptamente da cama. Então, ela desperta com um solavanco físico e um pequeno susto. O que aconteceu? Simplesmente seu corpo espiritual deslocou-se uma polegada para fora do alinhamento vibratório com o corpo físico e foi tracionado vigorosamente para dentro, pois o metabolismo ainda estava ativo e impediu uma soltura maior.

- Estado vibracional: a pessoa desperta no meio do sono e sente uma série de vibrações (descargas energéticas) propagando-se pelo seu corpo. Parece que ela tem uma tempestade elétrica percorrendo seu corpo, às vezes acompanhada de fortes zumbidos dentro da cabeça. Isso ocorre porque o corpo espiritual acelera suas vibrações para escapar das lentas vibrações do corpo denso. Se a pessoa ficar quieta e deixar a sensação continuar, ela se projetará em instantes.


sábado, 3 de outubro de 2009

POR QUE FAZER O EVANGELHO NO LAR



O QUE É O EVANGELHO NO LAR?

O Estudo do Evangelho no Lar é uma reunião em família, num determinado dia e hora da semana, para uma troca de idéias sobre os ensinamentos cristãos, em proveito do nosso próprio esclarecimento e do equilíbrio no lar.

Não é nenhuma invenção do Espiritismo, mas uma prática ensinada pelo próprio Mestre Jesus, que se reunia com os apóstolos e seguidores na casa de Pedro, em Cafarnaum, noutras aldeias e no próprio Tiberíades, em torno dos sagrados escritos.

Conhecido também como Culto Cristão do Lar, o estudo do Evangelho é, ao mesmo tempo, um encontro fraternal do qual participam os espíritos familiares e demais interessados no progresso moral do grupo. Outros aproveitam para se esclarecer, também como nós.

É uma prática cristã que a Doutrina Espírita recomenda como recurso poderoso contra a obssessão, de grande alcance na limpeza e higiene espiritual do lar. É um canal de comunicação com Jesus e sintonia com os bons espíritos.

É uma das formas mais saudáveis de fraternidade, que começa na família através do diálogo sincero e do exercício da caridade. Cada lição do Evangelho é um roteiro de luz e de bençãos para o grupo familiar e para toda a área em que esteja instalado o lar que o pratique.
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POR QUE FAZER O EVANGELHO NO LAR?

O Estudo do Evangelho no Lar abre as portas da nossa casa aos benefícios espirituais, da mesma forma que desentendimentos, brigas e xingamentos favorecem o assalto das sombras (Richard Simonetti). Atrai os bons e afasta ou esclarece os maus espíritos.

Conduz-nos a uma compreensão racional dos ensinamentos do Cristo, levando-nos ao esclarecimento e à aceitação de tê-los como roteiro seguro para nossas vidas. Ajuda-nos a superar as dificuldades no lar e fora dele, acendendo-nos a luz da compreensão e da paciência.

Modifica o padrão vibratório dos nossos pensamentos e sentimentos, desanuviando as nossa mentes congestionadas das criações inferiores, agentes da enfermidade e dos desequilíbrios. Com Jesus no Lar, pelo estudo e vivência do Evangelho, tem-se a verdadeira paz.

Com o Evangelho no Lar formamos as defesas magnéticas da nossa casa, impregnando o ambiente espiritual das energias positivas que desestimulam toda ação maléfica. É uma verdadeira segurança espiritual que passa a funcionar em benefício de todo o grupo.

Além da ajuda que essa prática proporciona no programa espiritual de todo o grupo familiar, estende a caridade aos vizinhos e a quantos se sintam também estimulados a mudar com o nosso exemplo Quantos espíritos igualmente se beneficiam com essa fonte de luz!
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COMO FAZER DO EVANGELHO NO LAR?

Escolha um dia e uma hora da semana em que seja possível a presença de todos os membros da família ou da maior parte deles. Observar rigorosamente esse dia e horário para facilitar a assistência espiritual e consolidar o hábito da reunião.

Inciar a reunião com uma prece simples e espontânea num local da casa menos exposto às perturbações exteriores, em seguida, fazer a leitura de um trecho de "O Evangelho Segundo o Espiritsmo", aberto ao acaso ou previamente programado para estudo em sequência.

Fazer comentários breves sobre o trecho lido, trocando opiniões com o grupo quanto à aplicação dos ensinamentos na vida diária, evitando discussões, críticas e julgamento de membros do grupo ou de conhecidos em função da mensagem evangéilica.

A reunião deve ser dirigida por um membro da família ou pela pessoa que tiver mais conhecimento doutrinário, que deverá estimular a participação de todos e conduzir as explicações ao nível do entendimento prático dos presentes. Pode-se fazer outras leituras afins.

A duração deve ser de até 30 minutos, no máximo, incluindo a prece de encerramento, em que se agradecerá a assitência espiritual, lembrando a próxima reunião.
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OBSERVAÇÕES, CUIDADOS E SUGESTÕES

OBSERVAÇÕES

O Dia da semana e o horário mais adequados a todos os participantes devem ser escolhidos livremente.

O tempo de duração é flexível.

CUIDADOS

Uma vez escolhidos, o dia da semana e o horário de realização do Evangelho no Lar devem ser respeitados. Assiduidade e pontualidade são importantes para o bom contato com o Plano Espiritual.

Não transferir ou suspender a reunião em virtude de visita inesperada, hóspedes (podendo-se convidá-los a participar da reunião), compromissos de última hora, etc....

Não transformar a reunião em trabalho mediúnico.

Tomar todo o cuidado para não criar polêmicas, acusações ou desvio para outros assuntos.

SUGESTÕES

Pode-se colocar água para ser fluidificada pelos Espíritos presentes, no transcorrer da reunião. Música suave pode contribuir para melhor ambientação, auxiliando as vibrações e preces.

Quando houver crianças, é recomendável que se escolham livros apropriados com "Jesus no Lar", "Alvorada Cristã", "O Evangelho da Meninada", "Cartilha do Bem", "Histórias que Jesus Contou", "Os Meus Deveres" dentre outros.

Podem ser feitas leituras complementares alternativas (jornais, revistas, atualidades) que ofereçam conteúdo adequado à reflexão, conforme os objetivos do Evangelho no Lar.
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BIBLIOGRAFIA DE APOIO

"Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho.
O Lar é o organismo social. Em casa, começa nossa missão no mundo."
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Scheilla.

Evangelho No Lar - Livros de Leitura EdificanteBibliografia de apoio para o Evangelho No Lar:

O Evangelho Segundo O Espiritismo,de Kardec;
Fonta Viva, de Emmanuel;
Palavras de Vida Eterna, de Emmanuel;
Estude e Viva, de Emmanuel e André Luiz;

"Porque onde estiverem reunidos em meu nome, lá estarei presente." Jesus. (MATEUS, 18:20.)

"Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Lar é o coração do organismo social. Em casa, começa nossa missão no mundo Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos. Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos. Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideaiscom Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo. Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre." Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Scheilla.
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Culto Cristão no Lar

O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação.

A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para a praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes.

A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.
Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.

A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.

E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.

Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.
Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.

Fonte: XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar. Por diversos Espíritos. 8. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997. Cap. 1, p. 11-12.