sábado, 30 de maio de 2009

O ANJO


Avô anjo

(texto de Moacir Sader)

outubro/2004

Vítima de assalto, Margaret perde sua vida. O assaltante, não se contenta apenas em roubar tudo o que lhe pertence, opta por silenciar definitivamente o coração de Margaret com um tiro certeiro.

Enquanto aguardam a chegada do corpo, os pais, irmãos, sobrinhos e amigos de Margaret choram de intensa dor. Com seus cinqüenta anos, Margaret nunca se casou e por isso, até então, morava com os seus pais, já idosos.

Eu e minha esposa acompanhamos todo o sofrimento da família. Minha esposa me pergunta se eu sei quem é um homem de bastante idade sentado em uma das cadeiras da sala. Quando olho, fico emocionado, pois reconheço intuitivamente como sendo o avô de Margaret, falecido há muitos anos.

Eu peço, então, a minha esposa para não comentar nada sobre o que está vendo, pois lhe chamo a atenção sobre o fato de que somente eu e ela podemos ver o avô de Margaret, já que ele se encontra invisível para os demais.

Algum tempo depois, o avô se levanta e sai da casa. Intrigado, vou até a porta que dá para a rua. Fico maravilhado com o que eu posso ver: além da porta, não mais se encontra a rua, nem as casas vizinhas, mas sim um imenso campo verde, com árvores, pássaros cantando e, neste lugar espetacular, segue o avô segurando pela mão uma menina de cerca de seus nove anos de idade. Eles estão rindo um para o outro, sentido a imensa felicidade de estarem juntos, novamente.

Olhando para uma foto exposta na sala, constato que aquela menina é Margaret quando criança, exatamente com a mesma idade em que o avô havia falecido. Por informação espiritual, fico sabendo que o avô sempre havia cuidado de Margaret como sendo seu anjo da guarda, estando sempre com ela quando havia necessidade e agora veio para levá-la a sua nova morada espiritual.

É comum, quando ocorre o desencarne, a presença de algum membro da família já falecido para ajudar na travessia. O que é perfeitamente explicável e até necessário, vez que a presença de um ente querido gera em quem está partindo segurança em saber que é o caminho a seguir, pois vê na presença daquela pessoa da família, o carinho e o amor e, sobretudo a confiança necessária num momento emocional tão intenso.

Neste instante da viagem do espírito, sempre haverá um avô ou um outro parente e até amigos do plano espiritual para segurar a mão e levar com segurança o espírito para o novo habitat

Um comentário:

Anônimo disse...

É muito bom sabermos que ao partirmos, teremos alguem de nossa familia nos esperando.Cesar Castro